Capitulo 21

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Christopher foi papeando muito comigo

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Christopher foi papeando muito comigo. Nem parecia que estávamos tensos com os últimos acontecimentos com Stefani.

Logo chegamos, a cidade era bem ao lado de LA, San Pedro. Ele havia marcado com alguns executivos em um hotel bem chique. Eu fui conhecer o espaço enquanto ele conversava com eles.

Tirei várias fotos, aproveitei e pedi algumas bebidas e fiquei esperando por ele, que prometeu não comer muito com os engravatados, para poder almoçar de fato, comigo.

Mais de meia hora se passou, eu fui esperá-lo na lateral da piscina com minha bolsa ao lado.

(...)

— demorei muito?

— um pouco. — digo.

— agora podemos aproveitar um pouco. Só vou buscar a papelada dos contratos mais tarde, e depois entramos nessa piscina maravilhosa.

— hm... adorei. — sorrio. — essa vista, esse céu, esse climinha.. — o celular dele começa a tocar enquanto continuo falando, ele atende sem saber quem era.

— Alô? — ele diz e eu começo a mandar um áudio para Mari, sobre o trabalho da escola. — que filha voz de quem? você esta imaginando coisas.

Começo a suar frio, era Stefani, e será um número novo? E eu falando feito uma matraca ao fundo. Meu Deus, minha amiga nem me contou que mudaria de número.

— Tá, a gente se fala mais tarde. Eu só vim pra uma tarde de negócios, volto mais tarde... beijo, tchau.

— quem era, a Stefani?

— É... e acabou ouvindo a sua voz no fundo, eu jurei que a voz de quem ela ouviu, não era como a sua. O que disse a ela? Que iria viajar?

— Eu não disse nada. Só faltei. — suspiro — mas terei que pensar em algo, claro. Ela sempre me pergunta sobre tudo.

— Eu não fazia ideia que ela tinha trocado de número.

— Nem eu. Agora que ela descobre tudo. — me sento preocupada. — O que faremos? Não sei o que dizer a ela... e com o passar do tempo será pior! — digo.

— não sei. Já estamos dando um tempo, pelo menos por lá. Por aqui temos que continuar curtindo. Vem, não vamos desperdiçar esse dia lindo hoje. Depois pensamos em uma solução, o que acha?

— Tudo bem, você tem razão.

O almoço estava delicioso, foi meio difícil não pensar e tocar naquele assunto de Stefani, mas mesmo assim foi maravilhoso.

Pegamos uma horinha de piscina, o suficiente para curtirmos agarrados. Eu consegui até um bronze, que valeu super a pena.

Na volta pra casa no fim da tarde, meu celular tocou. Fiz sinal de silêncio para ele, e finamente atendi ela.

— Amiga, tudo bem?

— Oi amiga, tudo ótimo e você? — eu estava aflita.

— bem... eu fiquei preocupada, você ultimamente não estava faltando a escola e agora não veio, está tudo bem?

— tá tudo ótimo. Só aproveitei pra descansar um pouco hoje, tô de saco cheio dessa rotina doida.

— você esta na sua casa? Estou aqui bem perto — ela diz e eu fico mais nervosa ainda.

— Não, é que eu... eu... eu tô no Erick, é isso. Tirei um cochilo a tarde e vim vê-lo.

— ah... tudo bem. Bom, eu te vejo amanhã então. Se cuida.

— ta bom amiga, beijo, tchau.

— tchau.

— quem é Érick? — ele me encara.

— é um amigo. — os olhos dele só faltavam sair, senti que ele ficou com ciúmes sem nem saber de nada do Erick.

Meu coração se acelerou, minhas mãos suavam. Christopher até encostou o carro vendo aquele meu nervosismo.

— aí eu não aguento mais isso, sério. Acho que não podemos mais. Olha pra nós, olha pra isso.

— ei... menina. Só estamos vivendo uma aventura, nada mais.

— pra você é só isso né? — retruco.

— não me diga que está apaixonada? Sei que você não é desse tipo.

— É, realmente eu não sou mesmo. Só achei que você seria mais carinhoso ao se referir de mim.

— Dulce Maria. Somos pessoas diferentes, temos que saber lidar com essas diferenças, se queremos continuar nos encontrando, não podemos misturar essas diferenças.

— ok... ja entendi. — digo seca.

As vezes parecia que ele não se importava com nada. E que eu não era nada. Eu sinto que me iludi, porque lá no fundo misturei as coisas. Coloquei uma porcaria de atração, fetiche na frente até da minha melhor amiga.

Ao chegar em minha rua, pedi que Christopher estacionasse na esquina para eu descer. Apesar do dia incrível, o saldo seria negativo depois naquela conversa franca.

Me deitei no sofá da sala e lá fiquei. Peguei no sono e só ouvi quando minha mãe chegou, me acordando. Eu tinha esquecido até que iria trabalhar mais tarde.

(...)

— Dulce? Vai dormir na cama menina. — ela disse baixo.

— me deixe aqui mesmo. — resmungo.

— porque está tão cansada? Você nem foi pra escola hoje que eu sei. — ela me encara  quando abro mais os olhos.

— como sabe que eu não fui à escola? — lhe encaro.

— sua colega de trabalho, veio aqui. Uma tal de Mari, Mariana, sei lá. Disse que queria estudar com você. E queria saber porque não foi, se não estava bem pra estudar em casa.

— ah... — suspiro — que droga! Logo ela? — me irrito.

— o que tem ela? — minha mãe me encara.

— nada.. ela é minha amiga. Mas vive se metendo em confusões. — disfarço.

— E você não me contou onde estava? — ela me interroga.

— ah mãe, qual é! Eu fui dar uma volta! Estava cansada dessa rotina, só isso. — desvio o olhar.

— eu sinto que você esta fazendo coisa errada, só não captei ainda o que é. — ela se afasta — eu vou fazer o jantar.

Minha mãe se afastou e eu fui tomar banho. Troquei mensagens com Mari, contei onde estava e pedi ajuda. Ela já sabia de todo o rolo ilegal e me aconselhou demais a interromper. Acabei contando a ela a mistura de sentimentos que tenho a cerca do pai de Stefani. E mais uma vez ela diz que estou doida e que preciso parar com isso.

Ela tem razão. Eu não iria jamais contar a Stefani. Mas teria que romper de verdade com ele, e seria pessoalmente.

E foi o que eu fiz. Pedi que ele me encontrasse mais tarde no bar, e foi quando eu coloquei um ponto final em tudo. Era o certo, eu já estava apaixonada, e minha amiga desconfiada do meu humor, eu não quero manter nada de aparências, muito menos com ela que nunca mereceu isso.

••••

Falta muito pouco pra Stefani descobrir o rolo, e muita coisa vai mudar...

No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora