Nina Jones e JJ Maybank. JJ e Nina. Completamente opostos. Ele é o último a sair da festa; Nina prefere ficar em casa com um livro. Mas ambos têm algo em comum: são melhores amigos de John B Routledge. E junto com Kiara e Pope, eles são os pogues. A...
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nina's pov
O final é sempre imprevisível.
Ninguém nunca conseguiu determinar com certeza o que aconteceria em seguida. Você pode contar os passos e refazer os cálculos, mas nada te aponta para qual direção seguir.
Na noite em que John B e Sarah se perderam no mar, foi como se o tempo havia congelado em algum lugar do espaço. Não parecia real. Nada parecia real. As coisas não pareciam palpáveis novamente e demorariam um pouco – ou nunca – para voltarem a ser.
Kiara voltou para a casa acompanhada dos pais, como se eles finalmente houvessem se encontrado na dor da perda.
A mesma coisa aconteceu com Pope. Ele percebeu que seus pais não o odiavam de verdade.
Mas JJ foi um caso à parte.
Naquela noite, ele voltou para casa sozinho e só deu notícias para mim um dia depois. Eu estava começando a ficar doente de preocupação. E quando ele resolveu aparecer, ele mandou uma mensagem dizendo que precisávamos conversar.
Eu acho que de algum modo, eu sempre soube. Ou pelo menos, deveria saber o que estava por vir.
Nos encontramos na praia. Fazia frio depois que a tempestade havia passado.
Ele estava lá esperando por mim quando cheguei.
– Ei – falei e dei um passo em sua direção – Está tudo bem?
Mas ele não me olhou. Em vez disso, recuou para trás. Estava com as mãos no bolso e a cabeça baixa.
– O que foi? – perguntei, mas não obtive resposta – JJ?
Ele limpou a garganta e umedeceu os lábios.
– Eu te chamei aqui – ele disse – Porque tinha algo a dizer.
Fiquei em silêncio. Por algum motivo, naquele instante, senti que estava segurando ele como água nas mãos.
– Olha, eu.. – ele engoliu em seco e, então, ergueu os olhos para mim – Eu não posso mais fazer isso.
Eu não disse nada. Não consegui.
Não o contrariei. Não o xinguei e nem dei um discurso pronto. Não perguntei porque, o motivo. Tive muito medo de ouvir sua resposta. Não sei se aguentaria no fim das contas. Então, tudo o que fiz foi aceitar aquelas palavras.
Naquele momento, me senti tão dele que até mesmo quando ele decidiu abrir mão de mim, eu apenas obedeci.
– Sinto muito – ele disse, com a voz firme e decidida. Não parecia nem um pouco como alguém que sentia muito. Na verdade, não se parecia nem um pouco com o garoto por qual eu estava perdidamente apaixonada e que agora estava em minha frente partindo o meu coração.
Foi a única coisa que ouvi ele dizer, antes de me virar e ir embora.
Então, sim. Eu deveria saber melhor do que ninguém o que estava por vir. Afinal, nunca tive nada muito na vida que pudesse me segurar por muito tempo.
