Seja forte, seja forte agora
Muitos, muitos problemas
Não sabe onde ela pertence
Onde ela pertence
| Avril Lavigne – Nobody’s HomeDois dias antes:
Puxo o ar com toda força, depois de ter sentido a água gelado em contato com meu corpo.
── Acorda Principessa , você já dormiu muito. ── um homem diz parecendo irônico.
Meu corpo todo dói, tento entender onde estou, mais com o simples movimento da cabeça sinto minha garganta queimar e o vômito sobe.
── Sua nojenta ! Sujou minha calça e meus sapatos ! ── o homem grita irritado e sinto minha pernas sujas.
Me olho vendo estar sentada numa cadeira com os pés amarrados e meu braços para trás também amarrados. Levanto a cabeça olhando o homem loiro a minha frente e as lembranças me vem.
Eu e Lorenzo, carros seguindo, bicho apareceu, carro capotou e nós pegaram.
Meu Deus.
── C-cadê o Loren-zo? ── minha voz sai mais parecendo um sussurro.
Até para falar a garganta queima.
── Não que isso lhe interessa, mais como sou uma pessoa muito boa, vou falar. Lorenzo está com o seu Papai Antônio Fontana.
Olho para ele com o cenho franzindo e surpresa.
── O-quê?
Meu Deus, o Lorenzo é meu irmão.
── Pois é ! Ele queria tanto um filho, e aí?! Tem um. Mais pode ficar tranquila que ele não é seu irmão, pelo menos não de sangue.
── O que você está q-querendo-o dizer com isso?
── Prefiro deixar uma pessoa explicar melhor que eu. ── ele diz rindo.
Ele vira pegando um jarro de água, que estava encima de uma mesinha o virando num copo. Ele coloca o jarro na mesa e me traz o copo com um pouco de água.
── Toma um pouco.── ele diz colocando o copo nós meu lábios e virando.
Tomo a água com vontade sentindo-a lubrificar minha garganta antes seca. Ele tira o copo o colocando na mesinha e depois se virando para mim.
── Quem diria não é?! Que a bonequinha do Matteo estaria aqui, totalmente vulnerável a mim.── ele diz sorrindo e travo o maxilar.
── Você não vai encostar em mim! ── digo firme e ele se aproxima pegando meu maxilar o apertando.
── Só não farei nada agora, porque você tem que resolver uma briguinha familiar── ele olha por todo meu corpo e depois volta aos meus olhos.── Mas saiba que assim que acabar, eu e meus homens estaremos ansiosos para ver todas as suas qualidades, e tenho certeza que Matteo amará ficar vendo. ── ele terminar de falar soltando meu maxilar de uma vez.
Eu não posso deixá-lo me tocar, não posso. Mas estou me sentindo fraca e sabe se lá se conseguirei fugir ou evitar alguma coisa.
Ah Matteo, onde você está?! Será que ele vai me encontrar?
ATUALMENTE:
Olho tudo ao redor, tentando achar algo que possa me ajudar a me soltar, mas bufo com raiva. Isso parece um quarto bem grande, sem janela, com uma lâmpada e um pequeno armário.
Uma porta de ferro e atrás dela parece ter um pequeno corredor, e uma escada.
Já estou agoniada por estar presa, sem notícias. Me sinto agoniada com toda essa situação e esse escuro, que só reforça minha solidão.
Tento mexer minhas mãos que já doem, mais o movimento é pouco, mas tocando a parte da calça, que parece um ferrinho , consigo forçar a corda nele, tentando cortar.
── O QUÊ?── escuto uma voz, mais não consigo associar a alguém.
Fecho meus olhos e fico quieta.
── Deixa eu explicar....── Vittorio diz medroso.
Escuto o barulho de passos , e um murro ser dado na parede.
── EXPLICAR O QUE VITTORIO? COMO MATARAM MAIS DE CINQUENTA HOMENS ARMADOS?! QUE PORRA QUE AQUELES TRÊS NÃO FALARAM DO MATTEO FERRARI?!
── Eu sei, eu sei...
── NÃO SABE DE PORRA NENHUMA ! EU DEU UMA ORDEM, E NINGUÉM CUMPRIU, SÃO UM BANDO DE INCOMPETENTE !
── Eu sei que são incompetentes, mais precisamos pensar. ── Vittorio diz.
── O Matteo está se achando, vou acabar com a graça dele ! Fale com o Marco, quero aquele veneno colocado hoje, agora. ── a pessoa manda e franzo o cenho escutando sua voz perto.
Meu coração acelera, minha respiração parece querer falhar, meu estômago embrulhar, e abro meus olhos.
A porta é destrancada e assim que ela se abre, levanto a cabeça, olhando profundamente nós seus olhos que debocham.
── Sentiu minha falta, querida ?!── Nina sorri sarcástica, entrando.
Filha da puta !
── Não vai falar nada?
── Não perco meu tempo, com vadias como você.── digo se ela sorri.
── Se eu fosse você, querida, pensaria antes de falar.── ela diz irônica e travo meu maxilar.
Respiro fundo e tento buscar o controle.
── Fala logo o que você quer, porque duvido que tenha vindo só me ver.── debocho e ela sorri.
── Quero respostas Aléssia ! Quero saber onde estão os papéis do domínio Matteo. Sei muito bem que você que estava cuidando da parte Sul, quero eles.
── Não me lembro onde eles estão.── digo.
── Vou te fazer lembrar.── ela diz e logo sinto seu punho bater em minha bochecha.
Meu rosto vira para a direita e sinto o gosto metálico no meu paladar. Viro o rosto a olhando.
── Como senti vontade de fazer isso.── seu sorriso de piranha só falta corta a face.
── Claro ! Mas como nunca teve coragem para me enfrentar, tem que me amarrar para conseguir.── digo e seu sorriso se fecha, dando lugar a uma cara brava.
── Fala logo onde estão os papéis. ── ela fala com o maxilar travado e os olhos semicerrados .
── Não vou falar.── digo novamente sinto seu punho na minha outra bochecha.
Seguro o gemido de dor que esses murros causaram. Não vou dar esse gostinho a ela.
Cuspo um pouco de sangue e sorrio.
── Não vai adiantar Nina. Diferente de você, não traio minha famiglia.
Ela grunhi irritada e leva a mão ao bolso da calça.
── Vamos ver até quando você continua com essa marra. ── ela diz pegando seu celular e apertando algo. ── Sabe, tem um motivo pelo qual você ficou viva até hoje.
Ela sorri e arqueio uma sobrancelha.
── Com tempo eu soube qual seria sua resposta, já que virou a cópia da sua mãe, mas, eu já tinha planos para você, e foi isso que a manteve viva. ── ela fala enquanto anda em volta de mim.
── Aqui está, Sílvia.── Vittorio diz entrando e entregando uns papéis a ela.
O nome verdadeira dela e Sílvia?!
── Teve que até trocar de nome, querida?! ── sorrio e ela me olha sorrindo.
── Sim, assim como sua mãe! Milena é um nome melhor que Luna. Mais isso não faz muito diferença, já que minha querida irmã era uma burra de qualquer jeito. Pode sair Vittorio.── ela manda e ele vai, nós deixando sozinhas.
── Minha mãe nunca falou de irmã nenhuma, você deve estar louca! Você não pode ser minha tia.── falo trincando o maxilar.
── Luna achava que falar que não tinha família para você, mudaria alguma coisa, mais sabe o que mudou?! Nada! Eu negou o sangue dela, negou que era uma Vitale, e deu as costas. Por isso ela morreu, e ainda levou a amiguinha Elena Ferrari. ── ela fala debochadamente e nervosa.
Meu sangue sobe, meu coração acelerar e não percebo quando levanto com a cadeira amarada em mim, para atingi-la. Ela desvia me empurrando e quando caio a cadeira se quebrar.
Me levanto com o corpo doendo e vou para cima dela com os punhos fechados. Dou um murro no seu nariz e ela vai para trás meio tonta, e pelo barulho tenho certeza que deslocou.
── VOCÊ É UMA VADIA, QUE TRAIU A PRÓPRIA IRMÃ COM O MARIDO DELA NO MESMO TETO. ── a pego pelo cabelo, batendo sua cabeça na parede.
── O ANTÔNIO SEMPRE FOI MEU, E NUNCA DELA. ── ela diz quando se virou e grudou suas unhas no meu pescoço.
── VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE MATAR ELA, SUA VADIA. VOCÊ VAI PAGAR, SUA MORTE VAI SER A SUA ALTURA! ── ela me taca no chão, mas caio em pé, indo para cima dela.
Ela aperta algum botão, e na mesma hora, cinco homens entram me agarrando e tirando de perto dela.
── Segurem essa selvagem.── ela fala enquanto arruma o cabelo. ── Quem vai pagar e você e todos os outros, eu vou ter o poder de duas Máfias, e nem você e nem ninguém, vai fazer nada.
── Você está muito segura Sílvia, esqueceu que num jogo, pode haver reviravoltas. ── digo firme trincando o maxilar e com os olhos semicerrados.
Ela se aproxima apertando meu maxilar enquanto os homens me seguram.
── Vamos ver. Vittorio, mande uma mensagem ao Matteo Ferrari e Dimitry Dubrov. Ou eles me entregam a cadeira em três horas, ou eu a mato. ── ela diz e ele concorda se aproximando.
── Claro. ── ele fala tirando o celular do bolso.
Eu tenho que tentar sair daqui !
── Por que Sílvia? Por que você quer tanto a cadeira da máfia Russa e Italiana?── pergunto a vendo respirar fundo e semicerrar os olhos na minha direção.
── Porque há anos atrás, quem comandava toda Itália era os Vitale. Foram anos com eles ganhando cada vez mais poder. Tráfico de pessoas, órgão e sequestros estava cada vez mais conhecido no mundo, trazendo toda a atenção para a máfia. Até quando o conselho mandou eles pararem e eles não aceitaram, então eles mataram toda a geração dos Vitale. ── ela sorri irônica.── Ou foi o que eles acharam.
── O conselho garantiu que todos tinham sido mortos...── falo surpresa.
── Giovanni e Carla tinham seis filhos. Eles foram mortos, mas Nicola Vitale conseguiu fugir junto com o primo de quarto grau, o Leonel. O conselho então dividiu a Itália em duas, para assim não ter “perigo”. Enquanto isso, Nicola e Leonel não saíram da Itália, somente trocaram de visual e identidade, já para todos eles estavam mortos, não seria difícil. ── ela começa a andar para lá e para cá, parecendo interessada. ── Logo eles ficaram juntos e tiveram gêmeos, uma menina e um menino, mais o menino morreu. A menina também tinha duas identidades, e quando ficou de maior também se casou e teve duas filhas. Eu e sua mamãe.── ela fala sarcástica e meu coração aperta.
O quê?
E-eu..E-eu...
Não é possível.
Ela me olha rindo parecendo se divertir.
── Pois é Aléssia, você é uma Vitale. Eles pensaram que tinham acabado com essa linhagem, mais ela nunca acabou, ela continuou crescendo, se preparando para a hora certa. ── ela fala feliz. ── Sempre soube que faria parte dos planos para ter novamente o poder, mais quando Luna soube, aquele idiota negou seu sangue, e falo que não cumpriria os planos. ── ela fala brava. ── e aí lá se começa outro problema. Eu estava prometida para o Antônio Fontana, mas fui mandada para casar com Tiago Bellini. Oh homem chato!!! E a idiota da sua mãe teve que ficar com o Antônio.
── Como se ele fosse muita coisa.──reviro os olhos.
── Antônio sempre foi o homem perfeito para nossos planos, mais até isso a Luna roubou de mim. ── ela fala com raiva. ── Me casei com Tiago, e tive uma filha. E sabe quem é queridinha?! Sua priminha é a Bárbara!
O quê?
── Bárbara desde que viu o Matteo, se interessou, e ainda achava que o deixaria vivo para ela. Tão burra.── ela fala entediada.
Meu Deus!!!
Meu coração aperta com toda essa história.
── Você não tem escrúpulos nenhum ! Acha que me sequestrando vai conseguir ter todo o poder mas não vai resolver N-A-D-A.── falo e ela rosna com raiva.
Eu preciso de algo para me manter forte, para me impulsionar a sair daqui...eu preciso voltar, e essa é a única maneira.
── Vamos ver, Aléssia. Não fiz todos esses planos atoa, ter matado a Luna, seus avós, seus sogrinhos foi só a estrutura do meu plano. ── ela se aproxima segurando meu maxilar o apertando. ── Quero ver se o Dimitry Dubrov vai realmente abrir mão de finalmente ter a filhinha do lado. Sua mãe errou, mais vamos ver eles. ── ela fala toda confiante, soltando meu maxilar e caminhando até a porta.
── Ela fez certo. Isso não pertence mais aos Vitale, e eles faram o certo. ── digo firme e ela gargalha.
── Até logo, queridinha.── ela sai e logo os dois me largam saindo.
Eles trancam a porta e solto o ar com força. Eu preciso sair daqui.
[ •°•°•°•°•]
Termino de arrumar os tijolos que achei no chão como se estivesse caído e quebrado, e agradeço a Deus por eles não terem escutado.
Pelo que escutei no corredor, está quase dando três horas e eles não tem muitos soldados, já que vários foram mortos pelos soldados do Matteo.
Sílvia está louca por ter perdido mais soldados. Fica gritando nervosa por todos os cantos e até os soldados estão com medo. Fico feliz por isso, tenho toda a certeza que o Matteo está fazendo tudo que pode para me achar, e eu preciso ajudar.
Matteo mudou comigo, passou a ser cuidadoso e eu estaria mentindo se dissesse que não paro de pensar nele, em como me pergunto se ele está bem ou não. Torço para que ele já esteja com Lorenzo e ambos estejam bem.
Escuto um barulho no corredor, já sabendo ser um segurança. Com um pedaço de tijolo pontudo passo no meu braço o afundando.
Solto um murmuro de dor, mas continuo até ver o sangue saindo. Espalho o sangue na testa fazendo um pequeno corte e deito no chão.
É agora.
Jogo o tijolo no chão o fazendo quebrar e fecho o olhos. Um barulho se faz e logo a porta se abre. Passos se aproximam de mim e fico aguardando a hora certa.
── Não está morta, ainda bem. ── ele fala pegando meu pulso, e sem esperar pego de uma vez o tijolo batendo na sua face.
O golpe foi tão forte que foi possível escutar o barulho de algo quebrando, e no mesmo momento seu corpo jogado no chão com uma possa de sangue em volta da cabeça.
Me levanto de uma vez deixando para lá a tontura e uma dor no pé da barriga, e pego a sua arma indo para trás da porta. Prendo a respiração apertando a arma nas mãos, ao escutar passos se aproximando, e logo dois soldados entram.
── Porra...ela fugiu. ── um soldado branda raivoso, acompanhado do outro que olha odioso a cena.
Saio os pegando de surpresa, mirando minha arma em um o atirando e logo seu corpo despenca no chão já sem vida. O outro soldado me olha apontando sua arma.
── Sua puta...── o interrompo atirando em seu peito.
Passo a mão no cabelo nervosa. Preciso sair daqui o mais rápido. Caminho para fora do quarto fechando a porta, e seguindo com cuidado.
Tenho certeza que não irá demorar muito para alguém descobrir que fugi.
Passo pelo corredor, logo chego numa porta de ferro e coloco a mão na maçaneta, a abrindo minimamente com cuidado.
Agradeço internamente não vendo nenhum soldado e nem sinal de câmera, sigo o corredor com cuidado, mas paro ao escutar uma conversa.
── Chefa, tem soldados na frente da casa, formando uma barreira. Mas os soldados, não são nossos e sim do Matteo Ferrari. ── o homem fala desesperado e arregalo os olhos, sentindo meu coração acelerar.
Matteo....Matteo está aqui..
── O QUÊ?! COMO ESSE INFELIZ NÓS ACHOU?! ── Sílvia grita parecendo quebrar algo.
── Reúna os soldados e peguem a Aléssia.── Vittorio ordena.
Eu preciso sair daqui, eu preciso ver o Matteo. Começo a correr para chegar na entrada principal, mas para encostando numa coluna ao sentir uma pontada na base da coluna.
Comprimo os lábios respirando devagar, eu não sei o que está acontecendo.
── Ia fugir não é, vadia.── um soldado fala pegando meu braço o apertando.
Seguro o gemido de dor, meu coração aperta e sinto uma angústia no meu estômago e a vontade de chorar aumenta.
Ele ia pegar a arma quando aperto o gatilho, atirando em sua perna. Seu grito alto chama a atenção, ele solta meu braço mas logo mais soldados chegam e vejo a Sílvia me olhando com ódio, parecendo uma louca transtornada.
── Já ia correr para os braços do maridinho?! ── ela zomba andando em minha direção e atirando no homem que ainda gritava com a bala na coxa.
Soldados me desarma segurando meus braços e ela sorri psicopata, enquanto Vittorio à segue.
── Você vai se ferrar Sílvia.── falo comprimindo meus lábios.
── Vamos ver quem vai.── ela fala se virando andando até a porta principal.
Os soldados não me largam, me puxam fazendo andar atrás dela junto com todos os outros. Quando saímos da casa, a lua brilha deixando tudo iluminando. Arregalo os olhos vendo uma barreira de soldados dela, que assim que a vê abre passagem para ela e para mim.
Abaixo a cabeça olhando para o chão, não querendo tropeçar, assim que o soldados para me apertando, ergo minha cabeça e meu coração dispara.
Meus olhos se enchem de lágrimas ao olhar o Matteo. Ele comprime os lábios, em sua posição firme, mais enxergo sua olheiras profunda, indicando sua insônia e preocupação. Seu corpo tenso, minha vontade e de correr para seus braços, de sentir que tudo ficará bem.
Forço para engolir o choro, e olho para a Laura, a Allysson, mas não vejo o Lorenzo. Meu coração aperta e aquele angústia fica mais forte.
Cadê ele? Será que o Matteo não conseguiu o achar?!
Meu Deus, que o Lorenzo esteja bem.
Meus olhos chegam até o chefe da Rússia e respiro fundo, tentando entender sua expressão e tentando controlar o acelerar no peito.
── Matteo Ferrari, me diga, como nós encontrou? Não esperava sua visita agora, mas devo confessar que está na hora certa. ── Sílvia diz sarcástica e ele trava o maxilar.
── Creio que, sua filha e o Stefano foram de grande ajuda. ── ele ergue a sobrancelha. ── Mas fique tranquila, que em breve você os verá.
Ela aperta os lábios com força. Sílvia se vira para mim, segurando meu cabelo forte empurrado minha cabeça para baixo. Caio ficando de joelho e logo sinto o metal gelado da arma do Vittorio apontada na minha cabeça.
Enxergo a veia do pescoço do Matteo ficar aparente, como se ele estivesse se segurando. Todos apontam suas armas para cá, enquanto somente os dois Chefes ficam observando.
── Tem certeza que é isso que quer fazer, Sílvia? ── Dimitry pergunta com a voz tão sombria quanto a do Matteo, à desafiando.
Engulo em seco com toda essa tensão nós rodando, praticamente a mesma num campo de batalha.
── E você Dimitry, tem certeza que quer ver sua filha com uma bala atravessando o cérebro?! ── ela o desafia fazendo um gesto com a mão, e logo seus soldados engatilham suas armas, às apontando para todos a nossa frente. ── E então, qual vai ser?! Vão me entregar a cadeira da Rússia e da Itália, ou precisarei matar a Aléssia? Já aviso que não terei nenhum remorso por isso.
Olho atentamente para os dois, com meu coração acelerado. Eu entendo o papel deles, e não os culpo por isso.
── Não iremos entregar a cadeira...nem da Itália e nem da Rússia.── ambos falam com certeza, sem desviar os olhos dela.── Mas você não matara a Aléssia.
Ela gargalha.
── Não? Vocês são patéticos!! Mas se esse é seu desejo, ok.── ela fala e escuto a arma destravar.
Olho para o Matteo me fixando nós seu olhos azuis esverdeados, ele os abaixam com se quisesse me tranquilizar.
Lembrança on :
── Aléssia, você confia em mim?── Ele me pergunta parecendo surpreso consigo mesmo, e me olha atento esperando sua resposta.
── Sim Matteo, eu confio em você.── falo com a voz baixa e o coração acelerado com sua aproximação.
Matteo me deixa sem fôlego com suas aproximações intensas, e tenho certeza que ele percebe isso.
Lembrança off.
Sim, eu confio no Matteo porque eu o amo. Não sei quando passei a entende-lo e quando esse sentimento nasceu, criando suas raízes por todos os cantos.
Sem que ninguém esperasse, um tiro é ouvido, no segundo seguinte Vittorio está caído ao meu lado e seu sangue sujo na minha roupa. Como numa guerra, os homens do Matteo avançam atirando e lutando.
Me levanto pegando a arma do Vittorio e de longe vejo Sílvia correr, tentando se proteger.
Eu vou pegar essa vadia.
Engatilho a arma atirando em soldados que tentam atirar em mim. A cena está um caos, homens atirando, lutas, sangue para todos os lados assim como alguns pedaços de pessoas. Procuro pelo Matteo e os outros ainda com aquela angústia.
