12 - O banheiro da Casa nova

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Sara

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Sara

Quando o Bruno ligou, me convidando para jantar e falou o endereço, eu quase sugeri outro lugar.

A gente as vezes passa por alguma situações complicadas, constrangedoras, sem culpa alguma. E foi mais do que isso que eu e Camila vivemos naquele lugar. Mas eu decidi ir.

Chega de me sentir ameaçada, e duvido que ele vá falar alguma, quando perceber que estou acompanhando pelo Bruno Meirelles.

Dito e feito. Ele se comportou bem diferente de quando eu estava sozinha com a minha amiga. Penso enquanto retira maquiagem usando o eu mais novo sabonete de limpeza.

E sem contar que eu transei no banheiro do restaurante. Estou me tornando uma devassa. O que será de mim, quando esse homem for embora?

Ele ficou tão assustado quando sem querer se ofereceu para me levar em uma viagem. Morrendo de medo de eu me apagar, e achar que teremos alguma coisa a mais do que sexo. Eu disfarcei.

Admito. Me incomodou um pouquinho, vê-lo se corrigindo tão categoricamente. Me olho no espelho e repito em voz alta.

— Não se apegue querida, não se apegue. Ele jamais se envolveria seriamente com você.

Na manhã seguinte estou tomando café da manhã com a Camila e o Samuca e conto que fui ao restaurante do babaca e ela fica boquiaberta com o que eu falei pra ele.

— Sara, você é louca? Uma vez você já jogou um prato de sopa nele e agora falou mal do vinho?

— Mãe, desde quando você entende de vinhos? — Samuca pergunta.

— Não entendo patavinas, tanto que se me der suco de uva misturada com corote de 15 contos numa taça e um vinho de 10 mil na outra, muito provavelmente, não saberia diferenciá-los. —Todos rimos.

Resolvo levar meu filho para comprar tênis e roupas novas e carrego a Camila com a gente.

Ela anda muito quietinha e precisa se animar um pouquinho, e nada como compras para ajudar nisso.

A gente não saia para comprar muitas coisas antes, não íamos em qualquer loja.

Sabíamos direitinho em quais entrar. Eram apenas as que faziam queima de estoque e ainda sim, tudo nosso era bem controlado.

A gente frequentava muito o brechó da igreja. Era o que salvava nosso guarda roupa.

Todos os tênis do meu filho são de lá. Ele nunca reclamou, mas eu sei que ele gostaria de usar alguma coisa nova, e agora pode. Mas eu ainda não me acostumei em ser rica. Sempre tô pechinchando.

Vocês acreditam que o Bruno transferiu 4 milhões para nossa conta conjunta? Até hoje eu não acredito nisso.

Poderíamos ter ficado ofendidas, nós sentindo compradas, mas sejamos francos, o jeito que praticamente fomos enxotados de lá, sem nenhuma consideração, deixamos de nos sentir compradas faz tempo.

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