9. cemetery at midnight | part 1

6.4K 504 38
                                    

Nina havia saído daquela operação idiota de John B, mas ela estava muito curiosa sobre aquele livro que havia achado no escritório de John B

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nina havia saído daquela operação idiota de John B, mas ela estava muito curiosa sobre aquele livro que havia achado no escritório de John B.

Ela estava achando que aquelas anotações eram de Big John, mas.. John B havia dito que seu pai fazia curvas engraçadas no R e essas anotações não eram daquele jeito.

Nina havia dito para si mesma que nunca mais tocaria naquele livro. Não queria mais nada daquela história rondando-a, inclusive já faziam três dias desde que ela havia conversado com John B.

Mas era mais forte do que ela imaginava. Aquelas páginas já haviam deixado uma marca nela.

Ela virou para a última página e nela havia apenas uma foto mal colada. Era de uma mulher, com cabelos presos para trás, parecendo que tinha cabelos curtos. Seus olhos eram fortes e determinados. Ela vestia roupas masculinas. E presa em sua cintura havia aquele maldio objeto: a bússola.

Nina puxou a ponta da foto, que se soltou facilmente. Virou a imagem, encontrando um nome rabiscado no final.

Olivia Redfield.

Espera aí, pensou. Nina sentou-se na cama e ligou o flash do celular, para ver melhor. Leu novamente. Olivia Redfield.

Redfield, o mesmo que estava escrito na bússola. Havia a possibilidade, então, de que Redfield não era um lugar e sim uma pessoa.

Nina sentiu algo despertar dentro dela. Seus sentimentos lutavam internamente.

Não, Nina. Você prometeu que iria sair disso. Por June.

Mas ela só precisava disso e então estava fora. De vez. Só precisava mostrar para John B o que havia encontrado. Ele precisava saber, certo? Ela podia estar brava, mas ele era seu melhor amigo.

Ela olhou a tela do celular. Era quase meia noite.

Colocou um shorts jeans e peguei uma blusa de frio cinza, que estava em cima de sua cama. Calçou os tênis e saiu para a noite.

*

Bateu na porta de John B, que a atendeu confuso.

– Nina, o que está fazendo aqui? Algo aconteceu? – ele perguntou.

E então ela contei o que havia encontrado. A foto e o nome.

– Talvez isso seja queira dizer que Redfield não seja um lugar e sim uma pessoa.

John B balançou a cabeça e levantou o dedo, indicando para que ela esperasse um segundo, enquanto ele ia até o escritório de seu pai. Trouxe de volta um quadro um pouco queimado, parecia recente, mas eu não ousei perguntar. Nina identificou o nome de Olivia escrito e logo acima: "árvore genealógica".

– Ela era sua parente – ela disse – Isso deve significar alguma coisa

– Acho que sim – falou ele – Mas o que? – ele pensou por um segundo: – Já sei. O cemitério. Eu sei onde Olivia está enterrada e se houver algo escondido lá?

– Algo em seu túmulo? Isso parece-

– Eu sei, parece besteira, mas é a única coisa que consigo pensar agora.

John B a olhou: – Então, você vem ou não?

Nina suspirou e o olhou.

– Só dessa vez – falou a garota, cruzando os braços.

– Só dessa vez – ele confirmou, lançando um sorriso.

*

Dessa vez eu estava no banco passageiro, ao lado de John B.

John B havia chamado JJ e Pope de suas casas e Nina se encarregou de Kie, jogando pedras na janela de seu quarto.

– Me diz de novo porque estamos indo a um cemitério quase uma hora da manhã? – perguntou JJ. Obviamente indicando a questão para John B e não para Nina.

– Porque eu acho que tem algo dentro do túmulo de Olivia. Algo que meu pai queria que eu encontrasse – John B respondeu – Gente, acho que isso é o que meu pai estava tentando me dizer esse tempo todo.

– Só espero que não seja coisa da sua cabeça de novo – disse Kie.

– Ei, Nina – chamou Pope e eu ela se virou para ele – Você conferiu essas contas? – ele segurava o livro.

– Não – ela respondeu – Quer dizer, algumas. Mas eu não entendi o propósito delas.

– Talvez se conseguíssemos refazer, conseguiríamos achar onde o navio afundou.

Nina assentiu.

– Meu Deus, Pope, você vai morrer virgem, cara – disse JJ. Ele estava de costas para Nina, mas ela percebeu que estava concentrado em bolar um baseado.

Pope revirou os olhos, pegou o baseado de JJ e o jogou pela janela. JJ protestou.

Quando chegaram ao cemitério, estava tão escuro que não conseguiam ver um metro de suas frentes. Podia haver qualquer tipo de bichos aqui, Nina pensou.

JJ estava com uma lanterna na cabeça e John B entregou para os outros uma lanterna de mão.

Eles procuraram por um tempo, até que John B gritou, encontrando o túmulo. Ele afastou os galhos da frente e os amigos conseguiram ler o nome, quase que apagado, de Olivia Redfield.

– Puta merda – Pope gritou, e de repente uma cobra saiu de um pequeno buraco no túmulo. Todos se afastaram. Nina se escondeu atrás de Kie.

– Gente, essa é a casa dela, somos nós que estamos invadindo – disse Kie, enquanto JJ tentava latir para afastar a cobra e Pope o repreendia.

– Nós não vamos conseguir entrar – disse John B e olhou para mim e Kie – Quer dizer, uma de vocês duas consegue.

– Nem fudendo – disse Kie. Nina a olhou.

Droga, pensou. Ela não queria aceitar aquilo. Não queria entrar lá. Mas que escolha ela tinha? Essa era a sua única e última chance de fazer algo realmente aventureiro. Essa era a sua única chance, antes de abandonar esse barco completamente.

– Tudo bem – ela disse, quando John B já estava um pouco desiludido – Eu vou.

Todos a olharam em silêncio.

– Olha, eu acho que sou a única pessoa aqui que acredita em você – ela disse para John B – Você disse que ninguém entendia como era ter alguém que você ama simplesmente desaparecer. Mas é mentira. Eu também sei como é isso – Nina engoliu em seco. Era a primeira vez que ela conversava sobre aquilo, desde que seu pai foi embora – Eu sei a sensação que é. Meu pai simplesmente não estava mais lá quando eu acordei. Então, mesmo que você esteja realmente louco sobre isso, você merece a verdade.

John B puxou a amiga para um abraço e sussurrou um "obrigado" em meu ouvido.

– Ok, vamos fazer isso – disse JJ e bateu as mãos. Ele se encostou na pedra e olhou para Nina, quando ela parou na sua frente – Eu vou te dar um impulso, ok? Me dá seu pé. – ela colocou seu pé em suas mãos e segurei nos ombros dele – No três, pode ser? Um, dois..

Ela deu impulso e subiu em suas mãos, contrariando o que ele havia dito e o pegando desprevenido. Suas mãos abriram e ela caiu no chão de volta.

– Belas mãos, idiota – disse Nina.

– Belas pernas, Jones – ele disse e Nina revirou os olhos, sentindo o rosto queimar – Agora, quer me ouvir? No três. Um, dois, três.

Dessa vez, deu certo. Ela segurou na pedra e passou pelo buraco. Era poeirento e agonizante estar ali: – Gente, eu preciso de mais luz – falou.

– Pode deixar – eles disseram e John B colocou a mão, entregando uma lanterna.

E foi então que ela viu.

– Ai. Meu. Deus.

summer rain // jj maybank (𝑜𝑢𝑡𝑒𝑟 𝑏𝑎𝑛𝑘𝑠 𝑠𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 𝟷)Onde histórias criam vida. Descubra agora