── ALLYSSON ABAIXA ── grito atirando na testa de um soldado com o punhal.
Ela vem me abraçando apertado.
── Obrigada. ── ela fala e sorrio.
── Cadê o Matteo?! E os outros?── pergunto e ela aponta me mostrando o Dimitry lutando.
── O Matteo e a Laura está lá atrás. Vai lá.── ela fala apontando atrás da casa.
── Obrigada.── agradeço me separando dela.
Caminho depressa, me surpreende com a quantidade de soldados mortos, faltam muito poucos para isso acabar.
Vejo o Matteo lutando com golpes fortes e rápidos, mas não encontro a Laura. Logo o homem cai no chão já sem vida, seu corpo se vira para mim e sorrio.
Como eu sentir saudade de o ver, seus olhos, sua boca, suas mãos no meu corpo....
Sinto meu coração apertar e quando olho para cima, me desespero ao ver Mária Cattaneo com a arma apontada para o Matteo. Sem perder tempo, aperto a arma em minhas mãos, corro empurrando o Matteo e disparando contra ela.
── ALÉSSIA ── o escuto gritar.
Tudo acontece muito rápido. Na mesma hora sinto uma dor no meu abdômen irradiando tudo meu corpo, e cambaleio. Escuto um zumbido me deixando atordoada, levo a mão no meu abdômen e quando a levanto vejo o sangue.
── Aléssia, olha para mim.── escuto ele falar desesperado como se estivesse longe.
Solto a arma tentando me apoiar nele, porém minhas pernas pesam, e antes que caia, sinto ser pega no colo.
── Ma-tteo...── sussurro gemendo com a dor. ── E-u t..── comprimo os lábios.
Ele me coloca sobre o capô de um carro, já que era o único lugar mais perto. Matteo tira sua camisa à colocando sobre o ferimento da bala e aperta para tentar estancar o sangue.
Gemo sentindo as lágrimas caírem.
── ALÉSSIA, FILHA── escuto o Dimitry chamar parecendo desesperado e logo sinto seu toque em meu rosto numa carícia.
── Vamos, precisamos levar agora para o hospital, ela está sangrando demais. ── novamente ele me pega no colo e mordo meus lábios.
Abro os olhos com um pouco de dificuldade para os manter abertos, e levo minhas mão ao seu rosto. Fiquei com medo de acabar acontecendo algo grave e não o vê, ou ele e as pessoas que eu gosto morrerem, e por mais que estou machucada e com toda essa dor, a felicidade de os ver bem é grande.
── Ma-t-teo...E-u..t-e..a-mo.── falo tão baixo que saiu como um sussurro.
Tenho certeza que ele não ouviu.
Ele olha para mim intensamente e até surpreso ao parar, escuto alguém abrir a porta do carro. Sua mão acaricia meu rosto e seus olhos me observam com tanto medo neles que me sinto culpada.
── Vai ficar tudo bem, meu amor. Só não fecha os olhos entendeu?! Olha para mim.── ele fala preocupado e mostro um meio sorriso.
Quando vejo entramos no carro e logo ele começa a movimentar. Meu olhos pesam, cansados querendo se fechar, mas vejo quando Matteo vaga seus olhos pelo meu corpo e tranca o maxilar com ódio.
Estou com sono e meu corpo inteiro lateja, sendo ruim até para respirar.
── Aléssia olha para mim, não fecha os olhos. Aléssia!── ele fala desesperado.
── Desculpa..── sussurro não conseguindo mais.
Solto um suspiro de dor, fechando meus olhos. Escuto um grito angustiado, mais não consigo sair do escuro.
Ah Matteo...⛓️❤️⛓️❤️⛓️❤️⛓️❤️⛓️❤️⛓️❤️⛓️❤️⛓️
Hey Babys, tudo bem?🌹💛👀 pequeno desespero com essa situação 👀 Espero que tenham gostado do Capítulo 🥰🥰🥰.
Beijinhos 😘❤️
25/02/2022⛓️❤️
C.A⛓️❤️
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✿ Chefes da MÁFIA { Máfia Italiana }✿ (Concluída - Não Revisada)
Romance⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️⛓️ Duas pessoas de lados diferentes.... Matteo Ferrari, chefe da parte Norte da Itália. Um homem sem paciência, de não demonstrar seus sentimentos as pessoas de fora. Tudo que ele não queria er...