4 - Jogando limpo

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Bruno, dias atuais

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Bruno, dias atuais.

Não posso reclamar da vida. Tenho bem mais que uma pequena porção de seres humanos sequer ousou ter.

Não tenho um passado sofrido, nunca passei necessidade. Eu sou o que chamam de privilegiado, nascido em berço de ouro. Sim, meus pais já eram ricos, meus avós também.

Somos donos de uma gigantesca mineradora. Uma das maiores do mundo.

Desde muito jovem eu sabia que não queria ser um empresário, fazer administração.

Eu sempre fui um questionador e sou um advogado por vocação. Diferente do meu irmão, Vitor de 31 anos. Que claramente seguia os passos do meu pai, um grande administrador.

Estou com 34 anos. Sou solteiro. Sem filhos, e advogado da empresa da família. Ok, sou empresário também, porque parte da empresa é minha, mas quem comando tudo com muito mérito é meu irmão.

Tenho uma irmã, Mirela. A nossa princesa. Que é talentosíssima, é designer de joias. Tem vinte e cinco anos.

Eu e meus irmãos nascemos em um lar estruturado. Meus pais são meus exemplos de vida. Amor e respeito são as suas maiores armas para um relacionamento feliz.

Nunca fui contra o matrimônio, mas a monogamia não me atrai. Digamos que não sou um cara egoísta. Gosto de dividir.

Todos os meus relacionamentos foram com mulheres que gostavam do mesmo estilo de vida que eu. Frequento os melhores e mais seleto clubes do Brasil e até mesmo fora.

Você já teve a experiência de transar em um local e saber que alguém pode estar vendo e inclusive se excitando com isso. Essa sensação de ser observado me fascina.

Como somos pessoas públicas, infelizmente, perdi o controle sobre onde minha imagem vai parar, eu sou bem mais cauteloso, do que quando me interessei pelos clubes Inda muito mais jovem e negligente.

Era bem mais comum me ver transando com uma mulher e flertando com o perigo.

Nunca tive problemas em fazer ou falar abertamente sobre sexo. Em casa, nossos pais sempre foram muito abertos ao diálogo e nos deram total liberdade sobre todo e qualquer assunto.

Somos três irmãos e cada um com uma personalidade diferente, mas a construção do nosso caráter e a forma que nós agimos na vida e no sexo, não sofreu influência de nossos pais, sociedade ou igreja. Isso nunca teve peso.

E de nos três, eu sou, o que talvez tenha mais liberdade para falar abertamente sobre sexo. O Vitor e Mirela costumam me chamar de devasso.

E para uma mulher estar comigo, tem que no mínimo sentir vontade de ser livre no sexo. Estar aberta a viver o mesmo estilo de vida que eu.

Você deve estar se perguntando se eu já sofri alguma desilusão amorosa antes. E a resposta é não.

Gosto de fazer sexo, de ver pessoas fazendo sexo e de dividir minha parceria com outra pessoa, tanto faz homem ou mulher. Quem decide é ela.

O TOQUE PROFANO - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora