Capítulo 47.

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Luma.

Samuel: Me desculpa.-Sentou do meu lado e coçou a cabeça, parecendo envergonhado?????

-Oi?

Samuel: Me desculpa.-Repetiu.

-Exatamente pelo quê? Foi tanta merda que tu fez comigo.-Dei de ombros.

Samuel: Por tudo, Luma, sei que palavras não vão amenizar as dores ou humilhações que eu te fiz passar, mas eu precisava me desculpar e dizer que sinto muito.-Falou com o olhar baixo.

Pior que ele parecia realmente arrependido. Das duas umas, ou ele é muito bom ator, ou realmente está.

Prefiro acreditar na primeira opção, não vou baixar a guarda com um simples pedido de desculpas como se nada de grave tivesse acontecido, até porque ele já tinha pedido desculpa outras vezes e nunca tinha dado em nada.

-Foi o Barão que te mandou?-Perguntei desconfiada e quando ele me olhou com a sobrancelha arqueada eu percebi a merda que tinha feito ao mencionar o nome do pai dele.

Samuel: Por que o meu velho ia mandar eu te pedir desculpa?

-Ah, sei lá, falei só por falar mesmo.-Tentei não demonstrar nervosismo ao responder àquela pergunta.

Samuel: Hm.-Murmurou desconfiado.-Era só isso mermo.-Falou levantando.-Desculpa aí mais uma vez, na moral mermo.

-Espera.-Pedi quando ele começou a caminhar, o fazendo parar.-Cê tá morando nessa casa?-Apontei.

Samuel: Ahram.-Meu Deus, será que ele é o motivo do segredinho da Drielly?

-Há quanto tempo?

Samuel: Desde que os meus pais se separaram, por quê?-Abri a boca em choque.

-Cê tá se envolvendo com a Drielly, Samuel? Olha aqui, tu fica longe dela!-Só de pensar nela passando o mesmo que eu passei por causa dele já me dava vontade de sair no soco com ele.

Samuel: Tua prima já é bem grandinha pra tomar decisão sozinha, não acha?-Falou antes de sair andando.

Puta que pariu, se ele sabe que ela é minha prima é porque ela contou, e se ela contou coisa da vida pessoal dela é porque tá apaixonada.

Fudeu, mil vezes FUDEU!

Cocei a cabeça e olhei o Barão passando do outro lado da rua, ele olhou pra cá e me mandou uma mensagem dizendo pra eu ir pra salinha dele antes de continuar andando.

Barão: Tá pela favela e nem fala nada tu.-Falou quando eu entrei e fechei a porta atrás de mim.

-Tá disponível?-Perguntei dando a volta na mesa e sentando no colo dele em seguida.

Barão: Pra tu? Sempre, pô.-Deixou a glock por cima da mesa e cheirou o meu pescoço antes de me dar um selinho que virou um beijão.

-Golpista do caralho.-Dei risada e ele deu um beijo no meu pescoço.

Barão: Mó saudade de tu, pequena.-Deu um beijo na minha clavícula e me apertou contra ele.

-Mas tu me viu ontem de madrugada.

Barão: Exato, de ontem pra hoje faz muito tempo.-Falou e fechou os olhos quando eu comecei a fazer cafuné na cabeça dele.-Tá com fome?

-Sempre!

Barão: Tu curtiu a comida daquele hotel?

-Ahram.

Barão: Bora pra lá então.

Saímos da salinha e entramos no carro dele. Aquela rua era bem pouco frequentada, tirando os vapores que ficam fazendo a ronda por ali, ninguém viu a gente.

Sorri olhando a mão dele na minha coxa, ele colocou sem nem perceber. Olhei novamente, pra ter certeza de que não era coisa da minha cabeça e depois de confirmar que não era apoiei a cabeça no vidro do carro.

Peguei meu celular e mandei mensagem pra tia Mari falando que tava com o Barão, ela disse que tava tudo bem e pra eu não demorar porque logo o tio Lucca ia perguntar por mim.

Rapidinho a gente chegou no hotel, ele fez o check-in e quando entramos no elevador ele apertou no andar que a gente ia, só que parou em coisa de uns três andares antes e entrou um cara que ficou secando a gente sem nem disfarçar.

-Perdeu alguma coisa com a gente? Melhor gravar logo um vídeo, não?-Perguntei já sem paciência e ele sorriu de lado.

-Baixinha e marreta.-Passou a língua nos lábios.-São as melhores, chega mais perto pra ver se eu não acabo com essa marra toda.

Foi só o tempo dele terminar de falar, que o Barão me passou pra trás dele, e foi se aproximando do cara até ficar cara a cara com ele.

Barão: Tenta só pra tu ver.-Falou encarando o cara de cima abaixo.

O levador parou no nosso andar e peguei na mão do Barão, puxando pra fora, ele veio mas continuou com o pescoço virado pro lado, continuando a lançar um olhar mortal pro cara até a porta do elevador fechar.

-Credo, que delícia.-Falei e ele riu antes de passar o braço em volta do meu pescoço e guiar a gente pro quarto.

Barão: Maluco tava doido pra morrer.-Falou passando o cartão de acesso na porta.

LUMA. - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora