Capítulo 14- Raiva

520 66 52
                                    

- Hoje você vai se atrasar.- Ditou se levantando.

Violett apoiou as mãos no chão se reerguendo encarando Théo com desprezo.

O Raeken decidiu não se transformar temendo o poder da lua, apenas suas garras e olhos estavam visiveis, viu que a garota tinha quase a mesma idade que ele e imaginou que poderia ser apenas uma menina irritada com questões sobrenaturais.

No entanto, pode notar que ela não era previsível e suas ações era bem pensadas e não agidas de qualquer forma, ela demonstrava saber o que estava fazendo como se tivesse anos de experiência.

Violett conseguiu se aproximar o suficiente para dar um chute na barriga do lobisomem, fazendo-o dar alguns passos para trás.

- Uma mulher foi morta ontem, o corpo dela foi encontrado poucos metros daqui. Amostras de pêlo foram achados nas unhas dela.- Segurou a sua arma retirando da árvore onde estava presa.- Sinal de que lutou para sobreviver de um assassinato que não só tinha um extinto animal mas como também era um.

- Eu não sou o assassino!- Respondeu firmemente.

- Poupe suas palavras, nada me fará acreditar em um lobisomem.

- E isso para você é justiça? Matar alguém que não tem culpa do que aconteceu?

Violett deu alguns passos calmos em direção a ele ainda mantendo uma distância considerável, tão logo respondendo sua pergunta.

- E quem me garante que não tenha sangue nas mãos?- Rebateu a pergunta que fez Théo se calar.- Foi o que eu imaginei.

- Isso não te faz ter razão.

- O seu silêncio já foi o bastante.- Disse por último correndo até ele.

Théo se esquivou dela tentando não ser atingido pela arma da caçadora, sabia que não iria conseguir convence-la de que era diferente das histórias que ela conhecia, até porque talvez nem fosse tanto, mas ainda assim tinha um lado bom.

Tentou fugir dela, essa era a forma mais fácil de fazer com que a ruiva o deixasse em paz sem que ele precisasse machucar ela, mesmo que fosse evidente enchergar o sangue manchar a blusa dela após o lobisomem a ter ferido.

Foi inevitável não sentir o impacto da clava contra suas costas, era uma clava estrela que com seus espinhos perfurou a carne do rapaz causando um machucado feio. Com a dor ele acabou se ajoelhando com uma das mãos nas costas e a outra no chão.

Pode ver ela parar em sua frente sem dizer uma palavra, como se estivesse admirando o sofrimento dele.

Sentiu novamente a clava agora em seus ombros, desta vez ela repousou a arma com cuidado em sua pele mas em seguida descobriu o segredo que a arma escondia. O choque percorreu seu corpo deixando seus musculos imóveis e agora jogado no chão.

Não tinha forças para se levantar e tudo o que sentia era sono, sem excitar se deixou ser domado pelo cansaço. No entanto, antes que fechasse seus olhos por completo, notou mais alguém aparecer mas tudo que pode enchergar eram os pés do anônimo escondidos pelo calçado.

(...)

S/n estava em frente a janela do quarto parada enquanto observava a escuridão do lado de fora. Obviamente, a lua cheia foi o que mais chamou a sua atenção. Todas as vezes que olhava para ela se lembrava da alcatéia, as vezes nem precisava olhar para a lua para que pudesse se lembrar.

Teen Wolf- A Irmã McCall- Vol.3Onde histórias criam vida. Descubra agora