Capítulo 17 - Deixe a neve cair

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IVAN PETROV

- Gabriel, ela nem sequer conhece a cidade! - Eu falava com meu irmão pelo telefone.

- Ela assusta, ta bem? - Ele bufava do outro lado da linha

- Ela sequer tem metade da sua altura. - Apesar de ser uma mulher alta, com seus 1,70 de altura, Zarina ainda sim, chegava só até o queixo de Gab, que era mais baixo que eu.

- Ela compensa isso com um olhar mortal e um tom intimidante! - Gab gritou do outro lado em uma forma desesperada de se defender.

Eu ri, Zarina havia colocado medo em um homem de máfia, que estava sempre ao meu lado e já fez e viu atrocidades horríveis.

- Tudo bem, só estou preocupado que ela se perca ou um dos malditos agentes chegue até ela - Falei o acalmando - Você pelo menos a entregou uma arma?

- Ela sequer sabe usar uma arma? - Meu irmão rebateu

- Eu não sei... mas sem uma, ela quase deformou o rosto de uma mulher usando apenas o fogo da boca de um fogão. Quero nem imaginar o que faria se tivesse armada - Falei, pensando que talvez seja melhor ela não estar armada - De qualquer forma, irei localizar o carro e ver se algo suspeito aconteceu e só então podemos intervir.

Após desligar, sem sequer esperar meu irmão dizer qualquer coisa, me levanto e caminho até a sala de computação.

Acho que não os informei, mas estou no centro da Drakon's, aonde venho todos os dias para deixar tudo em ordem, é uma casa tão grande quanto a minha, sem quartos. Apenas com salas de computação, aonde ficam os hackers, ala de treinamento - tiro, luta corporal ou preparo psicológico - E outras salas que cuidamos de outros assuntos.

- Acionem a localização do meu carro. - falei ao adentrar a sala - Dodge preto, placa "13KVM5"

- Achei! - Um dos cinco hackers da sala me diz - Perdemos.

- O que? - Me viro o encarando

- Ela... ela desativou, entrou no nosso sistema e desativou... - Ele estava confuso enquanto olhava a tela do tablet.

Ela desativou? ela... Zarina hackeou meu sistema?

ZARINA PETROV

Parei o carro no estacionamento de um restaurante, ao descer todos me encaravam surpreso, nem tentavam disfarçar suas expressões.

Ignorando as pessoas a minha volta, caminho para dentro.

Sento no balcão, ao lado da única pessoa que não parece ter medo de olhar para mim

- Oi, bom dia - Ela me cumprimentou simpática. - Yennifer - Disse estendendo sua mão para mim

- Zarina - Falei ao segurar sua mão.

- Eu sei quem você é, todos sabemos. - Ela riu se endireitando na cadeira.

- Aparentemente é a única que sabe e não me olha temerosa - Ri, abrindo o cardápio.

- Posso até ter uma admiração por você, me parece uma mulher forte, mas não vou te falar para não elevar seu ego - ela dizia me fazendo rir - Mas não medo.

Branco não, eu prefiro vermelho - Drakon's IOnde histórias criam vida. Descubra agora