Capítulo 21 - Interrogatório e lágrimas

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IVAN PETROV
Atlanta, Georgia - a dois dias atrás

Eu estava sendo mantido em uma cela, eles me retiravam duas vezes ao dia para fazer perguntas e quando não conseguiam nada me jogavam de volta a cela. Pelo jeito que as coisas estavam indo, eu estou encarando mais como uma "férias forçada" do que como prisioneiro.

O FBI está sendo uma grande piada, no meu ponto de vista. Eu fui iniciado com onze anos, porquê matei o homem que estava tentando matar meu pai, foi visto na época como uma ação de coragem e amadurecimento, principalmente porquê não se foi usada nenhuma arma de fogo, eu rasguei a garganta do homem de um canto ao outro e foi quando ganhei uma tatuagem de dragão que toma minhas costas inteira.

Quando você mata com uma arma, é uma morte a distância, fria e fácil. Mas, quando você mancha sua pele com o sangue do inimigo, ou a pessoa que naquele momento você vê como um, é algo pessoal, com emoção, você se envolve no momento e a sensação da lâmina perfurando a pele fica gravada em sua mente como a maldita de uma mancha negra que não saí.

Eu era muito novo, uma criança, e depois disso, comecei a participar de cada reunião da Drakon's. Com dezesseis, eu já sabia milhares de jeitos de torturar alguém e com dezessete eu já era a pessoa da Drakon's que mais carregava sangue em suas mãos.

E quando fiz dezoito, quando meu pai se aposentou pois percebeu que seus homens vinham até mim pedir ordens e mesmo quando ele, o capo, dava uma ordem os homens ainda vinham até mim confirmar se poderiam fazer. Meu pai viu que estava ficando para trás, que o respeito ele ainda tinha mas a lealdade de capo ele perdeu quando eu comecei a falar na mesa de gente grande.

Tudo isso acabou com a minha infância, aos nove eu já estava noivo e aos quatorze eu já me envolvia com prostitutas. Mas minha mãe, Isabel, fez um bom papel, o melhor na verdade, ao me preparar para ter uma esposa e saber separar o Dyavol do Ivan.

Isabel também me ensinou que antes mesmo da Drakon's vêem meus irmãos, e agora Zarina, ela - minha mãe - me disse que isso iria acontecer, que no momento em que me casasse minha esposa também viraria prioridade. Mas é claro, a sociedade não pode saber disso, não pode sequer pensar que eu os escolheria sem piscar, mesmo que eu fizesse.

Cresci orientando meus irmãos, vendo Gabriel se tornar frio porquê diziam que ele era muito mole, vendo Lucca fuder com qualquer buceta que aparecer pois seu coração foi quebrado tão bruscamente que a única coisa que ele fez após sair da depressão, e conseguir parar de se embriagar e se enfiar em brigas, foi fuder qualquer buraco que via. Ensinando aos dois lutar, atirar e o que fazer em cada situação de perigo.

E eles me ensinaram que quando estamos sozinhos, podemos deixar de lado qualquer crueldade que fizemos durante horas para apenas nos amar sendo uma família.

Eu já fui capturado quando jovem por gangues querendo chegar a qualquer poder que conseguissem, fui torturado por elas e me mantive forte sem dizer qualquer palavra por dias. Antes disso, fui treinado para aguentar a dor, para conseguir passar por torturas psicológicas e físicas.

Então é por tudo isso que digo, o FBI é ridículo, me colocam em uma sala com apenas uma mesa de metal e duas cadeiras, me fazem perguntas das quais eles não recebem resposta e quando volto a cela ainda sou alimentado, comida ruim e com péssima textura, mas ainda sim comida.

Mas aparentemente eles perderam a paciência, me falam para levantar e como sempre, fico sentado esperando que o homem repita, porém ele não repete, apenas pega um taser e me eletrocuta, antes que eu perceba, me fazendo tremer enquanto me encosto na parede. respirando fundo, Isso vai ser interessante.

Branco não, eu prefiro vermelho - Drakon's IOnde histórias criam vida. Descubra agora