10: um passo de cada vez

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KIM JISOO

  — não acha estranho? — perguntei enquanto estendia a chave para o homem alto sentado atrás do volante do carro, seus olhos vieram até mim e eu logo entendi que ele estava confuso sobre o que eu falava. — digo... Eu ouvi Minnie conversando com Félix na cozinha enquanto eu vinha pra cá.

  — e o que eles estavam falando? — Bambam perguntou enquanto ajeitava a posição da chave e girava no contato fazendo finalmente o carro ligar, meu pai havia dito que ia concertar esse carro para me ensinar a dirigir, já faz um ano que eu sei dirigir e só agora esse carro funciona.

  — Minnie estava dizendo ao Félix que ele não tinha culpa de nada e que ele não deveria se sentir tão mal quando fala com a Lisa. — comentei me apoiando na janela, meu ex namorado me encarou balançando a cabeça como se tentasse pensar no porquê de ela dizer aquilo.

  — talvez tenha alguma coisa aí que a gente não saiba. — ele disse e eu suspirei. — e vai me contar qual seu lance com a loirinha?

  — que loirinha, bam? — vi ele negar com a cabeça rindo. — não, eu não tenho interesse por ela, eu apenas estou me divertindo com esse pessoal aqui, só vi sua cara por um mês.

  — e meu lindo rosto não é bonito o suficiente? — ele saiu do carro e deu espaço pra eu sentar atrás do volante, pisei no acelerador devagar e eu sorri com o barulho do carro.

  — é que eu enjoei de olhar mesmo. — falo divertida e ele revira os olhos.

  — só toma cuidado com toda essa diversão. — ele disse olhando nos meus olhos. — se ela virar zumbi quem vai te comer vai ser ela.

  — e não vai ser do jeito bom. — resmunguei e ele rio alto.

  — eu vou ajeitar a mochila, não arruma encrenca, Kim. — ele saiu da garagem e me deixou sozinha ali.

Sai do carro e caminhei para o fundo da garagem onde havia uma caixa escondia na gaveta do armário que havia ali, meu pai era bom com estratégias e muitas coisas sobre planos e combates mas o homem era extremamente ruim em contar mentiras, tinha um bom coração quando se tratava dessas coisas.

  Não que seja ruim saber mentir, isso pode ajudar muito em algumas situações.

  — oi? — ouvi uma voz baixinha se aproximando de mim, e quando me virei de frente para quem havia falado dou de cara com rosé segurando uma lanterna.

  — onde arranjou essa lanterna? Eu passei amanhã procurando. — ela deu de ombros e se aproximou de mim encarando o armário.

  — lisa me deu, eu meio que fiquei encarregada de ficar de guarda essa noite.

  — minha irmã já montou uma guarda? — perguntei sorrindo e ela concordou. —e ajuda aqui, Rosa.

  — meu nome é Rosé. — resmungou baixinho e pegou a caixa que estava em cima daqui eu queria.

Peguei as caixa debaixo e coloquei no chão, fiz um sinal para rosé voltar a por a caixa no mesmo lugar e então ela o fez rapidamente. Rosé ficou do meu lado olhando para o chão e então me encarou.

  — coisas necessárias, Rosa.
 
  — meu nome é Rosé.

Abri aquela caixa e tirei de lá um canivete com o cabo com estampa militar, olhei para ela e então segurei em sua mão.

  — segura isso aqui... Rosa.

Rosé revirou os olhos e então fechou a mão segurando o canivete, ela olhou para aquilo na mão dela com curiosidade mas continuou apenas segurando do jeito que eu mandei.

a praga vivaOnde histórias criam vida. Descubra agora