{ o pesadelo }

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Durante a noite, acordaste várias vezes, tiveste um pesadelo, nele era como se estivesses a ser observada por um homem alto com uma máscara, com a mesma do boneco! Não conseguiste dormir depois muito bem e então mal começou a amanhecer, foste até á casa de banho fazer uma simples make para disfarçar as olheiras que estavam bem destacadas no teu rosto. 

O teu estômago parecia pesado, não tinhas fome nenhum, calculavas que isso poderia ser da mudança de ares e que deverias estar a ficar ligeiramente doente, nada de preocupante! Foste até ao quarto do Brahms, ele permanecia no mesmo lugar em que o deixaste na noite passada. Sem vontade nenhum, levas-te até á casa de banho, deste-lhe um banho e o arrumaste e seguiste para a cozinha. Fiz um pequeno-almoço simples para mim e para o boneco, ele permanecia sempre no mesmo lugar mas a comida não, de tanto cansaço que ela tinha, só uns simples segundos de olhos fechados, eram o suficiente para que a comida já não estivesse no prato. Foste até ele e ficaste a observa-lo por uns instantes, pensaste o que poderia fazer naquela tarde para teres um pouco de diversão, decides então explorar o exterior da casa.

- Como tens sido um bom menino, vamos para a rua brincar um pouco, ok Brahms?

Tu segues para o lado de fora com o Brahms nos seus braços, enquanto olhavas ao redor o que poderias fazer, deparaste-te com um baloiço que parecia ter sido feito recentemente, possivelmente os pais de Brahms decidiram faze-lo á alguns anos atrás para o seu filho. Cada vez mais, as possibilidades de que eles realmente teriam perdido um filho tornava-se cada vez mais óbvia.

Pensamento Brahms

Mesmo que tenha que ficar aqui a observa-la, óbvio que já era muito satisfatório faze-lo, mas sem dúvida estar muito mais animado se pudesse estar lá fora na sua companhia. Certamente estaria a ouvir a voz dela, estar a conhece-la muito mais, agora aqui deste lado da parede não poderia fazer nada.

Ao colocares Brahms no baloiço, prendeste-o com umas pequenas cordas para que o mesmo não caísse, de alguma forma aquilo deixou-te triste, parecia-te muito nostálgico, lembravas-te de quando os teus pais eram saudáveis e eram incríveis contigo. Decidiste parar de balança-lo e sentares no baloiço ao lado. Por mais estúpido aquilo parecia, já fazia muito tempo da última vez em que sentias a sensação de nostalgia, para ti, aquela sensação era dolorosa e atormentante. Por mais que gostaria de lembrar de que algum dia foi feliz, a realidade de hoje fazia com que essas memórias tornassem-se mais dolorosas. Naquele instante, por mais sozinha que estivesses, decidiste falar sozinha, porém, como se realmente aquele boneco tivesse a capacidade de ouvir-te.

- Gostava de voltar no passado e de alguma forma conseguir mudar tudo, desde sempre senti-me sozinha, não conseguia mudar esta sensação. Malcolm realmente ajudou-me em várias coisas, mas sinto que não foi o suficiente e que nunca vou aproveitar os momentos de verdade porque sei que estou sozinha. Sinto-me bem aqui, afastada de problemas, afastada do meu pai e posso estar distraída com várias coisas. Nem tenho lembrança da última vez em que conseguia estar das descansada.

Pensamento Brahms

Espero que esse pensar permaneça, porque se der-lhe mais motivos para ficar, ela pode querer viver aqui e jamais deixar este lugar. Porém, tenho que pensar como poderei fazer isso, sem por enquanto, levantar qualquer suspeita. Ao observa-la novamente, vejo que ela acabou de cair do baloiço, isso deixou-me preocupado, parecia que magoou-se de verdade.

