Capítulo 15

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ANGELIQUE DUCKWORTH

— E agora eu vou ter que ralar muito, para passar nessa prova. — relato por telefone, com Faith que estava do outro lado da linha.

— Isso é uma merda amiga, espero que você consiga. O time vai estar perdido sem você hoje. Tem certeza, que não vai vir no jogo? — Faith pergunta, e acabo demorando alguns para responder.

Olho para o céu nublado desse sábado, pela janela, e suspiro dramaticamente.

— Não Fay, vou começar a estudar o quanto antes, tenho duas semanas para isso. Podemos nos falar depois? Boa sorte, sei que vão conseguir ganhar. — comento, tentando atrair pensamentos positivos. O time não precisava de mim, porque era formado por excelentes jogadoras, tanto as titulares, quanto as reservas. Allan cobrava muito da gente.

— Okay, fica bem tá? Depois do jogo eu te ligo. — falou antes de desligar.

Caio para trás, sentindo o colchão macio entrar em contato com minhas costas.

Olhando para o teto branco do quarto, tento criar coragem para começar o dia produtivo que preparei, preferindo não chorar mais, pelo que não poderia ser mudado.

Me levanto, indo ao guarda-roupa e decido trocar o que estou vestindo, por uma roupa usual de caminhada.

Vestindo um top amarelo florescente, com a calça legging preta, amarro a blusa na cintura.

Depois de calçar o tênis, prendo meu cabelo o mais alto possível e passo a faixa, disfarçando o frizz.

Ele gritava, precisando de uma boa hidratação.

Desço a escada e vejo mamãe assistindo um filme de ação.

— Vou ali e já volto. — grito antes de sair e ela me manda voltar.

— Ali aonde, mocinha? — questiona, com a sombrancelha levemente arqueada, ao dar as costas para a televisão.

— Fazer uma caminhada na praça. — repondo e ela assente, então resolvo continuar meu caminho.

Saindo de casa começo a correr, maneirando a velocidade de vez em quando. Para não exagerar demais.

Como não posso nem frequentar os treinos, tentarei treinar em casa, para não perder tanto o condicionamento físico.

As ruas em que passava, estavam um pouco desertas.

Após vinte minutos de corrida, o cansaço bate. Meu coração acelera por conta da adrenalina e tiro um paninho que estava dentro da blusa, para secar o suor.

Passo na frente de uma cafeteria, e adentro o local.

— Um café expresso, por favor. — falo ao moço que apareceu para me atender, logo me sentando na cadeira de frente para o balcão, a espera do meu copo.

Minutos depois, ele entrega os pedidos para mim e mais três pessoas. Avisando que é só pagar no caixa.

Como a fila não estava grande, agradeço mentalmente ao chegar minha vez.

— Foi só um expresso? — a senhora que estava no caixa, pergunta e assinto.

Passo a mão pelo bolso e meu corpo gela.

Esqueci o dinheiro e o celular em casa.

Solto um gemido em frustração, o que anda acontecendo comigo ultimamente?

Péssima PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora