Nina Jones e JJ Maybank. JJ e Nina. Completamente opostos. Ele é o último a sair da festa; Nina prefere ficar em casa com um livro. Mas ambos têm algo em comum: são melhores amigos de John B Routledge. E junto com Kiara e Pope, eles são os pogues. A...
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Nina ficou até às três da manhã lendo aquele estranho livro que havia encontrado na estante de livros do pai de John B.
O livro era todo escrito à mão. Um tipo de diário, aparentemente. Não seguia uma ordem cronológica de eventos, eram só páginas e páginas de anotações. Algumas ilegíveis. Mas tudo se tratava do Royal Merchant.
Ela estava um caco no outro dia. Prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo e passou um pouco de maquiagem para esconder qualquer sinal de cansaço.
Nina estava servindo as primeiras pessoas na lanchonete, quando Kie apareceu. Parecia pronta para ir em algum lugar.
– Está pronta, gatinha? – ela perguntou, indo até o balcão e batendo as mãos na madeira.
Nina a olhou confusa.
– Pronta?
Ela assentiu e sorriu.
– Nós vamos até Redfield. E só falta você.
– Nós? – perguntou Nina.
– Meu Deus, você questiona tudo.
Ela acenou na direção da kombi estacionada na entrada. Nina observou John B, JJ e Pope em uma conversa entre eles.
Voltou sua atenção para a Kie.
– Eu estou trabalhando agora – falou e gesticulou para o ambiente ao redor delas.
– JJ me avisou que você falaria isso – ela disse e Nina imaginou uma cena de JJ tentando imitá-la – Olha, essa lanchonete está mais morta do que nunca. Ainda estamos nos recuperando da Ágatha, então ninguém vai vir por aqui e se vier meus pais podem cuidar disso sozinhos – ela juntou as mãos – Por favor, por favor, por favor.
Nina respirou fundo e olhou para a amiga: – Tá, mas eu preciso me trocar – e indicou para a roupa de garçonete que vestia.
Kiara segurou uma risada.
– Na verdade, nós estávamos esperando que você viesse com essa roupa – ela parou um pouco para pensar – Bom, JJ estava morrendo pra te zoar, então...
Nina revirou os olhos e foi se trocar.
Agora, estavam todos indo para o farol de Redfield. Nina havia trabalhado lá de vigia por algum tempo, quando ele ainda funcionava. Havia excursões para lá todo verão, até que uma criança quebrou uma perna na estrutura velha do farol e desde então estava fechado.
– Ei, o que está lendo? – Pope perguntou, batendo seu ombro no de Nina.
Ela mostrou o livro velho para ele.
– Não sei também. Um livro velho que achei na casa de John B. Até agora são só anotações sobre o royal merchant, mas nada de novo.
