Cap 18 - ESTOU BEM, JURO.

981 147 51
                                    



Cap 18 - ESTOU BEM, JURO.


Mew passava as pontas dos dedos levemente sobre os cabelos bagunçado do garoto que continuava agarrado em sua cintura, o rosto pressionando em seu peito como se dali tirasse o ar necessário para viver, o silencio dominava o quarto do garoto que parecia ter adormecido depois do que parecia horas chorando. O garoto não o havia largado por nenhum momento desde a hora que pulou em seu colo, agarrando seu corpo como um bebê coala, tão frágil, o policial fechou os olhos com força ao se lembrar da cena.

Tudo que o mais velho queria era voltar na faculdade e arrancar do outro garoto o que tinha acontecido com seu bebê, mas ele não o deixaria agora. O garoto estava frágil e agarrado a si como se fosse uma tábua de salvação, até o momento não havia falado nada, o mais velho não pressionou, esperando o momento que o menino se sentisse forte o suficiente para explicar o que aconteceu, fisicamente ele parecia bem, apenas saber disso o manteve são.

-Eu tô com vergonha. -Gulf Fala baixinho fazendo o policial perceber que o garoto finalmente acordou, a voz abafada por continuar com o rosto pressionado contra o peito do policial.

-Por que você está com vergonha bebê? -o silêncio se fez presente mais uma vez, levou alguns minutos para Gulf voltar a falar. O garoto senta levando com sigo o coberto que o policial tinha usado para ajudar o aquecer, ele pressionou as mãos em seu colo para tentar controlar o nervosismo, os cabelos bagunçados, rosto amassado fez o mais velho ficar mais hipnotizado pela inocência e fragilidade que o garoto transmitia. Mew analisa o garoto por completo mais uma vez a procurando de qualquer sinal que o garoto estivesse ferido.

-Você pode conversar comigo? eu preciso saber o que aconteceu, minha vontade era ir lá conversar com aquele garoto, mas não quero te deixar sozinho agora. -O policial pede na esperança do garoto lhe contar o que aconteceu para o deixar tão abalado.

-Não... você não precisa falar com ele Mew. -Gulf fala nervoso. -Ele não fez nada.

-Como nada Gulf, ele estava com o nariz sangrando e você estava assustado. -O policial se exaspera com a resposta do garoto, ele tem que se esforçar para manter a voz calma, porque seu sangue estava fervendo com as possibilidades que passava pela sua mente.

Mew vê o garoto baixar a cabeça envergonhado, ele espera o máximo que pode por uma resposta, mas como essa não vem ele levanta na intenção de descobrir por outros meios o que havia acontecido, ele não conseguiu conversar com nenhuma das testemunhas que encontrou no banheiro, ele estava focado em atender as necessidades do seu garoto primeiro, naquele momento ele se arrependeu de não ter levado um de seus parceiros junto, quando recebeu a ligação da garota falando que Gulf precisava dele, não pensou em mais nada, largou tudo que estava fazendo e saiu correndo sem ao menos avisar a equipe onde estava indo.

Gulf se assusta vendo o policial indo em direção a porta, o garoto imaginava que o policial ia atrás do outro para tirar satisfação.

-Não é isso, por favor, volta, eu vou te contar. -Mew respira fundo para continuar calmo, ele senta perto do garoto esperando uma explicação.

-Acho que a culpa é mais minha do que dele, então não é justo você pressiona-lo por algo que eu deveria ter resolvido, ele errou por forçar a barra, mais acredito que poderia ter resolvido melhor.

-Me explique para que eu entenda. -é tudo que o policial fala.

-Ele disse...- ele para não sabendo como explicaria de uma forma que o policial entendesse seu ponto de vista. -Ele queria se aproximar de mim de uma forma diferente... é parece que ele está afim de mim, não sei acho que é isso. -O garoto fica tímido e evita o olhar questionador nos olhos do mais velho, mais logo volta a olhar naquele mar de tempestade, por mais que o olhar do policial fosse algo que apertava sua garganta, ainda era onde ele mais se sentia seguro.

O Garoto do Porão (MewGulf)Onde histórias criam vida. Descubra agora