5- Agridoce

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Estou há alguns minutos brincando com a comida em meu prato sem conseguir ingerí-la

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Estou há alguns minutos brincando com a comida em meu prato sem conseguir ingerí-la.

Quando os sintomas como fadiga e cefaleia aumentaram, eu procurei o doutor Liam e fiz uma bateria de exames. Para o meu alívio não apresentou nada grave, apenas uma desidratação moderada causada pelo calor causticante do deserto.

Liam receitou-me polivitamínicos, recomendou repouso, alimentação saudável e hidratação. O que é difícil cumprir pois meu apetite não quer colaborar.

— Louis você não vai comer? – Reconheço a voz de Liam e olho em sua direção.

O café da manhã está sendo servido na sala de refeições e além das odaliscas e do Sheik, também estão à mesa, Samira, Niall, Liam e Zayn.

— Estou comendo. – Dou um sorriso fraco por saber que não é verdade.

— Você precisa se esforçar para se alimentar bem, Louis. Caso o contrário, terei que receitar-lhe suplementação intravenosa.

Arregalo os olhos com essa possibilidade. Não me agrada a ideia de uma agulha perfurando minha veia.

— Vou tentar, não se preocupe. – Digo cabisbaixo.

Sempre que estamos todos reunidos a animação é grande, todos falam ao mesmo tempo entre risadas e brincadeiras. Por isso nem percebi que Harry tinha os ouvidos atentos a minha conversa com Liam até ouví-lo dizer:

— Louis venha até mim, por favor.

Todos os presentes passaram a conversar mais baixo, fingindo indiferença, mas todos querendo ouvir o que o Sheik iria me dizer à seguir.

Ele está sentado na cabeceira da mesa, vestindo uma bermuda curta e uma camisa lilás com os três primeiros botões abertos. E eu estou a cinco cadeiras de distância no lado direito da mesa.

Levanto devagar sem entender o por quê dele me chamar durante a refeição. Me aproximo e paro ao seu lado.

Harry afasta minimamente sua cadeira e dá duas batidinhas com a mão em sua coxa.

— Sente-se no meu colo, Louis. Vou te alimentar.

Meu sangue corre gelado por minhas veias, incrédulo com a ordem dele. Umideço meus lábios com a ponta da língua antes de recusar.

— Não é necessário Sheik, eu...

— Obedeça Louis, isso não é um convite.

Se antes o silêncio tinha se instalado na sala, agora se cair um lenço todos ouvem.

Completamente sem jeito, sento-me em uma de suas pernas e baixo os olhos com receio de encarar as expressões nos rostos dos meus colegas.

Não é como se eu tivesse opção, todos sabem as regras e uma delas é que se o Sheik fizer um convite você tem o direito de aceitar ou recusar, porém se for uma ordem temos que obedecê-lo.

UM SHEIK EM MINHA VIDA - larryficOnde histórias criam vida. Descubra agora