Capítulo 16

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Eduardo:

Assim que sou avisado que devo assumir o meu lugar, me coloco a postos no altar. Me fazendo companhia, estão os irmãos de malia, Amanda e mais duas primas por parte de pai.

Amanda não apareceu no ensaio de casamento, então é a primeira vez que ela vê os irmãos de malia, no qual um deles é seu par. Eu queria Amanda no altar comigo, mesmo ela sendo uma pirralha teimosa, ainda é minha sobrinha e uma das pessoas que eu mais amo nesse mundo.

- Parece que a noiva já chegou, vai mesmo fazer isso? - marcos, meu amigo me questiona.

- Vou. - Digo firme e cheio de certezas.

- Você tem milhares de opções, sabe o que eu penso. Não sei por que optou por fazer dessa maneira. - Ele fala, mas eu sei que não compreende, apesar de ter acompanhado tudo de perto.

- É mais rápido, se tudo der certo, vai continuar como se nada tivesse mudado ou talvez melhore.

- Mas e se não der certo? - ele pergunta, ja tivemos essa conversa várias vezes, mas como um bom amigo ele tenta me avisar no altar, antes que, do jeito que ele pensa, eu cometa um erro.

- Tenho 3 anos, se não der certo... Não quero pensar dessa maneira, vai dar. - Digo então a marcha nupcial começa a tocar e marcos coloca a mão no meu ombro me desejando boa sorte.

Ele volta para o seu lugar e depois de algum tempo a música ter começado, as portas da catedral se abrem, e la está malia, com um vestido azul claro, combinando perfeitamente com a decoração e com seu buque de flores brancas e azuis.

Ela está linda, malia tem uma beleza comum, mas que de alguma maneira a faz se destacar entre os outros. Ela caminha até mim, sorri para algumas pessoas no caminho e continua seguindo em frente.

Quando ela se aproxima o suficiente, seus olhos grudam nos meus e eu caminho o resto do caminho até ela, seu pai que eu não havia percebido me entrega sua mão e diz que é para eu cuidar de sua filha, após fazer minha promessa, pego em sua mão a colocando em meu braço e a levo para o altar.

- Você está linda malia. - Digo para ela que sorri, mas vejo que tem algo ali. - Aconteceu alguma coisa?

- Não se preocupe agora, depois eu te conto. - Ela diz com um sorriso maior e tranquilizador.

Eu apenas concordo e seguimos para o padre, contanto que não seja algo que a faria desistir do casamento, eu fico tranquilo.

O casamento começa, o padre nos abençoa e nos aconselha, então depois de uma longa hora, assinamos o documento que estabiliza nossa união no religioso e civil, junto com os nossos padrinhos, que servem como testemunha.

Só então, depois de tudo assinado, somos declarados casados.

- Sr e Sra. Lecler, podem se beijar. - O padre nos diz e eu me viro completamente para malia, que me olha em expectativa.

Me aproximo dela, lentamente seguro em sua cintura e a puxo com gentileza para mim. Levo minha outra mão colocando em seu rosto, eu olho em seus olhos pedindo permissão e como se entendesse, malia acena imperceptivelmente.

Aproximo nossos lábios um do outro e dou um beijo delicado em seus lábios macios, deixo que o beijo perdure por alguns segundos antes de nos separarmos e ouvirmos os aplausos dos convidados.

Vejo malia um pouco vermelha e sorrio, bom.

Pego em sua mão e caminhamos para fora da igreja, juntamente com o tumulto. Uma limosine nos espera na entrada da catedral, somos seguidos por uma chuva de arroz e pétalas de flores brancas, mas assim que entramos, um silencio acolhedor nos toma.

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