CAPÍTULO VIII

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Park Jimin

— Depois fala que não gosta dele — Estou a meia hora escutando meus amigos me encherem o saco só porquê eu beijei Jungkook — Mas Jimin conta aqui, o velho beija bem? — Jackson perguntou.

— Jackson! Eu que ia perguntar — Tae reclama e eu reviro os olhos lentamente.

— Não revire os olhos para nós! — Tae e Jack falam juntos e eu não evito sorrir.

Neste momento estou na faculdade em meu tempo de intervalo, hoje está sendo um dia estranho percebo todos da minha sala olharem para mim com uma expressão de nojo no rosto, tento fingir que não estou percebendo nada da situação, somente não quero viver tudo que passei novamente.

Me levanto quando vejo todos começarem a entrar, me despeço de meus amigos que foram para seus cursos e eu sigo para minha sala, estava andando pelo corredor quando sinto me empurrarem com força me fazendo bater contra parede.

— Parece que está andando de olhos fechado! Abra mais os olhos — Um rapaz fala e eu vejo os outros rirem, antes que eu diga algo a professora aparece e manda todos para dentro.

Me sento e quando olho para minha mesa vejo bem grande "desista do seu sonho, um asiático não conseguirá ir longe quando não está em seu país".

Fecho minha mão com força e pego uma borracha e começo a apagar tudo, ninguém vai me fazer desistir de algo que eu estou lutando tanto para começar a conquistar, depois que apago tento prestar atenção na aula.

Só tenho mais uma aula depois desta e poderei ir embora, estou ansioso para chegar já que Jeon falou que queria me mostrar uma coisa, tinha algo construindo no jardim e ele não me deixou ver nada.

— Professora por quê mesmo temos que estudar na mesma sala que um mero estrangeiro? — Escuto perguntarem e eu reviro os olhos lentamente, não acredito que isso está acontecendo, já não bastava eu ter sofrido este tipo de preconceito quando ainda era uma criança isso tudo tem que voltar agora.

— Não podemos fazer nada, temos que conviver diariamente com este tipo de gentinha — A professora diz e me olha.

Lembro destes olhares que transmitem ódio, repulsa e tantos outros sentimentos negativos tudo está voltando em minha mente como um tsunami de constrangimentos e humilhações que passei, olho em volta e percebo que as pessoas que se sentavam ao meu lado se afastaram deixando agora um espaço enorme.

Eu só quero me esconder de todos como eu fazia quando criança, assim que eu escutava os insultos eu aguentava calado e não chorava, mas quando chegava em casa me enfiava abaixo das cobertas e desabava, respiro fundo e continuo a apenas tentar entender a matéria.

[...]

— É tudo por hoje queridos, nos vemos após as férias de verão — Diz e todos começam a sair.

Recolho meu material e me levanto indo para porta, quando saio sou empurrado novamente o que me faz cair no chão com força.

— Para que isso? Não fiz nada — Digo começando a ficar irritado com essa situação.

— Sim você fez! Veio morar aqui, entenda Jimin este não é seu país não o queremos aqui — Diz e a cada palavra praticamente me empurrava mais, sinto apertarem meu braço com força suficiente para marcar.

Respiro fundo e encaro o mesmo a minha frente, seguro sua mão e a tiro de meu braço.

— Não lhe dei o direito de me tocar — Falo cruzando os braços e me aproximo — Nas últimas horas está muito obcecado por mim, o que quer? Já vou dizendo que não tenho interesse em você — Digo o vendo franzir o cenho e ficar com raiva.

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