Eternidade

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Comecem a se despedir de "Pecado Oculto" com este capítulo...

Daqui a pouco venho com o outro...

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Era noite, madrugada, e o mundo parecia ter parado.

Os sons do vento não se aproximavam do quarto escuro, e nem a música no outro cômodo afetava os presentes no aposento. Pelo contrário, os únicos sons que surgiam do quarto eram estalados. Gemidos. Respirações abafadas.

Trilhas de beijos que desciam, estalados, fortes, dos lábios para o queixo, pescoço, peito, abdômen, até o membro erguido e pronto para a penetração.

Mas os lábios femininos que chupavam, sôfregos e saudosos, o pênis ereto da figura masculina deitada no quarto, queriam que ele esperasse mais; e ele aguardou, controlando a própria impaciência enquanto mordia o lábio inferior com os próprios caninos.

- Блядь! (Blyad') – ele cuspiu após a mulher devorar seu pênis de cima a baixo, enquanto ele segurava o lençol com as mãos, fazendo força.

Repentinamente, ela retirou a boca de seu membro e sorriu.

- Eu conheço essa palavra, Voronin...

- Só conhece as palavras que não prestam, Принцесса (Printsessa)...

- Como deve ser, meu amor... – sorriu, levantando-se para deslizar sobre o corpo dele, mas na verdade, ela apenas se colocou em cima, ajustando-se para deslizar o pênis em sua vagina.

Moveu-se lentamente, comandando aquela noite, aumentando os movimentos, deixando as mãos apoiando na cama e jogou a cabeça para trás, arqueando ligeiramente o corpo. A sensação era deliciosa, e não queria sair dali nunca.

Ele finalmente se ergueu, puxando-a para junto de si, em busca de seu pescoço. Entregue às próprias sensações, concedeu sua jugular para uma mordida longa, um grito que se assemelhava a gozo vindo dela, que fez os dois alcançarem sua versão particular de paraíso.

Alguns instantes depois, Dimitri Voronin observava Eva deitada, o observando de lado, sorrindo não apenas com os lábios. Sua mulher, sua amada imortal, viva e bem.

Dimitri não podia acreditar que a única forma de salvar Eva da morte definitiva após vê-la definhando no chão daquele galpão era a mordendo novamente. Uma mordida profunda, curativa.

O amor, no fim das contas, não era uma forma de cura?

- Agora, depois dessa, não invente mais de querer tomar coisas esquisitas para me salvar. Eu pensei que você ia morrer...

- Não se preocupe, vampirão... Eu vou estar aqui por muito... Muito tempo... - provocou a jovem, e logo depois Dimitri passou a beijá-la novamente.

Os dois rolaram na longa cama, preparando-se para a segunda rodada da noite. Dimitri estava saudoso de Eva; e ela não aguentava mais estar sem o seu amado imortal.

- Eu te amo, Dimitri...

- Я люблю тебя, леди Воронина (YA lyublyu tebya, ledi Voronina)

Eva sorriu à menção da nova desinência de seu nome de casada, provando internamente que seus laços com Dimitri seriam cada vez mais profundos. E quando se falava em laço, ele só pensava em uma coisa:

- Diga-me uma coisa, Eva: e a oportunidade que nós podemos ter de gerar o nosso próprio bebê?

- Por que não, Dimitri? Podemos começar alguns testes agora...

A jovem, deitada no colo de Dimitri, apenas aguardou a resposta dele, representada por uma mão grande e firme brincando com seus cabelos; os mesmos cabelos foram puxados para junto dele, e um beijo intenso mostrou que não precisavam de palavras. Os dois estavam próximos para dar um novo passo.

Pecado OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora