CONCLUÍDA || Los Angeles, CA. (2022)
Primeira temporada!!
Dulce é a garota mais atrevida e maluca do colégio. Há um ano se tornou amiga de Stefani desde que repetiu o terceiro ano, as duas se tornaram muito íntimas. Depois de uma maior aproximação...
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Os días apenas passaram normalmente. Nunca mais o vi ou sequer falei com Christopher. As provocações só serviram para piorar o clima. Eu estava errada eu agir daquele jeito, mesmo seguindo meus instintos.
Erick estava cada vez mais próximo de mim, e eu já estava conformada com o fim do romance com o pai da minha amiga.
Stefani me convidou para passar uns dias em sua casa, ela estava sozinha, seu pai havia viajado, e pelo menos assim eu conseguiria disfarçar o incômodo em dormir lá. Ela estava desconfiada de que seu pai não me queria lá, ou que "havia" acontecido algo entre nós, como um clima chato, de pai que não quer a amiga grudada. Mal sabe ela que é mil vezes pior que isso.
Estávamos na sala, vendo televisão quando ela começou a falar do Erick.
(...)
— eu nunca pensei que shipparia vocês dois, sério. Mas ele é legal. — ela ri.
— ele é. Nos conhecemos a tempos. — digo.
— vocês sempre foram assim, mais liberais, um com o outro? Não consigo namorar assim. Ainda bem que com o James eu consigo ficar. Não me vejo o dividindo com ninguém.
— mas eu não namoro o Erick. Somos mais íntimos sim, mas não somos namorados de fato.
— pra mim são. Vivem grudados.
— ele é especial pra mim. Mas não sei... não sei se é amor. — comento.
— amiga, você já amou alguém de fato? Você nunca me disse se já amou. Sempre viveu curtindo e pegando geral, mas e sobre sentimento? Já teve alguém que mexeu tanto com os seus sentidos.
Só consegui pensar nele, o causador de todo o tormento que estou vivendo aqui por dentro. Eu acho que o amo, porque não sai da minha cabeça a hipótese dele surgir naquela porta.
— amar? Claro. Faz tempo. — digo gaguejando — mas eu era mais nova.
— nunca me contou! Diga, quem é e o que rolou entre vocês? — ela se empolga — preciso saber porque hoje minha amiga não para com ninguém.
— Eu não gosto muito de lembrar... eu era muito nova.
— ui, tá bom. Mas vamos pedir essa pizza logo, estou com fome.
Que bom que ela desistiu desse assunto. Além da fome eu estava aflita, inventei uma mentira só pra não contar de fato.
Conversamos um pouco depois de comer a pizza e fomos dormir. A noite tive sonhos com Christopher, dele chegando de supresa, abrindo a porta da sala e Vindo me beijar na frente dela.
Claro que acordei assustada, imagina que cena! Voltei a dormir e pela manhã eu e Stefani fomos fazer uma caminhada, o dia estava lindo e fresquinho.
Quando chegamos, tivemos uma supresa. O pai dela estava lá, como no sonho que tive. Eu não imaginava que ele poderia voltar antes, ela havia me dito que era uma viagem longa!
(...)
— pai, já voltou? Que bom! — Stefani comenta vendo Christopher desfazendo sua maleta sob a mesa.
— Oi filha — ele responde a filha me encarando, surpreso por me ver ali. — Oi Dulce. — ele me responde seco e nervoso.
— Oi. — digo.
— Porque voltou tão cedo? Eu até chamei a Dulce pra dormir aqui. Esperava que fosse ficar duas semanas fora.
— Eu... tive que desmarcar com dois clientes. Não consegui resolver tudo. Em breve retorno lá. — ele responde me encarando novamente.
— ah tá. Bom eu não fiz café. Só vamos tomar um suco.
— tudo bem, eu faço aqui. — ele diz e nós nos sentamos a mesa.
Stefani contava algumas fofocas de Lupita e seu pai estava de olho na nossa conversa. Fingia não me encarar mas estava se entregando. Eu não sei o que deu nele, nunca foi de me encarar assim.
Não sei se era pelo meu corpo. Eu estava com roupas justas, de caminhada. Que por sinal marcavam bem. Mas ele não tirava os olhos de mim, eu já estava quase sem graça, coisa que nunca me aconteceu. Sempre gostei de despertar desejo nos homens. Mas ele me intimidava tanto nos últimos tempos.
Stefani se levantou para ir para o quarto. Eu fui deixar nossa louça na pia, quando senti sua mão fria tocar minha barriga que estava amostra.
— ei.. — me assusto com seu toque.
— que supresa te ver aqui, você está tão gostosa, ele disse ao meu ouvido.
— está maluco? — sussurro — você não pode dizer essas coisas. Além do mais, o que tivemos acabou. — afirmo.
— não penso assim. Sei que sente minha falta e eu também. — ele cola nossos corpos atrás do balcão.
— isso não quer dizer nada. Chegamos ao fim, de algo que nunca foi importante pra você, e nem tão prazeroso assim pra mim. — eu não deveria ter o alfinetado de novo, ele sentia que era uma afronta e um modo de pedir beijo.
E foi exatamente o que ele fez. Me agarrou pela cintura e me beijou com força. Que pegada! A sua língua foi tão ligeira e eu não pude perder tempo. Deixei ele me provar e quando estávamos curtindo aquele momento delicioso o que mais temíamos aconteceu. Stefani entrou na cozinha e nos viu.
— mais o que que é isso?! Que tá acontecendo aqui??? Vocês... vocês estavam se beijando. Que coisa mais nojenta! — A sua expressão de revolta era tudo que eu menos queria ver.
— Ste eu... — tento me justificar.
— não, não nem termina! Eu não acredito que não percebi. Vocês dois estavam de caso! Não é isso? Por isso meu pai não a queria aqui, não comigo por perto não é? — a lágrima escorre de seu rosto e eu começo a chorar também.
— Stefani não é bem isso que aconteceu... eu lamento que tenha descoberto assim — ele tenta amenizar o ocorrido, mas foi em vão.
— você é um tarado e nojento pai! E você uma vagabunda, Dulce. Logo com o meu pai?? Com tantos homens no mundo! Eu devia te encher de tapas! — ela tenta vir pra cima de mim.
— Eu queria te contar, mas não tinha jeito. Você nunca entenderia o que sinto por ele.. e por ter começado tudo errado, não ficamos juntos mais. Nós não estávamos tendo mais nada, ele só me beijou agora, eu juro que acabou faz tempo. — clamo pelo perdão dela, já nem sei o que dizia mais, só sei que piorou tudo.
— você ainda tem coragem de confessar que estavam a tempos? Eu sou uma tonta mesmo! Olha, eu não consigo ficar nem mais um minuto aqui. Sério. — Stefani pega sua bolsa e sai.
Na tentativa de lhe seguir Christopher me interrompeu.
— ela não vai muito longe, está sem dinheiro. Eu converso com ela quando voltar.
— você é um idiota mesmo. Não tem noção do que fez não é? Botou tudo a perder, e nem sequer liga.
— claro que ligo! Mas agora ela não vai nos ouvir, não percebe como ela está com raiva? Quando ela voltar resolvo isso. — ele queria mesmo mostrar que estava com o controle de tudo até naquele momento pesado, mas nós sabemos que não era bem assim.
