Capítulo 17

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Na volta pra casa, fomos conversamos e rindo

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Na volta pra casa, fomos conversamos e rindo. Parecia um rolo normal, mas não, era eu e o pai da minha melhor amiga. Bizarro? Sim, mas bom, muito bom.

(...)

— estou muito cansada! — suspiro.

— você cansada? Vejo que consegui combatê-la. — ele brinca.

— você está me saindo muito irônico. Mas olha, entendi o que quis dizer.

— eu? — ele ri — eu não disse nada.

— eu estou cansada porque trabalhei e estudei, e não porque transamos, eu sempre sou muito disposta pra isso. — digo.

— eu vi mesmo. Mas, precisa confessar que tenho te dado um baile. — ele alisa minha perna — olha menina, esse nosso lance é perigoso demais, só que é viciante demais pra interromper.

— cuidado com o que diz. — rio. — pode se apaixonar por mim.

— não seja sonhadora... também não é pra tanto. — aquilo me deu uma leve espetada no coração. Será que estou me apaixonando?

— eu não esperava que fosse aparecer lá no bar. Muito menos que iria querer me levar até sua casa, já que não me queria lá.

— eu realmente precisava me distrair. E lá com você parecia ótimo. E te levar para minha casa foi um fetiche, já que me provocou tanto lá. — solto uma gargalhada. — você gosta disso né? Não tem vergonha? — ele me alfineta.

— deveria ter vergonha de me esconder, me fazer de santa. Eu gosto mesmo da coisa. — aperto seu membro e ele suspira.

— ei, cuidado. Estamos chegando. — ele me corrige.

— para na esquina, por favor.

— por quê?

— minha mãe agora deu pra me vigiar, não quero em hipótese nenhuma que ela te veja, ou memorize seu rosto. Isso pode nos atrapalhar.

— entendo, realmente. Somos dois malucos. Eu muito mais, por ser mais velho e permitir isso.

— sem mais, você não reclamou mais cedo, porque reclama agora? — me penduro em seu pescoço quando vejo que ele encosta o carro.

— me desculpe princesinha, esqueci que você é sensível. — dou mais uma risada e volto a lhe beijar. Um beijo gostoso, no silêncio daquela rua, em plena madrugada, só ouvia sua respiração e seu toque em minha pele, quase implorei que o tempo parasse um pouco ali de tão bom.

— preciso descer. Obrigada pela visitinha e pela carona.

— eu que devo agradecer a visita, a minha residência. — ele diz.

— quando nos vemos? — pergunto.

— eu te mando mensagem, tá bom?

— ok, vou esperar. Até mais, Sr Christopher. — rio.

— não sou Sr, sou o tigrão.

— que papo é esse de tigrão? — lhe dou um tapa — você é maluco.

— confesso que estou deixando de ser careta. A convivência com você tem me feito bem.

— eu sei. — suspiro. — agora eu vou mesmo, outro dia você me rasga mais elogios. — lhe dou um selinho demorado e desço.

— tchau. — ele diz e eu aceno.

Christopher foi se distanciando devagar, e quando ele acelerou, eu entrei. Por sorte minha mãe não estava de plantão. Apenas tomei um copo d'água e fui me deitar.

No dia seguinte..

Estava mais cansada que ontem, mas tinha que levantar. Era semana de provas na escola, e infelizmente a coisa não estava boa pra mim. Notas bem baixas, eu mal consegui estudar.

Quando fui pegar uma xícara de café, minha mãe surgiu na cozinha.

(...)

— atrasada de novo?

— sim, por quê?

— é de se esperar. Esse emprego está te ocupando demais. Não é certo chegar na madrugada e acordar tão cedo. Você precisa dormir, e ter tempo pra estudar. — ela diz.

— Eu não te entendo. Uma hora deseja que eu trabalhe, seja independente. Outra hora quer que eu saia?

— Eu não disse isso. Mas se agora está com desejo de trabalhar de fato, pode encontrar algo que termine mais cedo.

— Emprego não é algo que a gente sai selecionando, mãe. — reviro os olhos.

— ok, ok. Não digo mais nada, só que depois não venha dizer que está reprovando nas matérias, ou que está cansada.

— eu não vou dizer nada disso. — pego minha xícara e sigo para o sofá.

— sua amiga veio aqui ontem.

— quem?

— A Stefani.

— Mas... ela não me disse nada — engulo seco — o que disse a ela?

— Ela estava com a morena, do cabelo liso.

— Lupita.

— Acho que  sim. Eu disse que não chegaria tão cedo, que além do bar você está de rolo com algum homem por aí. De carro chique.

— como assim mãe? Como você fala isso pra elas? — fico nervosa, ela não pode soltar informações que um dia Stefani possa associar a seu pai.

— eu só disse isso. Mas não sei, elas devem ter esquecido que você trabalha até tarde.

— Só pode. Ou estavam bebadas. Enfim, eu já vou. — dou um longo gole no café e saio.

Depois da primeira aula, fui conversar com as meninas. Eu precisava de bons argumentos para disfarçar onde estava pós trabalho.

(...)

— eu falei pra ela que você estava trabalhando mesmo. A doida queria te ver. — Stefani diz.

— pois é, agora eu trabalho, e muito. Desculpem não poder sair com vocês ontem.

— esquenta não. Agora a gente vai começar a frequentar seu local de trabalho. — Lupita comenta.

— ahh.. — río sem graça — ótimo. Só que lá é diferente dos lugares onde a gente ia sabe?

— não faz mal, a gente precisa conhecer e estar em novos ares — Stefani conclui e eu fico nervosa.

— que foi, você não para de balançar o pé, está nervosa? — Lupi me interroga.

— eu? Ah, é a prova... a prova de história de hoje. — disfarço.

— relaxa, está fácil demais — Stefani comenta — além do mais, você deve estar relaxando muito. Sua mãe falou que quase todo dia um carro chique te deixa em casa. Ja é outro e não nos contou?

— outro? Não... é só uma carona. — começo a transpirar — Só estou com Erick e olhe lá.

— sei sei... quero que me conte tudo bem.

— como quiser, senhora. — disfarço.

Depois daquele bate papo rápido, não pude deixar de repensar tudo. Eu amo o que estou vivendo às escondidas, mas não pretendo perder isso, muito menos a amiga.

Precisava ser muito cautelosa daqui pra frente, e vou começar contando ao Christopher como penso que devemos nos encontrar nos próximos dias.

•••••

Não desistam da história. Eu demoro, mas eu apareço. 🥺❤️

No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora