capítulo 15 - mostre quem é

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ZARINA PETROV

Já se passou semanas da minha crise no banheiro, depois disso. Me fechei para Ivan e aquela noite nunca mais se repetiu, ele não tentou me tocar e apesar de dividirmos a mesma cama e quarto, não estávamos tão juntos quanto pensei que iríamos estar quando nos casamos.

Eu estava muito sozinha, passava meus dias dentro da biblioteca e trocava palavras simples com meu marido, me sentia distante.

E nessas últimas semanas, o que mais me estressou foi as pessoas na casa, pra que mais de 15 funcionários perambulando por aqui? isso estava me tirando do sério, eu só queria andar de blusa e calcinha pela casa, talvez até usar minha camisola de seda para ficar confortável!

Os guardas não entram na casa, só caso seja necessário. Então, se não fosse essas pessoas que estão constantemente limpando ou cozinhando sem necessidade, porquê ninguém come tanto assim e a casa nem tem tempo de ficar suja, eu poderia estar confortável.

- Fiquei sabendo que está afastada de todos, gatinha - Lucca diz me tirando de meus devaneios, nem sequer percebi que tinha chegado

- As pessoas falam demais. - Rebati

- Não acho que estão falando demais. - Ele se sentou ao meu lado, no sofá da biblioteca.

- Acha que Ivan ficaria bravo se eu demitisse todos os funcionários que trabalham na casa? permitindo que as pessoas da limpeza viesse apenas uma semana por vez? - Troquei de assunto, não deixando que ele me arrastasse para uma conversa sobre meu comportamento.

- Acho que você não teve pedir permissão sobre nada. - Ele me encarava - Mas... por curiosidade, é claro, por que quer expulsar todos daqui?

- não me sinto confortável. - Suspirei olhando para frente - Eu quero andar de pijama e fazer macarrão pro almoço

- Você pode fazer macarrão pro almoço - Ele riu

- Eu gosto de cozinhar, não sou boa, mas uma coisa não tem nada haver com a outra.  - minha fala fez Lucca rir mais alto

- eu comeria seu horrível macarrão - ele sentou mais perto fazendo nossas pernas encostarem - só porque te acho incrível.

- Se está tentando me consolar não conseguiu - eu ri ao falar.

- Acho que está ficando muito sozinha. - ele ficou sério.

- Acho que você é muito carente e tem necessidade de contato físico. - Retruquei

- Chata - Ele recuou para a ponta do sofá, não encostando mais em mim.

- Chato - Falei, me movendo para mais perto, para que ele entenda que não queria ser tão rude e tudo bem ele demonstrar afeto através do toque.

- Bom, eu tenho que ir, gatinha. Vou me encontrar com meus irmãos para uma reunião sobre a Drakon's - Ele levantou sorrindo, beijando meus cabelos como sempre faz - Vê se não fica tão sozinha e me liga se quiser companhia.

- E eu vou fazer macarrão - Levantei também - Ligo sim.

Após acompanhar Lucca até a porta caminhei para a cozinha.

- Podem se retirar, irei fazer o almoço - Anunciei para as quatro mulheres presente na enorme cozinha tecnológica.

- Acho que não, queridinha. - A mais nova me disse - O Ivan, gosta que eu mesma prepare a comida

Ela acabou de chamar meu marido pelo nome?

- Entendo que Ivan goste de sua comida, eu também gosto - Dei ênfase no "eu" para que entendesse aonde eu queria chegar - Mas eu gostaria de fazer o almoço.

Branco não, eu prefiro vermelho - Drakon's IOnde histórias criam vida. Descubra agora