Verdades não reveladas

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Stefanie

Fazem algumas semanas que me mudei, Fiquei um pouco abalada com a conversa que tive com o Klaus naquela noite, não o vi mais desde então, Sei que ele é o pai e merece saber a verdade, mas não sei se seria o melhor para o Nicolas.

- Filha? - a voz da minha mãe me faz voltar a prestar atenção.

- Oi mãe! - passo o garfo pela comida sem muito interesse.

- Está tudo bem? Você ficou distraída o dia todo. - consento com a cabeça.

- Não parece, a cada loja que entrávamos você parecia mais distante. - olho para as inúmeras sacolas ao nosso lado.

- Só estou com muita coisa na cabeça. - apoio a bochecha em uma das mãos e olho para o prato que está quase intocável. Nós nos aproximamos muito, temos sai do muito juntas, mas meu pai ainda continua sem falar comigo.

- Aposto que essa coisa atende pelo nome de Klaus! - olho para ela desanimada.

- Pelo que você me disse ele te pressionou a falar que o Nicolas é filho dele e você achou que ele não estava pronto para assumir essa responsabilidade. - ela falando assim parece ser idiota o que eu fiz.

- Mas ele fez um ótimo trabalho com a Hope, não concorda? - suspiro e volto a olhar para o prato.

- Stefanie eu sei que isso te assusta, acredite eu entendo essa sensação de querer tanto alguma coisa e ao mesmo tempo ficar apavorada com o modo que ele te afeta, porque lá no fundo você sabe que ele seria capaz de deixar o resto do mundo queimar só para te ver feliz e segura. - ela fala de uma maneira que parece conhecer a sensação.

- Como você sab...- ela pega na minha mão.

- Quando eu percebi que estava apaixonada pelo seu pai eu senti exatamente a mesma coisa, todos a minha volta me julgaram, porque ele não tinha uma reputação muito boa. - olho para ela surpresa.

- Eu não estou apaixonada pelo Klaus. - sorrio e faço sinal de negativo.

- E o que sente por ele? - lembro do Klaus e do seu sorriso, a forma como seus olhos apertam quando sorrir.

- Eu gosto dele, quando o olho eu consigo sentir o que ele quer, ou como ele se sente, então lembro da vez que ele me deixou entrar em sua mente, sinto que o conheço. - ela me olha séria, mas eu sorrio.

- Não me olhe assim. - digo a ela.

- E ainda fala que não o ama? - reviro os olhos.

- É melhor nós ir! - tiro cinco notas de cem dólares e deixo na mesa, pego as sacolas e vou saindo do restaurante, minha mãe vem comigo.

- Eu vou te deixar em casa. - coloco as sacolas no banco de trás do carro e entro no lado do motorista, minha mãe ocupa o lado do passageiro e dou partida no carro.

- É melhor você contar para ele a verdade, se ele descobrir sozinho vai ficar com raiva de você por ter mentido. - olho para ela rapidamente e logo depois volto os olhos para a estrada.

- Eu preciso falar com o Sebastian primeiro. - faço uma curva e entro na rua da casa dos meus pais.

- Só não demore muito! - paro o carro e ela desce, fecha a porta e se abaixa para olhar para mim pela janela do carro.

Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora