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Steve nunca se sentiu tão impotente. Não importa o que ele disse ou fez, nada ajudou. Ele tinha visto as duas pessoas que ele amava mais do que tudo no mundo se afastarem cada vez mais um do outro. Até que ela saiu pela porta, não podendo mais ser culpada pelo que ela tinha feito e ela tinha certeza que Bucky a odiava.
A coisa é que ele não fez. Ele nunca a culpou por um segundo. Steve sabia disso. A escuridão e os pesadelos não eram sobre ela. Não exatamente. Era sobre seu passado ter manchado o que era puro para ele. S/N conhecia seu passado, mas ela nunca tinha ficado cara a cara com a arma que ele tinha sido antes. Steve sabia que mesmo que o Soldier não a tivesse machucado, a mente de Bucky ainda estava fora de controle com todas as coisas que poderiam acontecer. Ele temia o que aconteceria se a programação assumisse novamente. Ele temia perder o controle e quando ele olhava para ela agora ela representava isso para ele.
Bucky se ressentiu. Ele temia machucá-la e perdê-la tanto que nunca viu que era isso que estava fazendo. Quando ele percebeu que era tarde demais e agora Steve havia perdido os dois. Bucky não era o mesmo e temia que nunca mais fosse. Ele havia se tornado um mero fantasma do homem em que se reconstruiu. Mesmo em seus piores dias, ele era mais forte do que o homem que era todos os dias desde que perdeu o controle. No último mês, desde que S/N saiu pela porta, esse era quem ele se tornara e Steve não sabia o que fazer.
Ele pensou naquele dia, onde uma gangue de ladinos aprimorados havia se infiltrado na Torre. Eles usaram Bucky para criar uma distração. Eles queriam informações sobre as pessoas que passaram anos torturando-os. Eles queriam vingança. Eles conseguiram o que queriam em poucos minutos e Steve e a equipe os pegaram em poucos dias. Eles não eram mais uma ameaça e nem mesmo ninguém, Steve ou mesmo Bucky poderia culpá-los pelo que tinham feito. Bucky os entendia melhor do que ninguém e Steve viu algo familiar em seus rostos. Ele viu pessoas como Wanda e Bucky. Ele viu pessoas que mereciam uma segunda chance, então ele falou em sua defesa. Ele não tinha ninguém para culpar, então ele olhou para si mesmo.
Ele se lembrou de como não conseguiu pensar em mais nada além de S/N quando o código soou pela Torre. Ele havia previsto esse futuro exato. Não a jornada, mas o destino. Ele sabia que no segundo em que Bucky não era mais Bucky, ela corria o risco de ser ferida por sua mão. Sem Bucky ter poder para detê-lo, a felicidade deles acabou. Ele havia tentado impedir. Ele estava preparado para trancá-la se tivesse feito isso também. Não apenas pelo bem dela, mas pelo bem de Bucky e dele.
