Capítulo 9

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ANGELIQUE DUCKWORTH

Meus olhos se arregalaram ao ver com quem esbarrei.

Warren me olhava da mesma forma, pasmo.

— Desculpa, não achei que fosse você — ele diz e olho para a garota que estava ao seu lado. Já tinha ouvido falar dela, Liriel era uma das melhores desenhistas do segundo ano.

— Okay. — respondo, querendo continuar meu caminho.

— Espera, precisamos conversar. O que foi aquilo de terminar por telefone? — ele questiona, me lançando um olhar duro.

— Qual é? Já passei por isso e se quiser um spoiler, não é tão ruim assim. — lhe lanço uma piscada e desço as escadas.

— Angel, espera! — escuto Warren me chamar, e finjo que não é comigo. Porque afinal de contas, meu nome é Angelique.

Estava descendo o último degrau quando sinto alguém segurar minha mão.

— Não quero conversar, pensei que tivesse deixado tudo claro por mensagem Clint.

— Para de ser maluca, eu fui no jogo. Se quiser pode perguntar para o Tanner. Ele até comprou aquelas camisetas idiotas do time. — sentia sua necessidade de tentar me convencer que estava falando a verdade.

— Warren você vai vir ou não? — Liriel aparece, passando as mãos em seu ombro.

— Só um minuto. — responde sem olhar para ela e vejo a garota subir para o andar de cima. — Eu vim aqui só pra esclarecer que tudo foi um mal entendido.

— Hmm... Que ótimo, não precisa me explicar nada, suas ações falam por si só. Quis tanto me convencer que trouxe até uma companhia. Por favor, aproveite sua noite e não estrague a minha.

— Então vai ser assim? Tínhamos um acordo e até o momento eu cumpri. Você passou na prova e agora quer me descartar? — responde indignado.

Talvez eu tenha agido no calor da emoção, se ele realmente compareceu não tinha motivos para fazer o que fiz, porém não estou disposta a mudar de ideia.

Foi melhor assim.

Isso não era um namoro de verdade, mas estávamos terminando de um jeito dramático, que não precisava de explicações ou até mesmo motivos, sendo que não tínhamos um elo.

— Te desejo uma boa sorte no almoço de hoje a tarde, Liriel seria uma boa acompanhante. — encerro essa conversa ouvindo seus resmungos.

Foda-se, eu mereço comemorar a vitória em grupo e não preciso lidar com as frustrações dele.

Na pista de dança encontro Russel que sorri ao me ver.

— Nossa, que demora. — ele disse, estendendo a mão.

— Eu não sei dançar. — reclamo e a seguro.

— Gostei dessa roupa, combina com a cor dos seus olhos. — elogia.

Estava usando meu vestido verde escuro, que ficava justo em meu corpo, já na parte do decote tinha um bordado fofinho.

Russel não estava atrás em relação a roupa, adorei seu short jeans de malha clara e o moletom branco que usava. Ele ia desmaiar nesse ambiente abafado, mas não parecia sofrer com o calor.

Mesmo sendo péssimos dançarinos ainda insistimos no erro.

Ao som de Safe And Sound - Capital Cities, a nossa música. Pulamos com a galera, gritando como nunca.

A sensação de estar vivendo momentos assim, era incrível.

Durante a madrugada bebi alguns shots mas não a ponto de ficar bêbada, muitas pessoas me cumprimentaram e quase caí na tentação ao flertar com alguns garotos.

Péssima PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora