Eminente

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A sensação era de que o tempo voara quando foram levados de carro para o hotel, e porque ela reservara os quartos e visto as fotos, sabia o que a esperava

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A sensação era de que o tempo voara quando foram levados de carro para o hotel, e porque ela reservara os quartos e visto as fotos, sabia o que a esperava. Exceto que a grandeza do prédio tirou seu fôlego. A arquitetura era magnífica. Porém, o que mais lhe chamou a atenção foi descobrir que seu quarto ficava ao lado do quarto de Toji.

Na verdade, era parte da suíte dele, porque uma porta interna fazia a comunicação entre os dois ambientes. Felizmente estava trancada, mas isso não a tranquilizou. Pedira que fosse colocada lá?

Só havia um modo de saber. Andou pelo longo corredor e bateu à porta de Toji, entrando ao ouvir o som da sua voz.

— Por que estou no quarto ao lado? — perguntou sem rodeios.

— Isso a incomoda? — Não parecia nem um pouco preocupado. Nem mesmo surpreso... O que a fez perceber que devia estar esperando por uma reação.

— Na verdade, sim, isso me incomoda — retorquiu.

— Por quê?

— Por que... Bem... — Ergueu o queixo, percebendo que não havia um bom motivo em particular. — Porque não parece certo. Deveria estar com os outros. É como se me desse algum privilégio.

As sobrancelhas escuras se curvaram, e Toji cruzou os braços sobre o peito magnífico. Havia tirado o paletó e aberto os primeiros botões da camisa, revelando uma parte de seu peitoral.

— Para sua informação, pensei no lado prático.

Mal ouviu o que ele dizia. Ainda olhava para o peito que era magnificamente musculoso. Exercitava-se numa academia? Ou tinha uma em casa? Percebeu que não sabia nada a seu respeito; nunca tivera interesse nisso. Mas agora, todo tipo de pergunta surgia em sua mente. Estava vendo um homem, e não seu empregador, e não podia ignorar o jeito como seu coração acelerava.

— Faz todo sentido — murmurou. — É meu braço direito. É a chave para que toda essa conferência transcorra com tranquilidade. Haverá coisas sobre as quais teremos de falar. Preciso de você perto de mim.

Precisava dela por perto! Foram as únicas palavras que penetraram no cérebro de S/n.

Então ela piscou, e tudo voltou ao normal.

— Não concordo Sr. Fushiguro. Não há necessidade que nós...

Interrompeu-a de forma abrupta.

— Srta. Gilmore... S/n... É tarde demais para mudar. O hotel está lotado. Mas se isso faz você se sentir melhor, prometo não invadir sua privacidade.

S/n sentiu o rosto queimar. Era isso que achava que ela pensava? Olhou-o irritada antes de se virar e marchar para o próprio quarto. Depois de suas preocupações iniciais, ficara excitada com a idéia daquela viagem, esperando que pudesse conhecer um pouco de Milão. Mas agora, novos medos começavam a se formar. O que havia acontecido com a barreira que supostamente erguera? Uma olhada para um peito exposto e ela desmoronara? Agia como uma adolescente, em vez de uma mulher de 26 anos.

𝐀𝐍𝐉𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐕𝐎𝐂𝐄❜  𝗍𝗈𝗃𝗂 𝖿𝗎𝗌𝗁𝗂𝗀𝗎𝗋𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora