Capítulo 11

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Onde foi que eu me descontrolei assim? Era o que eu pensava

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Onde foi que eu me descontrolei assim? Era o que eu pensava. Acabei de transar com a melhor amiga da minha filha, praticamente uma adolescente, mal completou 18 anos!

E eu me encontrava sem fôlego e devidamente saciado. Foi uma conquista te-la, mas um grande peso. Eu já dormi com mulheres de todos os tipos. Muito experientes até. Mas a forma como essa menina me hipnotizou esses dias, conduziu os movimentos e o corpo, era de deixar muitas no chinelo.

Eu estava dividido entre o arrependimento de ter feito algo muito errado, e entre meu lado homem que se sentiu saciado.

Quando estávamos transando eu só conseguia querer mais, e pedir mais. Ela sabia bem o que fazia. E sorria me vendo refletir sobre essas coisas.

(...)

— o que tá pensando em? — ela ri deitada me olhando, ainda nua.

— nem queira saber. — solto um suspiro — olha menina, acho que você deve ir para o outro quarto.

— eu? — ela ri — está bom aqui mesmo. — ela se encosta em mim.

— eu falei sério. Se Stefani acorda e decide te procurar?

— ela está de ressaca. Só acorda daqui 12 horas. — ela retruca.

— Eu não consigo nem pensar no que ela faria, diria de nós. Não acredito que fiz isso. — fecho os olhos e solto um suspiro aflito.

— não banque o santo. A dias vem correspondendo caso flertes, e já nos amassamos mais cedo e você não reclamou como agora.

— mas agora a gente transou, algo muito mais grave que só uns amassos. Olha, eu não sou de ferro, você procurou. Mas não devemos repetir isso.

— então é assim, você cai na rede, e depois banca o correto? Eu não fiz nada sozinha! — ela se irrita.

— não estou dizendo que fez. Pelo contraído, acabei de dizer que não sou de ferro. Ou seja, fui fraco!

— você foi bem forte, eu diria. — ela ironiza com malícia.

— menos, tá? Já vi que você não leva nada a sério. — solto um suspiro.

— eu levo sim! Sei da gravidade disso, mas era o que eu queria, e você também. Mas, se quer fingir que nada aconteceu, tudo bem. Eu sei disfarçar. Aliás, pela manhã vou voltar pra minha casa mesmo... — ela se levanta e começa a se vestir.

— é, melhor assim. Todos saem ganhando.

— você é um cretino safado arregão! — ela sai furiosa, mas não tinha o que fazer, ela estava provocando mesmo, foi uma loucura o que aconteceu, e que não pode se repetir.

Eu dormi muito pouco naquela noite

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Eu dormi muito pouco naquela noite. Estava com raiva daquele cara! Um dia ele corresponde, e no fim desse mesmo dia te dispensa, foi só terminar de virar os olhos ali, para me dispensar.

No dia seguinte, acordei cedo, Stefani já estava melhor e conversamos enquanto eu preparava minhas coisas.

(...)

— amiga fica mais hoje só, amanhã tem aula, vamos juntas pra escola.

— não vai dar. Minha mãe já encheu o saco, que tenho que voltar, além do mais preciso ver o Erick, depois daquele dia tenso não nos vimos mais.

— tudo bem então, quando quiser você volta. Foi ótima nossa festinha de ontem né? As meninas estavam falando até agora de manhã no grupo. — ela ria.

— é — rio.. — bom deixa eu ir, tá na minha hora.

— você vai andando? Meu pai te leva.. peço pra ele.

— não, não, eu vou andando mesmo. Depois do tanto que comemos ontem, só caminhando pra queimar tanta caloria ingerida.

— você que sabe então.

— abre a porta pra mim?

— claro. — ela responde.

(...)

Fui embora andando. Foram dias bem insanos, essa noite em específico. Foi tão gostoso ficar com ele, e ele já colocou uma pedra no que aconteceu, muito rapidamente.

Sim, eu estou meio arrependida, por deixar meu fetiche falar mais alto que a amizade, mas eu não tinha outra solução, estava a ponto de enlouquecer estando no mesmo ambiente que ele.

Mas já que ele reagiu assim, talvez seja melhor eu me afastar de lá mesmo, já aconteceu o que tinha que acontecer e ponto.

Quando cheguei em casa, minha mãe não estava, mas quando apareceu já veio me alfinetar.

(...)

— que ventos a trazem? Já que agora você não mora mais aqui né? — ela pergunta parada na porta do meu quarto.

— é claro que eu moro. Só que eu prefiro ficar mais fora de casa, do que aqui, justamente por comentários como esse. — sua feição muda pois ela ver que não estou para confusão.

— que bicho te mordeu? Está estranha... o que aconteceu agora? — ela poderia ser chata, mas me conhecia bem...

— e porque eu te contaria? Você ja tem um arquivo de respostas prontas.

— Dulce Maria, me diga, o que fizeram pra você? A única pessoa que te deixa assim sou eu.

— pois é isso mesmo, é você mãe. Será que pode me deixar em paz um pouco? — ela fica em silêncio me encarando e depois sai do quarto.

O que eu poderia dizer? "Oi mãe, voltei! O rolo com o pai da minha melhor amiga não deu certo então eu voltei pra cá!"

Eu decidi que não iria seguir tanto assim os meus instintos mais. Que se dane.

Mais tarde me troquei e fui me encontrar com Erick. Ele estava em casa sozinho, seu irmão havia saído.

(...)

— foi mal, aquele dia minha mãe surtou e tive que dar um tempo de lá, por isso não vim te ver. — digo.

— eu notei que você sumiu mesmo, mas sabe que estou sempre a sua disposição, mesmo que esteja meio estranha, como agora. — ele solta uma risada fraca.

— até você? Eu não estou estranha, só um pouco cansada de tanta implicância, tanta hiprocrisia das pessoas sabe? E outra, minha mãe fica no meu pé em tudo que eu faço.

— já pensou em fazer um curso depois da aula? Um bico? Só pra não ficar muito tempo lá.

— já... mas eu odeio estudar, você sabe.

— eu sei — ele ri — posso ver com meu irmão se na boate onde ele é gerente, tá precisando de alguém. É aquele bar que eu te levei aquele dia.

— sei sei..

— o serviço não é pesado, só servir bebidas, talvez tenha alguma vaga. Vou ver se não irá te atrapalhar com os horários da escola.

— não, não... nem pense na escola. Estou quase formando, eu dou meu jeito. Acho que vai ser legal arrumar um trampo. Vou poder juntar um grana, ou sei lá.

— tá, amanhã eu falo com ele. Mas agora me diz, estava com saudade? — ele sorri.

— tava... mas hoje não, tá? Tô com muita dor de cabeça. — ele se afasta.

— tá bom, eu entendo.

Se ele soubesse que na verdade eu estava só o pó...

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No Sigilo • Primeira Temporada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora