𓏲𝐀𝐍𝐉𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐕𝐎𝐂𝐄"ꪶ﹆ཻ⁚
Onde até uma viagem de negócios
à Itália se torna sua ruina.
O fascínio se torna cada vez mais irresistível,
e poucas horas depois,
S/n Gilmore é incapaz de dizer não quando
Toji Fushiguro a seduz.
"Não a n...
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O alívio a invadiu quando finalmente voltou para seu quarto, e respirou fundo diversas vezes. Passar um tempo Toji deixou-a ofegante e exausta. Sensações estranhas a percorriam... Um desejo misturado com desconforto e medo.
O que não podia entender era por que experimentava aqueles sentimentos agora, quando nunca os sentira. Qual era a diferença entre trabalhar para Toji em Londres e ali?
O fato era que nunca a levara para uma caminhada em Londres. Nunca tinham se encontrado fora do escritório. Na verdade, tudo era diferente.
Até mesmo Toji. Não era mais o homem sisudo que ditava ordens. Que esperava que todos obedecessem no menor tempo possível. Tornara-se humano. E ao fazer isso, despertara um sentimento assustador em S/n. Por causa do seu pai, sempre controlava emoções, escondendo-as atrás de uma máscara.
E enquanto Toji não mostrara o menor interesse nela, enquanto nenhum homem mostrara tal interesse, havia sido fácil permanecer atrás de sua máscara de auto-preservação. Que agora corria o risco de se quebrar. Na verdade, já começava a se quebrar.
Algumas palavras gentis, o desejo de conhecê-la, e algo ganharam vida em seu interior.
Uma nova e incrível vida que a assustava tanto quanto excitava.
Enquanto tomava banho, desejou de todo coração que pudesse ir embora daquela conferência. Toji poderia se virar sem ela. Todos os arranjos estavam feitos, a papelada pronta... Ele possuía tudo que precisava.
Flagrou-se esfregando a pele com mais força do que o necessário, e imaginou se estava tentando apagá-lo do corpo ou da mente. O que era risível! Toji Fushiguro não era um homem fácil de esquecer. Por um milagre não sonhara com ele nos últimos 11 meses.
Na verdade, sonhou, lembrava agora. No primeiro dia de trabalho. Depois de oito horas no emprego, convencera-se de que nunca seria capaz de satisfazer o chefe exigente, e fora dormir para vivenciar um sonho que a perturbara profundamente. Não porque fosse erótico, mas porque Toji havia adotado o manto do demônio.
Depois disso, costumava dizer para a mãe que trabalhava para o demônio. Nunca aprendeu uma atividade com tanta rapidez antes. Aprendera á sempre estar preparada, pronta para as respostas e perguntas intermináveis dele. Até que ele mudar de Toji Fushiguro, magnata da tecnologia, para Toji Fushiguro, ser humano. Um ser humano interessado nela!
Vestindo-se para jantar, escolheu a saia de seu conjunto preto, combinando-a com uma blusa vermelha com decote em V, que sua mãe lhe dera no último Natal, mas que só usara uma vez, achando que era muito bonita e feminina para usar no trabalho.
Quando entrou no salão de jantar, mais alta e elegante do que nunca em sandálias pretas de salto alto, todos os olhos se voltaram em sua direção. Mas a única pessoa que viu foi Toji, observando cada passo que dava.
— Está linda — elogiou quando se levantou para lhe puxar uma cadeira. — Vermelho cai bem em você. Deveria usar a cor com mais frequência.
Sorriu em gratidão, não confiando em sua voz. Também estava, bonito, em um terno azul-marinho, camisa azul-clara, e gravata de seda estampada. A colônia que sempre usava, e que era parte integrante de Toji, agora parecia funcionar para ela como se fosse um afrodisíaco.
