Capítulo 14.

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Luma.

Acordei perdida no tempo e no espaço, com o sol batendo na minha cara, olhei em volta e franzi a sobrancelha ao ver que aquele era o quarto do Kl.

Não lembro como vim parar aqui.

Levantei da cama, depois de calçar as havaianas que achei debaixo da mesma, e fui pro banheiro, joguei uma água no rosto e escovei meus dentes com a escova nova que achei na gaveta do armário que havia ali, saindo do quarto em seguida.

Ana: Bom dia bela adormecida, nem sabia que cê tava aí.-Sentou de lado no sofá, olhando pra mim.

-Nem eu sabia.-Sorri e beijei o rosto dela antes de me jogar no sofá e deitar a cabeça em suas pernas.-Que horas são?

Ana: Vai dar uma da tarde daqui cinco minutos.-Respondeu olhando pra televisão.

-Cadê a galera dessa casa?-Bocejei.

Ana: Safira tá dormindo ainda, o que é muito estranho porque ela sempre dorme cedo e acorda cedo. Ouvi um barulho no quintal umas cinco horas da manhã, aí fui pra lá e encontrei ela fechando o portão, disse que achou que o Khalil estivesse chamando ela.-Deu de ombros.

A vontade de perguntar se ela comprou essa era grande, mas segurei a risada e neguei com a cabeça. Parece que alguém deu a noite toda, literalmente.

Ana: Ow.-Me cutucou fazendo eu despertar.-Cê literalmente acabou de acordar, que sono é esse, garota?-Riu.-Duas da tarde vou meter o pé pra praia, se vocês quiserem ir é pra estar aqui até uma e meia, chama a Elly também.

-Sim, senhora capitã.-Levantei e bati continência, falou de praia é comigo mesmo.

Subi as escadas correndo e acordei a Safira, pulando mais que canguru na cama dela.

Safira: E eu jurava que o Brasil não sofre com terremotos.-Coçou os olhos antes de abrir e me olhar.

-Dormindo até essas horas por que, dona Safira?-Lancei um olhar sugestivo e ela sorriu de olhos fechados.-Esteve fazendo o quê durante a noite?

Safira: Dando pro gostoso do Henri, nossa.‐Se abanou com as mãos.-Ele é uma delicinha, se tenho algum arrependimento, com certeza é não ter dado pra ele mais cedo.

-Amoooo.-Bati palmas e me sentei de frente pra ela.-Queria eu ter curtido assim na minha primeira vez, doeu pra caralho e tu tá aí no pique atriz pornô.

Safira: Doeu só no primeiro round, amiga, mas eu tava com tanto tesão que acabei pedindo mais, aí que não doeu e viramo a noite.

-Eita bebês.

Safira: Nossa, tu não sabe da maior.-Gargalhou e só quando começou a ficar sem ar começou a falar.-O Khalil batendo na porta e eu me controlando pra não gemer enquanto respondia foi o auge, tava recebendo um oral babadeiro menina.

-MULHER.-Berrei e não foi pouco.-Credo, a nossa intimidade um dia vai acabar por me traumatizar.-Rimos à beça e depois de falar pra ela que vamos curtir uma praia eu meti o pé pra minha casa.

Minha mãe nem olhou na minha cara, dei bom dia e ela simplesmente fingiu que eu não tava na frente dela e foi pro culto. Se a pessoa que crê tanto em Deus faz isso, eu não imagino o ateu, porque pelo amor de Deus.

Chamei a Drielly pra vir se arrumar aqui em casa comigo e depois de tomar banho e vestir a gente já marchou pra casa da tia Ana novamente.

-Lá vai a patricinha que paga de favelada e a favelada que paga de patricinha.-Escutei uma voz fina vindo lá de trás, se referindo a Elly e a mim.

-A dupla perfeita.-Outra voz falou seguida de altas risadas.

Drielly: Eu juro que um dia vou sair na mão com elas, minha paciência, se é que tenho, é bem curta.

Elly tem o pavio bem curto, é basicamente uma mini Drika. As duas não fazem questão de correr de uma boa treta, bizarro o tanto que elas se parecem tanto físicamente quanto em termos de personalidade.

Tio Ht e o Henri que lutem pra aguentar esses furacões.

Eu não sou briguenta, se pá foi só umas duas ou três vezes que eu saí na mão com alguém, como não podia tacar fogo de verdade nos racistas eu saí na mão quando pude e não me arrependo.

-Pique patati e patatá.-Falaram mais alto e eu revirei os olhos.

LUMA. - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora