A Submissa - Pansmione | Parte 1/3

Anciedade

Várias coisas aconteceram nas semanas que se seguiram à minha separação de Pansy.

Antes de tudo, levantei do sofá e comecei meu próprio plano de exercícios. Eu tinha me esforçado muito para obter meu novo corpo e não queria que nada disso fosse desperdiçado.

Segundo, Harry e Draco marcaram a data do casamento para o dia 1º de junho. Fiquei aliviada — pelo menos eu tinha um período de tempo com que trabalhar. Um casamento em junho significava quatro meses antes de ver Pansy novamente.

Em quatro meses, eu sabia que estaria em um estágio muito mais feliz. Em quatro meses, eu seria capaz de andar pela nave central atrás de Pansy de cabeça erguida e ignorar a cretina.

Isto se devia à terceira coisa: Harry me pedira para ser sua madrinha. No que concordei de todo coração. Talvez, pensava em meus momentos mais filosóficos, o propósito de toda minha relação com Pansy tenha sido unir Harry e Draco.

Nesses momentos, sentia como se tudo tivesse valido a pena, simplesmente para ver meu amigo feliz. Harry merecia a felicidade. Os momentos filosóficos, porém, eram poucos e espaçados, especialmente devido ao número quatro.

E qual foi a quarta coisa que aconteceu? A revista People publicou meu nome, embora em um artigo muito pequeno. Tenho certeza de que o
noivado de Draco com Harry teria passado despercebido pela maioria das pessoas se não tivesse acontecido logo depois do Super Bowl.

Mas aconteceu muito rápido, então lá estava meu nome na People : “A melhor amiga de Harry Potter, Mi Granger, teve uma ligação amorosa com a prima de Draco, Pansy Parkinson.”Mas então. Tocar a vida.

Tudo isso aconteceu antes do número cinco: Narcissa decidiu dar uma festa de noivado a Harry e Draco. Em março. O que significava que eu não tinha mais quatro meses para me preparar para ver Pansy. Apenas um.

Rony me telefonou logo depois de Harry me contar a novidade. Senti-me mal: eu o estava ignorando desde que terminei com Pansy.

— Oi, Rony.

— Mi! Finalmente. Queria tanto falar com você.

— Desculpe. — Suspirei. — É que eu simplesmente... Não estava preparada.

— Entendo — respondeu, e percebi que era verdade. — Queria saber como você está.

— Eu estou ótima. — Sentei-me no sofá e puxei as pernas para baixo de meu corpo. — Mas estou meio chateada com essa festa.

— Foi coisa da Narcissa. Ela queria dar uma festança para Harry e Draco. Especialmente porque o casamento será bem modesto.

Harry e Draco se casariam em junho na casa de campo de Rony e Blaise. Os noivos queriam um casamento pequeno.

— Está tudo bem — eu disse. — Vou conseguir.

— Ela está um trapo — falou Rony, mudando completamente de assunto. — Sei que você não deve estar nem aí e não a culpo, mas ela está um trapo. Conversou com Blaise e pediu por alguns nomes. Está procurando ajuda.

— Que bom — respondi. — Ela precisa de ajuda. E também de um soco, mas isso é irrelevante.

Ele riu.

— Nisso todos concordamos. Basta uma palavra sua e teremos o prazer em ajudar.

— Eu a informarei — falei e sorri. Era bom sorrir. — Se não se importa que eu pergunte, pode me dizer o que... Pansy e Blaise discutiram em Tampa? — Pronto, disse o nome dela em voz alta.

Ele suspirou.

— Blaise ainda não me contou. Disse que cabe a Pansy falar. — Ele baixou a voz. — E, acredite em mim, eu tentei arrancar dele.