Bryan:
- O que? - pergunto sem entender como ele chegou a essa questão.
- parece que sim. - ele fala inclinando a cabeça para o lado e me avaliando.
Eu? Gostando... Não, apaixonado pela pirralha? Não, acho que não.
- Eu não me importo, sabe. -. Eduardo fala e volto a te olhar. - digo, se for com você. As escolhas delas ultimamente não andam sendo muito boas, mas se por acaso acontecer de vocês ficarem juntos, namorarem, casarem e terem filhos futuramente. Farei gosto dessa relação. - após Eduardo começar a Falar, meu cérebro filtra tudo bem devagar.
- entendi, então ela não tem permissão de ficar com o Fábio. - digo e abro um sorriso. - obrigada cunhado, vou lá avisar a ela que você não faz gosto nenhum dele.
Deixo Eduardo com Malia e Sofia, e vou atrás de Amanda. Vou em direção ao seu quarto e assim que entro em um rompante vejo ela passando maquiagem. Não no rosto, mas no pescoço.
Por que diabos passar maquiagem no pescoço?
- o que você quer brutamontes? Não sabe bater não? - ela pergunta cerrando os olhos na minha direção.
- só avisando que você não pode ir jantar com dona Maria. - falo para ela que apenas ergue uma sobrancelha esperando que eu continue com a minha explicação do por que. - eu conversei com seu tio, ele não faz nenhum gosto desse Fábio.
- estava falando mal do menino pro meu tio? Que nunca nem viu ele? - ela pergunta se aproximando e colocando a mão na cintura.
- não falei mal de ninguém! - retruco. - ele disse que prefere a mim, então pode tirar seu cavalinho da chuva por que ele não vai chegar nem a 5 metros de você. - digo e a vejo respirar fundo.
- eu vou. - ela diz me dando as costas e voltando para terminar de passar maquiagem em seu pescoço.
- não vai. - falo me aproximando e parando bem ao seu lado, a milímetros de não nos tocarmos.
- eu vou e vou te dar uma chance. Ou me leva pra jantar apenas nois dois, ou eu vou pra casa da dona Maria e tenho certeza que ela vai conseguir me deixar um tempo a sós com Fabinho.
- droga de pirralha difícil e briguenta. - falo saindo do quarto dela e indo pro meu. Como já tomei um banho assim que cheguei, tiro minha roupa e visto uma calça jeans, uma blusa polo e tênis. Passo meu perfume e penteio meus cabelos lisos para traz.
Me olho no espelho e vejo se está bom, então apenas saio do meu quarto e volto pro dela, o encontrando vazio.
Onde ela se meteu agora?Vou para a varanda onde ouço as vozes de todo mundo e a encontro lá, prestes a sair.
- aonde pensa que vai? - pergunto e ela nem mesmo se vira para mim.
- você já sabe, não sei por que está perguntando. Eu vou indo tio, dona Maria já deve estar me esperando. Tchau fofinha. - ela fala já começando a se despedir e eu logo paro ao lado dela, que finalmente me olha e repara em minhas roupas.
- mãe, avisa a aquela velha fofoqueira que surgiu um compromisso e que Amanda não vai. Ou apenas fala que ela ficou com nojo do Fábio depois de ver uma foto dele. - digo e pego na mão de Amanda. - vamos, uma ova que vai jantar lá. Vamos comer lá na dona Chica. - aviso, não só pra ela. Sei que minha mãe vai ligar avisando que estamos indo.
- eu disse que eu aceitava ir? - ela fala tentando retirar sua mão da minha mãe eu a seguro.
- eu disse que era um convite? Vamos logo. - falo e a puxo para a saída.
Saímos de casa e vamos logo virando a esquina, ando tão rápido por que não quero que dona Maria nos veja saindo e me impeça de levar Amanda pra jantar.
- aonde vamos? Anda mais devagar. - ela fala e depois de 1 quarteirão diminuo meus passos.
- vamos no restaurante, não disse que ou a gente jantava junto ou você jantava com aquele idiota? Então estou te levando pra jantar. - falo e ela apenas me encara.
- não precisava daquela cena, se tivesse falado com educação ou apenas me aviso antes, nossa, ou até pedido eu já teria vindo com você no maior prazer. - ela fala me repreendendo e eu desvio meu olhar do seu.
- desculpa. - peço e intensifico um pouco emu aperto em sua mão que ainda seguro.
- aonde fica o restaurante? - ela pergunta depois de respirar fundo e se aproximar mais de mim, tentando me olhar nos olhos.
- não é muito longe, vamos. - digo voltando a caminhar.
- pode devolver a minha mao, não precisa me puxar mais. Eu já vou com você. - ela fala e não deixo com que se solte.
- uma ova que eu vou soltar, tá bonita demais. Vai ficar de mãos dadas comigo e se pensar em soltar eu te abraço e vamos andando grudado até o restaurante. - falo bravo para ver ela me olhar surpresa e não dizer mais nada.
Caminhamos de maos dadas na rua, viramos em uma esquina onde a rua é mais escura e Amanda se aproxima cima mais de mim. Sorrio quando ela usa a mão livre para abraçar o meu braço.
- não precisa ter medo, aqui não é... - não consigo terminar de dizer quando um cachorro enorme pula com tudo no portão de grade ao nosso lado fazendo com que Amanda grite de susto e até quase fez meu coração saltar pela boca. - calma, foi só um cachorro. - digo para ela e para mim.
- vamos logo. - ela diz e começa a andar apressada me puxando consigo.
Andamos rápido até que viramos a esquina e entramos em uma rua mais iluminada. Paramos em baixo de uma árvore, o único ponto escuro demais nessa rua que impede os outros de nós verem.
- meu deus, eu me assustei. - Amanda diz colocando sua testa em meu peito e respirando fundo. Sinto meu coração errar umas batidas.
Pego minha mão livre e passo por seus cabelos, mas aí percebo que ela ainda está de trança.
- eu gosto do seu cabelo solto. - digo sem saber o por que.
Amanda ergue seus olhos e em encaram. Ela é baixa, me me sinto intimidado pela maneira como ela me olha.
- só dó meu cabelo solto? - ela pergunta em um sussurro.
- não. - falo colocando minha mão em seu rosto e acariciando sua maçã com meu polegar. - você é toda linda. - respondo a admirando.
Amanda solta nossa mão que ainda estava entrelaçada e leva ambas a minha cintura, segurando a minha blusa.
- diferente de você seu brutamontes. - ela fala baixo e não posso evitar de sorrir. Amanda parece aproveitar a oportunidade e se coloca na ponta do pé.
Primeiro sinto sua língua acariciar meus lábios lentamente e só então sua boca encosta na minha. Sinto um emaranhado estranho de sensações na boca do estômago. Me arrepio com seu cheiro e sinto quente ao seu toque.
Amanda vendo que me pegou de surpresa, deixa selinhos em minha boca e após alguns segundos aproveitando a sensação de seus lábios macios nos meus, uso meus braços para rodarem sua cintura e prende-la a mim.
Então não perco tempo e quando finalmente nossos lábios se tocam novamente, deixo que minha língua se perca em sua boca.
Aqui, nesse beco escuro, aos 30 anos deixo que essa pirralha adolescente tire tudo de mim. Inclusive meu coração.
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currículum
RomanceMalia é uma mulher que tenta acertar sua vida apos sofrer as consequencias por atos que não foram seus. Sem poder sequer ver a filha por mais que poucas horas por mes, ela tenta ganhar a guarda da pequena de volta. Mas é em uma busca por emprego que...