Capítulo 11.

3.7K 312 141
                                    

Luma.

Minha visão chega ficou embaçada e os meus pés parece que perderam a força, se o cara não tivesse me segurado eu com certeza já estaria no chão, e sendo pisoteada por esse monte de gente dançando pra ser mais específica.

-Na moral, acho melhor tu parar mina.-Falou com um tom de preocupação na voz, ou pelo menos fingiu com perfeição né, mas não tô ligando pra caralho nenhum hoje.

-E qu-quem é tu pra ac-achar algo d-de mim?-Soltei uma risada alta.-S-se toca mano.-Empurrei ele e saí andando com dificuldade pois aos poucos ia perdendo o controle dos meus próprios pés.

Me encostei na grade da quadra, sentando no chão e cocei a minha cabeça, lembrando de toda merda que eu tive que ouvir no dia do churras, mesmo estando no meu quarto, a família da minha mãe, porque eu jamais vou considerar eles como minha família, falar de mim.

Fritei também a minha cabeça pensando num motivo plausível pro Samuel simplesmente não querer assumir nada comigo, será que vai além de "sigilo" e ele usa isso como desculpa?

Eu que não vou voltar a olhar pra cara dele enquanto ele não virar a porra de um homem que sabe o que quer.

Quando dei por mim tava fazendo exatamente o contrário do que pretendia quando pisei meus pés aqui na quadra, chorei de angústia por tudo, mas os principais motivos foram o gelo que o Kl tá me dando sem eu nem ter feito nada e a grande decepção que a minha mãe havia me causado, nem a minha própria mãe tá aí pra mim.

Será que eu não valho o esforço das pessoas? Deve ter algo de muito errado comigo.

Tomei um susto quando vi um moreno cheio de cordão e armado vindo na minha direção.

-Me mandaram entregar pra ti.-Jogou um pacotinho no meu colo e eu olhei, tinha um negócio branco tipo pó dentro.-O que eu vou faze...-Parei de falar pois já não tinha ninguém ali.

Peguei o meu celular no bolso e virei o pacote de cabeça pra baixo, fazendo cair o pó todo na capa do meu celular.

Não conheço muitas drogas, mas parecia cocaína.

Tirei o grampo do meu cabelo e organizei o pó em seis fileiras, lembrei do canudo que eu tinha usado mais cedo e tirei do bolso traseiro do meu short antes de cheirar tudo aquilo de uma vez com a ajuda do mesmo.

Minha visão se tornou mais ampla, tudo começou a girar e tremer à minha volta, fui tomada por uma felicidade que nunca antes tinha sentido na vida.

Uma sensação de poder tomou real conta de mim, meu coração acelerou, minha pressão chega aumentou e comecei a sentir um calor fora do comum.

-Wow.-Sorri deitando no chão e olhei pro céu, ele tava sorrindo pra mim.

Escutei uns passos do meu lado e em seguida fui erguida.

Samuel: Tá mais tranquila?-Me deu um selinho e eu balancei a cabeça em concordância.

-Eu tô tão feliz.-Saltei animada e abracei ele que acariciou a minha nuca e me empurrou contra a grade antes de grudar nossas bocas e iniciar um beijo feroz.-Eu quero mais.-Falei entre o beijo e ele chupou o meu lábio inferior antes de tirar um pacotinho do bolso e entregar pra mim.

Samuel: Vamo meter o pé daqui, pô.-Começou a chupar o meu pescoço enquanto eu abria o pacote.

Tampei uma das minhas narinas com o dedo e aproximei a outra do pacotinho, inspirando todo pó que havia ali.

-CARALHO.-Gritei eufórica, sentindo o meu rosto molhar de suor e ele pegou na minha mão, me puxando pra longe dali.

LUMA. - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora