13- A queda da serpente

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— Obrigado sun, passar esse tempo com a minha família foi o melhor presente que você poderia ter me dado

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— Obrigado sun, passar esse tempo com a minha família foi o melhor presente que você poderia ter me dado.

Estamos no jatinho voltando para o Marrocos depois de passarmos o dia na casa da minha mãe, e desde que partimos de Londres permaneço agradecendo-o por essa surpresa maravilhosa.

— Eu sabia que você iria gostar, Louis. Depois de tudo o que você se dispôs a fazer para protegê-la, é nítido que o amor que sente por sua mãe e irmãs é genuíno – Harry sorri de forma preguiçosa. — E eu fiquei feliz em proporcionar o reencontro de vocês.

— Eu estava com tantas saudades da comidinha da minha mãe – meu sorriso se amplia com a lembrança. — O sorriso dela e a maneira que seus olhos brilharam quando chegamos me fez sentir tão especial.

— Sua mãe é uma mulher encantadora e agora que está livre de seu pai terá a oportunidade de recomeçar. Talvez encontre um novo amor. – Ele divaga.

— Desde que ela seja feliz, não me importo que se case novamente. Ela e as pirralhas merecem uma vida melhor, elas já sofreram o suficiente nas mãos do Mark.

Harry me lança um olhar preocupado.

— Louis, o seu pai era violento?

— Não, ele nunca nos agrediu fisicamente – ignoro o desconforto e prossigo: — Mark é um homem que não mede as palavras para humilhar as pessoas ao seu redor, sabe? Pensa que ao diminuir os outros ele engrandece a si mesmo. Pelo menos meu pai nunca deixou faltar bens materiais em nossa casa – dou de ombros e respiro fundo. — Mas quando se trata de afeto e compreensão, lhe garanto que ele falhou bastante.

Meu coração se aperta ao lembrar do quanto meu pai foi distante de nós, sequer consigo disfarçar a mágoa em minhas palavras.

Realmente Mark nunca foi agressivo mas foi ausente e a falta de uma figura paterna refletiu muito na minha vida durante vários anos e acredito que até hoje a sua indiferença me afeta de alguma maneira.

Lembro-me das vezes em que papai resolvia brincar de ser um 'pai presente' e quando eu era criança de fato acreditava que seu falso ato de carinho era verdadeiro. Com o passar dos anos a minha ingenuidade foi aos poucos indo embora e junto com ela fui percebendo que Mark tinha apenas uma prioridade na vida. Não era eu. Nem minha mãe ou minhas irmãs. E sim o dinheiro.

Meu pai tinha cede pelo prestígio, sua ganância pelo poder social sempre o dominou por inteiro e sua maior ambição era conquistar tudo que lhe desse a chance de se destacar. Sua obsessão o levou à arrogância. A sua arrogância o levou à sujeira dos maus negócios, e de bônus, puxou todos nós para o seu buraco corrupto.

Obrigado papai.

— Pensando bem, ele também falhou ao nos fornecer bens materiais se levarmos em consideração que o dinheiro com o qual ele nos sustentava provinha da máfia... – Minha voz está embargada e sinto meu ar faltar dos pulmões.

UM SHEIK EM MINHA VIDA - larryficOnde histórias criam vida. Descubra agora