Sensível

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E seu desconforto não melhorou quando foram cumprimentados por um exército de empregados, que a olhavam como se fosse alguém muito especial

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E seu desconforto não melhorou quando foram cumprimentados por um exército de empregados, que a olhavam como se fosse alguém muito especial. Muito educada para fazer algo além de sorrir, ficou aliviada quando se retiraram após as apresentações.

— Acham que somos um casal — sussurrou. — Vi isso nos olhos deles. — Falava em italiano fluente, e S/n não entendia nada, mas os empregados não a veriam com tanto interesse se soubessem que era apenas sua assistente pessoal, que passaria alguns dias de descanso com o chefe. Não, certamente pensavam que era a namorada.

— Está certa – disse Toji. — Provavelmente pensam que é especial, porque nunca trouxe outra mulher para cá. Mas não se preocupe.

Pelo menos, tranquilizara-a em um aspecto, pensou S/n. Mas aquilo não fora suficiente para aliviar seus medos.

— Quer que mostre a propriedade? Ou prefere descansar?

Descansar parecia uma boa idéia... Exceto que teria se sentido mais segura num hotel.
Se segura fosse a palavra certa. Mas segura de quê? De quem? Dela mesma ou de Toji? Temia que aquelas não fossem as férias que esperara. Primeiro, porque estariam totalmente sozinhos, e segundo, porque o via sob uma perspectiva muito diferente!

Seus sentimentos eram intensos demais, e isso a apavorava. Queria sentir os braços dele ao seu redor, o corpo poderoso contra o seu. Apesar de seus temores, queria fazer amor novamente. Como era possível?

— Estou um pouco cansada — admitiu. — É tudo tão novo e tão... — Esforçou-se para encontrar palavras que expressassem o que estava em sua mente.

— Excitante? — sugeriu, com o corpo bastante estático enquanto esperava uma resposta.

Estava certo... Mas talvez não da maneira que pensava. O que Toji diria se soubesse da intensidade de suas emoções? Que daria boas-vindas se ele lhe desse um abraço e a beijasse, talvez até se a amasse novamente? Aquilo era loucura. Jamais quisera ser tocada por um homem, e agora ansiava por isso.

S/n respirou fundo.

— Diferente. — Talvez essa fosse a palavra certa para descrever seus sentimentos. Cada célula em seu corpo estava diferente, todas ávidas e sedentas por aquele homem bonito.

Estranho, mas subitamente pensava em Toji mais como italiano. Mudara, ou era tudo fruto de sua imaginação? Seria do lugar onde estavam?

— Nunca se imaginou aqui? — O sorriso dele sugeria que sabia exatamente como se sentia. — É uma pena que não queira ficar mais tempo. Mas talvez, depois de dois dias nesta linda parte da Itália, você mude de idéia. Irá permitir...

S/n não o deixou concluir.

— Não! Preciso ir para casa, Toji. — Apenas falar a palavra casa trouxe de volta os medos que a esperavam por lá. Não podia permitir que ele a distraísse.

𝐀𝐍𝐉𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐕𝐎𝐂𝐄❜  𝗍𝗈𝗃𝗂 𝖿𝗎𝗌𝗁𝗂𝗀𝗎𝗋𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora