22. Eu vou ser Mãe

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Voltei rápido dessa vez.

Esse é um capítulo ponte, vocês vão entender.

Desde já agradeço, e tenho q agradecer a uma leitora em especial por ter me dado uma ideia mesmo sem perceber.

Enjoy.

Capítulo 22

- Mãe... eu vou ser mãe.

- O que???

Respirei fundo apertando os olhos enquanto escutava todos os enormes gritos da minha mãe pelo telefone. Ela falava tão rápido, atropelando todas as pontuações.

- Mãe! Por favor, me deixe explicar. - Implorei.

Estava sozinha em meu apartamento, uma vez que Rosé e Alice decidiram sair para tomar um pouco de ar. Minha namorada passou boa parte da madrugada vomitando, além de chorar agarrada ao meu corpo. O casal, se assim posso dizer, Jensoo estava de volta às suas atividades individuais. Jisoo em um ensaio fotográfico para a Vogue Korea, enquanto Jennie em outro para a Calvin Klein.

Assim que me deparei sozinha, uma voz no fundo da minha cabeça raciocinou por mim, dizendo o óbvio: eu precisava de ajuda e precisava contar para a minha família.

Pode parecer estranho, a realidade é cruel assim mesmo. Existem dias que tudo vai dar certo, e esses claramente são os dias em que estou com minhas meninas, e outros que eu simplesmente não sei mais o que fazer, ou a quem implorar por misericórdia.

- Mas você não pode ter filhos, Lalisa! - A mulher finalmente disse algo coerente atraindo minha atenção. - Sei que essa não é a única forma de se ter um filho, mas... explica logo, minha filha.

Havia curiosidade e preocupação em seu tom de voz.

- E-eu... - Respirei fundo tentando reprimir as lágrimas. - Eu estou namorando a Rosie, você sabe. - A mulher concordou. - E meio que a gente... transa, você s-

- Lalisa! No momento não estou interessada nesses detalhes.

Jogar piadas em momentos assim era minha forma de tentar mudar o clima e deu muito certo, quando escutei o tom indignado da mulher.

- Enfim, mamãezinha. A gente fez um neném.

O silêncio durou muitos minutos.

E mesmo que possa parecer insanidade, escutar sua respiração já me acalmava.

- E-eu vou ser vovó?

Sua voz estava ofegante e trêmula denunciando o choro emocionado. E não precisou de mais para que eu desabasse.

Chorei como uma criança de colo, descarreguei nela todas as minhas inseguranças, todos os meus medos. E escutando seus soluços, ela se encontrava da mesma forma.

- V-vai s-sim, mamãe!

Sorri em meio às lágrimas, esquecendo de todos os meus problemas.

- Pare de me chamar assim, agora a mamãe aqui é você! - Mesmo meio envergonhada, ri contagiada por seu carisma natural. - Mentira, meu bebê, eu sempre vou ser sua mamãe.

- Mãe... Nunca diga isso para as meninas, por favor!

- Claro que falarei, ainda mais para seu filho ou filha. - Me sentia estranha escutando aquelas palavras. - Mas... e como estão as coisas? Como minha nora está?

Lembrei das últimas horas e me senti extremamente preocupada outra vez.

- Está tudo uma merda... - Fui sincera e não me preocupei com o vocabulário, minha mãe era o meu porto seguro desde sempre, mas agora, era a minha confidente, a pessoa para quem eu poderia me desmanchar e buscar por alento. Tinha que me manter forte por Rosé e meu filho, além de me manter bem por Jennie e Jisoo. - Chaeyoung está pirando, passando muito mal.

Just Different - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora