27. we are coming home

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No dia seguinte, John B e JJ foram os primeiros a se levantarem. Então, quando o pai de Nina desceu as escadas, encontrou os dois na cozinha tomando café da manhã, que consistia em torradas frescas com geleia e manteiga de amendoim e suco de laranja que encontraram na geladeira.

– Ah, oi, meninos – disse o pai de Nina – Não sabia que vocês já tinham levantado.

– Nós costumamos levantar cedo, Sam – disse John B de boca cheia.

JJ franziu a testa. Isso é, quando não estamos de ressaca, ele pensou em dizer, mas achou melhor não causar uma impressão errada (apesar de ser verdade) no pai da garota que ele ficou beijando até quase três horas da manhã.

– E como está a vida em Outer Banks? – Samuel perguntou.

– Ótima – os dois garotos responderam juntos e se olharam por um segundo.

John B deu de ombros.

– Bom, você já foi um dos pogues, sabe como é – disse ele para o pai de Nina, que sorriu assentindo.

– É, eu sei – ele disse – E aquela garota? Sarah Cameron? Como vocês conseguiram encontrar alguém legal daquela família?

John B sorriu.

– A Sarah é bem diferente da família dela – o garoto respondeu.

– Eu fico feliz que vocês estejam indo bem – o pai de Nina disse e cruzou os braços – Eu.. Como.. – ele suspirou – Como é a Nina? Quero dizer, como ela está?

JJ ergueu os olhos de suas torradas para o homem em sua frente.

– Não é como se eu a conhecesse e não acho que ela vá voltar a confiar em mim da noite pro dia.. então.. eu só gostaria de saber como ela passou todos esses anos.

JJ tentou achar algumas palavras para definir Nina. Seria mentira se ele dissesse que não sabia como descrevê-la, mas como Nina, era complicado.

Ele tinha duas versões dela em sua cabeça. A Nina que até poucas semanas atrás era a pessoa que ele menos suportava na face da Terra. Ela era teimosa, cabeça dura, sempre achava que iria ganhar uma discussão e odiava perder, principalmente para JJ. Ela não dava o braço a torcer.

Mas a outra versão de Nina, era a de ontem a noite. Ele conseguia acessar essa versão dela quando a desarmava, o que não era um trabalho fácil. Essa Nina era paciente, uma boa ouvinte, ela se importava com ele, fazia ele sentir coisas que provavelmente não deveria sentir por ela.

As duas versões de Nina tinham uma coisa em comum: ambas eram um quebra cabeça. A primeira versão, era um pouco mais difícil de montar, mas quando ele acertava uma peça ele conseguia acessar a segunda versão.

Ele não conseguia negar que gostava de ambas as versões dela. A primeira o desafiava e a segunda o mantinha seguro.

John B trocou um rápido olhar com JJ, antes de limpar a garganta e responder.

– Nina é.. a Nina – ele disse e sorriu – Ela trabalha e estuda muito. Ela cuida da June, que é a maior prioridade pra ela. Ela passou em uma faculdade, você soube?

– Ela passou? – Sam perguntou, se sentindo incrivelmente orgulhoso.

– É – John B disse – Foi a primeira da nossa turma a ser aprovada, com um ano de antecedência. Ela é muito inteligente. Uns dois anos depois que você foi embora, ela e o Pope criaram um clube de matemático.

– Eles competiam com escolas em torneios – disse JJ – A gente era obrigado a ir ver.

Sam sorriu.

summer rain // jj maybank (𝑜𝑢𝑡𝑒𝑟 𝑏𝑎𝑛𝑘𝑠 𝑠𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 𝟷)Onde histórias criam vida. Descubra agora