Capítulo 25

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Era tão satisfatório ver a carinha dele

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Era tão satisfatório ver a carinha dele. Nem parece o mesmo homem que pouco ligou pelo fim do nosso romance. Eu poderia estar exagerando em querer provocar ele, mas eu tinha que mostrar que estava por cima. Me mantive de pé, perto ele abraçando e beijando Erick, e ele se afastou tentando nem me encarar.

Tempos depois eu fui ao banheiro, checar a maquiagem. Ajeitava meu cabelo quando começaram a bater.

— Quem é? Tem gente! — digo e não consigo ouvir nada por conta da música. — quem é? — repito abrindo a porta e era Christopher.

— Me deixe entrar! — ele passa esbarrando em mim.

— ei o que faz aqui, podem nos ver! — digo assustada.

— o que pensa que está fazendo? Se esfregando naquele rapaz de canela fina? — ele estava irritado

— canela fina? Olha como fala do Erick! Você não pode falar dele, não assim.

— Queria me provocar, né? Se esfregando daquele jeito. Devia ter vergonha.

— Vergonha? Quando eu me esfregava assim em você, não era essa a palavra que você usava. Qual é a sua? — me irrito.

— Você quer ouvir que não suporto te ver com outro? É isso?! — ele se aproxima ofegante.

— Eu? Imagina. Eu só queria sentir que você realmente se importava um pouquinho comigo. Mas cansei de migalhas, agora preciso ir, foi um erro o que tivemos. — ele me pega pelo braço e me encosta na parede do banheiro, me bando um beijo de tirar o fôlego, segurando forte minhas mãos contra a parede, eu estava sem saída, que beijo delicioso. Eu estava amando, mas ele não merecia que eu correspondesse mais.

— me solta seu doido. Qualquer um pode entrar aqui e nos ver! Inclusive, seu beijo já foi melhor! — ironizo e saio.

Dou alguns passos, e encontro Erick. Ele estava tão fofo, me esperando. Não merecia que eu estivesse beijando outro. Mesmo que eu tenha adorado aquele beijo, era horrível estar com alguém que não fazia questão de você.

(...)

— você demorou, fiquei preocupado. — ele comenta.

— tinha uma pequena fila, mas consegui entrar. Eu... tô sentindo falta de ar, vamos lá pra fora?

— vamos.

Lá fora eu tentei me recompor do beijo que aquele maluco me deu, e acabei encontrando Stefani.

— amiga finalmente! Onde você estava?

— Eu cheguei ainda pouco. Estávamos com uns amigos do James. E você, chegou faz tempo?

— sim, ja ate falei com o Léo. Ele está lá dentro, acabei de vê-lo.

— Eu vou lá então, não demoro. Obrigada, com licença.

Stefani se afasta e eu volto a me sentir nervosa, lembrando do beijo que acabei de dar no pai dela. Fiquei apreensiva só de lembrar.

— o que foi, você mudou de expressão tão rápido? — Erick me encara.

— Nada... eu não sei se quero continuar nessa festa. Está tudo muito legal, mas não estou me sentindo bem.

— Está passando mal? Quer que eu traga uma água?

— Não... tudo bem. Só vamos ficar mais um pouco, e depois vamos embora, tá bom?

— claro, por mim não tem problema, como quiser. — ele sorri.

Eu tinha mesmo que ir embora, como iria continuar no mesmo ambiente que ele? Não depois daquele beijo. Que desconforto eu senti vendo a preocupação do Erick, e a inocência da minha melhor amiga.. me senti um monstro.

Erick me chamou pra ir embora tempos depois, assim como eu havia comentado. Eu achei melhor ir pra minha casa, ele me fez um pouco de companhia lá, e depois viu que eu estava com sono, e me deixou descansar.

No domingo passei o dia todo na cama, vendo filme e comendo. Minha mãe saiu e me deixou sozinha em casa.

A campainha tocou ja era por volta das 17h. Me assustei quando vi que era Christopher do lado de fora.

— o que faz aqui? — pergunto da janela.

— podemos conversar? — ele me encara.

— não, não podemos. O que vivemos acabou, e não faz sentindo manter qualquer contato. — eu fui bem firme com ele.

— você me deve explicações. Porque me provocou a festa toda? Porque quis que eu sentisse ciúmes menina? — eu suspiro e me mantenho calada, acabo abrindo a porta pra ele entrar.

— o que quer saber? — finjo demência.

— ja disse. Quero saber porque me provocou. Queria que eu te beijasse ou que quebrasse a cara daquele cara que estava com você?

— nem uma coisa, nem outra. Nós dois sabemos bem que era só uma provocação boba, e você caiu, levou muito a sério. — rio.

— como não levar? Você transava comigo até outro dia desses! — ele se irrita.

— mas eu nunca fui só sua. — lhe encaro — quando estávamos ficando eu não estava com outra pessoa, mas eu não era e nem sou sua propriedade, e mesmo que quisesse, não posso. — ele fica surpreso com o que digo.

— como?

— se fôssemos um casal de verdade, eu seria só sua. E se você não fosse pai da minha melhor amiga, tudo seria diferente. — ele percebe que meu tom era triste, e ele acaba compartilhando do mesmo sentimento.

— eu não tenho culpa se já sou pai, se tenho uma filha. — ele me encara.

— o problema não é você ser pai, eu sempre gostei de homens mais velhos. O problema está no fato dessa pessoa que amamos estar no nosso meio. Não quero e não posso machucá-la.

— eu muito menos. — ele concorda

— então você precisa concordar que não podemos ter mais nada? — o silêncio dele parecia concordar comigo. — eu... peço desculpas se te provoquei. Agi como uma louca. Peço que esqueça o beijo que demos, e que possamos continuar como estamos.

— não vamos nos ver mais então?

— não. Você estava certo de não misturar as coisas, pois lá no fundo ja via que não poderia ter futuro. — lhe encaro.

— eu disse isso... mas isso não era o que eu queria. Tentei não piorar as coisas quando agi indiferente. Me desculpe por isso também. — ele diz.

— tudo bem... — suspiro — agora você precisa ir, daqui a pouco saio para trabalhar e preciso me arrumar. — desvio o olhar.

— então até mais.

— até, Christopher.

•••••

Oi pessoal como estão? Os próximos capítulos prometem!

Quero anunciar que já temos uma nova história a caminho, uma proposta bem legal, será minha primeira fic que não é Vondy. Espero que gostem, e claro, convido vocês a conhecerem. Devo estrear no próximo mês. "Paixão Avassaladora".

No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora