Capitulo 3

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(...)

- caramba que susto! - digo me virando pra ele.

- desculpe. - ele arregala os olhos - está tomando remédio e gemendo... está passando bem? O que faz aqui a essa hora?

- calma Dr, o Sr fez muitas perguntas seguidas. - digo e ele ri de leve - eu estou sim com dor... e fui procurando um remédio ou algo assim.. não quis acordar a Ste.. ela parecia estar em um ótimo sonho.

- encontrou o que procurava?

- sim. Mas... e o Sr, acordado a essa hora também? - dou uma olhada de cima a baixo nele e devolve reconhecendo o pijama que eu usava.

- eu... vim tomar água também. Na verdade essa hora eu costumo ter o sono leve.

- As quatro da manhã? Olha... eu só estou acordada porque está doendo mesmo. Se não fosse isso eu estaria dormindo toda relaxada lá, poxa vida que colchão macio, top demais.

- é mesmo. - ele comenta - mandei trocar a pouco tempo. Mas... que bom que... você encontrou o remédio. Eu... vou voltar a dormir. - ele comenta meio perdido, não sabia o que dizer, e parecia querer manter a cordialidade ali, e eu não pude deixar de perceber o shorts folgado que ele vestia, junto com uma camiseta preta.

- O Sr dorme assim? De camiseta?

- que? Não... eu... só coloquei pra me levantar. Só isso. - ele me olha de lado devolvendo o copo a pia.

- claro... eu imaginei mesmo. Bom, eu vou voltar. Boa noite Dr!

- Boa noite menina.

- é Maria.

- Maria?

- É, me chamo Dulce mas gosto muito que me chamem de Maria. - sorrio

- Claro... boa noite Maria. - ele sorri, coça o cabelo e volta.

Poxa vida que homem gostoso. Eu só conseguia pensar nisso naquela hora. Ele foi bem educado e tentou não me encarar com esse mini pijama.

Talvez ele não curta novinhas, mas eu curto os velhinhos de trinta e poucos anos. Voltei para o quarto e fiquei pensando naquele sorriso que ele deu pra mim, dos braços fortes e daquelas coxas grossas dentro daquele shorts. Era cem por cento meu tipo. Sou cadelinha de homens de verdade, e por mais que ele tenha disfarçado, vi a olhada rápida que me deu.

Demorou um pouco para o remédio fazer efeito, mas eu consegui dormir. No dia seguinte acordamos cedo para ir pra escola. Eu praticamente sai rastejando da cama, estava super cansada.

(...)

- aí que cansaço... eu não dormi nada essa noite. - digo me levantando.

- por que? Você disse que o colchão é ótimo.

- e é... só que eu acordei com cólica, sabe que antes dela vir eu fico sentindo essas dores.

- por que não me chamou? Te dava um remédio ótimo que tenho aqui.

- não precisou, eu fui caçando até achar, e tomei.

- teimosa! Da próxima me chama, você é minha convidada, precisa se sentir bem aqui. - ela sorri.

- eu estou me sentindo ótima. Adorei sua casa, seu pai...

- meu pai? - ela ri - você nem viu ele direito.

- ontem quando fui a cozinha ele me ajudou, me tratou super bem. Você devia ficar mais tempo com ele, me parece legal.

- meu pai legal? Só se foi com você mesmo... ele me critica em tudo.

- ah sei lá... mas eu gostei dele - e muito! Concluo em minha mente.

- então vamos, ainda temos que tomar café.

Saímos do quarto, senti um cheirinho bom de café, vinha da cozinha, a empregada que Stefani falou já havia chegado e montado uma mesa. Tinha várias coisas legais, tudo muito chique!

- Bom dia, Stefani, bom dia moça. O café está servido.

- bom dia Clarice. Obrigada. - Stefani diz.

- bom dia, obrigada. - agradeço me sentando.

Eu não sabia o que comer primeiro, era muita fartura. Fui no cereal, que a tempos não comia. Enquanto me servia o Sr Christopher apareceu. Abotoando a camisa nas mangas e ajeitando o cabelo no espelho do corredor.

- bom dia! - ele diz.

- bom dia. - Respondemos juntas e eu só conseguia pensar, em ótimo dia! Que dia!!! Ele de social era um pecado.

- vou tomar um café rápido com vocês, eu preciso voar pro escritório. - ele diz se sentando e na luz do dia pude ver a cor real dos olhos dele. Christopher tem olhos meio verdes, e muito, mas muito penetrantes. Eu fiquei em transe comendo o cereal e olhando pra ele.

- você está melhor, menina? - ele perguntou e eu ainda viajava nele sem conseguir responder.

- amiga, meu pai tá falando com você. - ela ri.

- ah, eu... tô sim, tô ótima. - rio de nervoso.

- está com a cabeça na lua hoje em. - Stefani diz e eu sorrio encarando novamente o pai dela. Que percebeu e ficou sem graça.

Terminamos o café e seguimos para a escola. Pegamos carona com o pai dela e encontramos as meninas na porta.

Enquanto estávamos no intervalo, minha mãe me ligou. Eu pensei mil vezes em não atender. Mas eu sabia que ela apareceria no colégio pra encher o saco, então eu atendi.

(...)

- oi mãe.

- finalmente, Dulce Maria! Não acha que me deve desculpas? Porque recusou minhas ligações?

- mãe, não tô afim de brigar de novo. Será que podemos conversar depois?

- depois... depois... você sempre com esse depois. Até quando vai ser assim?

- não quero e também não posso falar agora, o intervalo já vai acabar. E aproveitando que me ligou, eu vou passar mais alguns dias na casa de uma amiga, bom que você aproveita mais a casa sem mim.

- Que isso Dulce? O que pensa que eu sou?

- eu não penso nada. Eu vejo. Olha só, mais tarde passo aí pra pegar umas coisas, a outro dia conversamos, tchau. - desligo o telefone e suspiro. Stefani surge e percebe minha mudança de humor.

- o que houve agora?

- minha mãe me ligou. - suspiro - amiga será que eu posso passar mais alguns dias na sua casa? Eu sinceramente não queria voltar hoje sabe? Não aguento mais esse clima, esse pé de guerra...

- eu vou ver com meu pai... mas por mim, tudo bem. Olha, lá vem ele... que gato ele tá hoje!

- Stefani tinha uma quedinha e tanto pelo garoto popular da escola, James. James é alto, cabelos loiros e olhos azuis, a cara dos príncipes de filme teen, era o gosto dela.

- olha se você deixar eu ficar, eu dou um jeito de vocês dois ficarem.

- você tá brincando comigo? É o meu sonho!

- que sonho? - Lupi chega perguntando.

- Pegar o james, eu disse a ela que se me deixar ficar mais alguns dias em sua casa, eu ajudo ela a pegar o loirinho.

- mentira! Essa eu quero ver. - Lupita ri

- pois então me aguardem. - eu farei de tudo pra ficar mais tempo no mesmo teto que o pai dos sonhos.

•••••

Dulce Maria não está para brincadeira em meninas... haha

No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora