-- Por favor Jeonzinho bebê?
Já estávamos discutindo a alguns dias porque Jimin não parava de me perturbar pra irmos a praia, claro que queria mas não iria, não queria que me vissem com o loiro.
Não me levem a mal não tenho vergonha dele, mas se já apanhava por olhar pra um cara, imagina sair por ai com um, a praias e restaurantes e programas a dois, que constantemente ele me chamava, tinha muito medo.
-- Eu já disse que não quero.
Sai caminhando pra sala de prática e ele ao meu encalço.
Adrentramos a sala e Jimin foi para o meio da sala.
O terapeuta sugeriu exercícios físicos pra me ajudar com a ansiedade mas não queria sair em público então neguei.
Foi aí que Jimin resolveu dar aulas de dança pra mim, fazíamos também alongamento e yoga, pra manter meu corpo mais ativo.
Depois de alguns meses refiz os exames e os resultados me surpreenderam e ao médico também disse que anemia, desidratação e desnutrição estavam 100% curadas, só os problemas renais e hepáticos que ainda tinham mas estavam bem menores, e que se continuasse com os cuidados nós próximos meses estaria totalmente curado.
Já dormia melhor e as crises de abstinência cessaram.
Estava me sentindo mais leve e feliz.
Mas sair em público e conviver com gente era o que mais detestava.
O loirinho comprava comida pra gente, trabalhava, dormia e comia aqui, ficávamos o tempo todo juntos, porque preciso sair na rua e encarar gente cruel, má educada, que vai ser preconceituosa e desrespeitosa comigo?
Prefiro ficar isolado, sem falar que tenho tudo aqui dentro.
Mesmo dormindo em sofá ou chão duro esse estúdio virou o paraíso pra mim, o que tenho hoje é o mais próximo que já estive da plena felicidade.
Já tinha se passado mais da metade do ano, estava trabalhando aqui a meses e as poucas vezes que saia era quando comprava drogas, não ia nem comprar um pão no mercado mas me sentia seguro assim.
Jimin se deu por vencido, no final ele sempre fazia minhas vontades.
Nossas brigas eram semanais, um dia era porque Jimin roubou o controle e não queria deixar eu ver um filme e dizia que iríamos ver desenho.
Brigávamos porque eu errava as poses na yoga e depois não queria refazer o que o deixava puto.
Mas a nossa maior briga foi quando eu pedi pra ele matar um besouro que estava no vestiário porque tenho medo e se negou, só pegou o bichinho com papel e jogou fora.
Fiquei brabo a função dele é me proteger, deveria ter matado aquele bicho feio, aí como sei que ele tem medo de barata em uma das dedetizacoes achei uma barata, peguei pela antena e joguei nele quando estava dormindo pra me vingar.
Se arrependimento matasse meus amigos, aquele gnomo ficou furioso, me deu uma rasteira me derrubando no chão me estapeando.
No início fiquei assustado, mas com ele sentado em cima de mim os pensamentos mudaram e entrei em pânico por não saber o que fazer e meu pau ficando duro só pelos tapas que me dava no peito.
Não era novidade que a partir dali comecei a me aliviar no banho pra conseguir manter a calma ao seu lado, porque ele começou a desconfiar que arranjava uma desculpa e saia correndo toda vez que estávamos muito próximos ou tendo muito contato físico.
Tinha virado um adolescente punheteiro, oh céus.
Precisava manter meus hormônios no lugar afinal nem nos beijamos eu já querer sexo com ele é muito apressado.
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Safira
Romance(Concluido) Onde um jovem órfão se muda de cidade para fugir da violência que sofria e acaba entrando no mundo das drogas e quando viciado se vê apaixonado por uma alucinação.