Capitulo 13

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Uma semana trabalhando no Velvet Bar, ja era minha segunda casa

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Uma semana trabalhando no Velvet Bar, ja era minha segunda casa. Eu juro que estou gostando de trabalhar. Fora que também posso beber umas e outras ali.

Katia estava junto comigo atendendo, me parecia super cansada, e se sentou.

(...)

— fica aí um pouco, eu seguro a as pontas aqui. — digo.

— eu não estou valendo nada hoje.

— acontece, tem dias que a gente fica assim mesmo.

— olha.. eu não sou de ficar assim, estou até preocupada.

— será que é só cansaço mesmo? — pergunto.

— claro... o que poderia ser?

— não sei, é bom observar. — digo preocupada.

— olha, atende aquele cara da ponta do balcão. Ele parece ser rico, e se não me engano, ja o vi por aqui. Tenta tirar uma gorjeta dele pra você. — procuro com os olhos e vejo quem era. Com a pouca luz do ambiente, eu não diría com certeza, mas aquele parecia o pai de Stefani.

— tá, eu atendo. — digo sem encara-lá de novo. Me aproximo dele que estava de cabeça baixa, pressentiu alguém se aproximava para atende-lo e tratou de fazer um pedido.

— Whisky duplo por favor. — ele disse.

— me parece muito forte para tomar em plena quinta feira. — digo e ele me encara reconhecendo a voz.

— você?! O que faz aqui? — ele pergunta intrigado.

— estou trabalhando. Agora sou uma moça trabalhadora. E o Sr, faz o que aqui? — brinco.

— eu preciso beber, é claro. — ele retruca. Estava aparentemente muito preocupado, abatido, e eu poderia não ser nada gentil, até pelo modo grosseiro como lidou com nosso pós sexo outro dia desses. Mas estou no trabalho, preciso ser gentil com um bebado triste.

— já trago seu Whisky. — digo.

— obrigado. — volto para servi-lo e de longe o vejo prostrar. Ele estava muito abalado por algum motivo, pediu mais uma dose e foi quando eu precisei intervir.

— acho que ja pode parar por aqui. Seja lá o que for que o fez se afundar assim, não vale a pena. — Ele estava bebendo muito.

— eu estou prestes a falir, você não sabe o que é isso menina, e por favor não conte nada a minha filha. — eu arregalo os olhos.

— tá, claro. Mas como assim? — aquilo diz respeito ao futuro da minha amiga, eu tinha que saber e ajudar.

— eu... eu não quero atrapalhar com seu trabalho. — ele estava quase chorando, cena de dar pena.

— não está, imagina. Eu.. já estava até de saída. — me aproximo de Katia — tudo bem se eu for embora antes? Eu... preciso resolver um problema.

— por mim sim, aproveita que o Neto está lá dentro e avisa ele.

— tá. — digo e volto para ajudá-lo.

— vamos, Sr Christopher. — O guio para fora. — onde está seu carro?

— no fim da rua. — ele diz e caminhamos até lá.

— me de as chaves.

— você sabe dirigir? Tem habilitação?

— sei, mas ainda não estou habilitada oficialmente. Vamos eu te levo.

— pra minha casa não, por favor. — ele murmura.

— então pra que onde? Precisa descansar. — digo segurando no volante.

— um hotel qualquer. Stefani não pode me ver assim.

— ok. — sigo para um hotel próximo dali, nada muito chique, ele precisava descansar. Enquanto o ajudava com o tênis eu fui interrogando.

— o que tá acontecendo? Você bebeu muito, e não para de falar em estar falido.

— eu... fiz uma grande merda. — ele fecha os olhos — investi todo meu dinheiro em ações. Que caíram. E muito.

— que droga. Mas... como pode reverter isso?

— comprando ações boas, não sei. Mas agora, com que grana? Eu estou perdido.

— calma.. o Sr ainda vive do dinheiro de causas, audiências. O patrimônio você consegue recuperar com os anos novamente. O importante é o suficiente pra viver, e nem isso eu tinha. Olha pra mim. Sigo meus instintos, faço o e estou sujeita a grandes erros.

— você só pode estar brincando... temos vidas completamente diferentes — ele diz

— mas todos temos problemas. Olha só, para de
Se lamentar, é duro, mas você consegue recuperar, vai por mim. Se fosse assunto de vida ou morte, você poderia se descabelar, do contrário, é possível.

— vendo você falar assim, parece que é mesmo. — ele diz me encarando e solto um sorriso fraco.

— obrigado pela força, não sei nem como veio me ajudar, eu fui meio rude outro dia. E você sendo tão legal agora.

— ta tudo bem. Vocês homens são assim mesmo, ja me acostumei.

— agora eu te vi como uma moça madura. Que releva...

— ei! Mas confesso que não curti não. Você pisou na bola, poderíamos estar numa boa agora. — digo.

— numa boa?

— é...curtindo, vivendo.

— você... gostou tanto assim de estar comigo? — ele pergunta.

— é, eu gostei. Mas acho que não foi só eu. — completo.

— é... — ele coloca uma mecha de cabelo meu atrás da orelha — realmente. Eu gostei de estar com você, apesar de ainda ser uma loucura. — ele diz e solto uma gargalhada.

— loucuras são boas, e necessárias. — digo mordendo os lábios e ele fica me encarando.

— porque é tão sexy? Tão natural? — ele pergunta cercando meus olhos.

— como assim? — rio.

— qualquer gesto que faça, é de se apreciar. Acho que está me enfeitiçando.

— talvez eu esteja... será que assim você fica calado?

— ou você pode me calar. — ele me encara dizendo loucuras e mostrando que ainda tinha intenção de reviver algo comigo.

— olha lá em... depois você some recuado, e apreendido. — rio.

— a única coisa que pode me animar, é você, agora. — permanecemos nos encarando, até que resolvi aproximar meus lábios dos dele, que logo abriu passagem para sua linda quente e macia. Deixo suas mãos passear pelo meu corpo enquanto me deito ao seu lado na cama, aliso seu corpo e nos mantemos ali, em um amasso demorado.

Seu beijo além de sabor whisky, revelava um fervor absurdo com saudade. Certamente ele se manteve firme naquela noite, mas assim como eu, estava louco para repetir.

Finalizei o beijo e ele permanece me encarando.

— é melhor que descanse, e não se arrependa de nada depois. — ele permanece em silêncio. E eu o deixo dormir na cama. Pego um travesseiro e me deito na poltrona reclinável que ali havia. E foi onde eu passei a noite, como babá dele, e sem a intenção de dormir com um bebado.

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A aproximação de Vondy está só começando, uma grande atração, carinho, começará a surgir. Continuem lendo, comentando e votando ❤️

No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora