Cap 04 - QUEBRA DE BARREIRAS

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ATENÇÃO: 

Decidi mudar os nomes de "Tharn e Type" para Mew e Gulf, me sinto mais confortável para escrever assim, irei mudar dos capítulos anteriores também, mais apenas os nomes dos meninos.



......................Boa leitura....................

QUEBRA DE BARREIRAS

Haviam se passado oito dias desde o resgate do garoto Gulf, os repórteres ainda não tinham desistido de conseguir uma matéria, se aglomerando na porta da delegacia atrás de informações, todos os jornais do país e até mesmo fora dele falavam sobre o caso do garoto do porão, e o fato da polícia ter sido negligente e não cumprido com seu dever era uma das pautas preferidas.

A rotina de Mew havia mudado drasticamente, antes de Gulf ele chegava na delegacia as 07:00hs da manhã, as vezes não parava para o almoço, e a hora de ir embora, bem ele não tinha hora para sair da delegacia, muitas vezes passava a noite no sofá do seu escritório, agora ele chegava às 09:00 hs porque antes passava no hospital para checar a evolução do garoto, e durante toda a semana que se passou, sai as 18hs direto para o hospital, sentava em uma cadeira ao lado da cama do garoto que aos poucos ia ganhando uma cor mais saudável no rosto ainda magro, segurava sua mão que continuava frágil demais e contava como foi seu dia, mesmo não tendo certeza se ele escutava alguma coisa ou se serviria de algum conforto.

04:00h da tarde da quarta-feira o policial recebeu a ligação do hospital, informando que o garoto havia acordado, imediatamente se dirigiu para o local nervoso, ele não conseguia imaginar como o garoto poderia se recuperar de todo aquela maldade sofrida, e para piorar ainda mais, não haviam encontrado nenhum parente do garoto.

-Você precisa comer alguma coisa meu querido, a enfermeira baixinha fala carinhosa com o garoto, a sr Emília, uma mulher de 52 anos, trabalhava naquele hospital desde que se formou aos 22 anos de idade, nunca havia presenciado tanta crueldade como aquela, ela fazia questão de estar sempre cuidando do garoto, mesmo ele estando sedado, ela conversava coisas do dia a dia, e depois de 03:00h que haviam acordado o garoto, ela ainda não havia conseguido fazer o menino ingerir por si só nada além de água, ela já começava a se desesperar com o silencio do garoto que se mantinha calado e quietinho, mal se movia na cama que se encontrava em uma posição inclinada deixando o garoto quase sentado.

Batidas na porta é ouvida fazendo o garoto se encolher levemente, quando a porta é aberta a sr Emilia se aproxima um pouco mais da cama para mostrar ao garoto que estava tudo bem, ele não precisava ter medo.

Percebendo a reação do garoto que esconde as mãos dentro dos lenções se encolhendo um pouco mais, a enfermeira fica preocupada que o menino possa estar sentindo medo, afinal toda vez que o policial ia visita-lo o garoto estava dormindo.

-Está tudo bem Gulf. Esse é o sr Mew Suppasit, ele é o policial que te resgatou. -A enfermeira fala quando percebe o garoto tentar se esconder embaixo da coberta, baixando a cabeça. -Podemos pedir para ele voltar depois se você quiser.

-Não. -Gulf fala pela primeira vez, levantando a cabeça, olhando em direção ao seu anjo sem asas em um pedido mudo para que não vá embora.

-Oh, agora vou ficar com ciúmes, você não falou nenhuma vez comigo por mais que eu tentasse puxar assunto, mais é só o policial chegar que você resolve falar. -Emilia fala sorrindo amável para o garoto que abaixa os olhos novamente em um claro gesto de timidez, ele não parecia estar com medo, o que deixou a enfermeira segura para deixar os dois a sós.

-Por favor, poderia me ajudar a convencer esse jovem a comer um pouco? Tiramos a sonda de alimentação hoje pela manhã mais o menino se recusa a comer, se ele continuar assim terá que voltar a ser alimentando por sonda. -A mulher pede para o policial que promete tentar.

O Garoto do Porão (MewGulf)Onde histórias criam vida. Descubra agora