Deste uma pequena queda, nada demais, só magoaste ligeiramente o joelho e o cotovelo, quando voltasses para dentro de casa poderias tratar disso sem escândalo. Ao observares o boneco na cadeira, antes a sua cabeça olhava para o horizonte, agora estava na tua direção. Isso novamente deu-te um novo alerta de que algo estava realmente a acontecer, só não sabias ao certo. Decidiste leva-lo novamente para dentro para dar-lhe o lanche e dares o seu banho antes de chegar a noite. Não paravas de pensar como aquilo era possível, estavas tão tensa depois daquilo que nem conseguias agarrar direito no Brahms. O telefone acaba de tocar e a tua atenção voltasse de imediato para ele, deixas-te sentado na cozinha e foste até ao corredor que era ali perto. Ao agarrares no telemóvel e esperavas ouvir aquele ruido e alguma voz pelo outro lado, observas que alguém cortou o fio o telefone, naquele momento, tentaste manter-te acalma, saberias que aquilo poderia ser um sinal que não estavas sozinha em casa. Porém, depois de pensares uns breves segundos, percebeste que poderia ter sido Brahms, aquele boneco tinha dado várias evidências que era diferente de todos os bonecos que tu conhecias. Para que nada acontecesse, decidiste continuar o que irias fazer, dar-lhe um banho, foi nessa altura que tu pensavas em inúmeras maneiras de conseguir contactar o Malcolm, tinhas que avisa-lo urgentemente o que estava a acontecer. 

Ao colocares o boneco na cama, deste-lhe um simples beijo na testa, desta vez, decidiste não dizer-lhe qualquer palavra. Seguiste para o teu quarto e trancaste a porta muito bem só por precaução. Estavas tão tensa que decidiste desviar esses pensamentos e concentrares-te em acalmar a tua ansiedade. No teu pensamento surgiu Malcolm, aquele belo homem que durante muito tempo conseguiu acalmar-te num momento daqueles. Tu naquele momento de lembranças, colocas a tua mão sobre a tua intimidade, só com alguns pensares já estavas a escaldar e já estavas desesperada por encontrar-te com ele para conseguires relaxar com uma grande noite de prazer. Ao retirares completamente a tua roupa, deitas na cama e as tuas mãos percorrem pelas partes do teu corpo que te satisfazem, entre gemidos e pensamentos sujos, não conseguiste evitar colocar os teus na tua intimidade. Sentias o teu corpo a entrar numa onda de tesão, assim como a tua mente, tudo em ti desejava Malcolm por completo, o único homem que tocou-te durante toda a tua vida. As penetrações dos teus dedos tornavam-se cada vez mais rápidas e desejavas que o membro do teu amado te preenche-se o mais breve, porém, isso era impossível no momento. A respiração assim como os batimentos cardíacos estavam descontrolados, o quarto parecia estar cada vez mais quente e a única coisa que ecoava dele eram os teus gemidos. 

Pensamento Brahms

Eu não queria estar a ouvi-la chamar por aquele nome, queria o meu! Mas não conseguia resistir, a vontade de ser eu a domina-la era devorante. Naquele instante, quanto os meus batimentos cardíacos como a minha respiração pareciam cruzar-se com ela, o meu membro pulsava enquanto o masturbava descontroladamente enquanto a observava a satisfazer-te consigo mesma. Se eu a tivesse nas mãos, poderia deixa-la louca como nenhum homem seria capaz de faze-lo.

A minha intimidade estava encharcada enquanto penetrava os meus dedos violentamente, os gemidos tornavam-se cada vez mais e rapidamente consegui chegar ao clímax, aquela sensação era inexplicável. Conseguia sentir a minha respiração ofegante e observa-lo no ar. 


Pensamento Brahms

Ao mesmo tempo, consegui chegar ao clímax com ela, só conseguia imaginar a sensação de estar dentro dela, ouvi-la gemer, implorar por mim!  Estava realmente desesperado e aquilo estava a torturar-me por não poder fazer aquilo naquele momento. Depois disso ela acabou por dormir, parecia estar mais calma depois de alguns sustos que eu estava a dar-lhe, sai por detrás da parede e fui para perto dela, novamente a olhar enquanto ela dormir, ela é tão linda e carinhosa, aquela sensação estranha surgia no meu peito. Amava-a tanto que seria capaz de fazer tudo para conquista-la, para torna-la minha.

Não me deixes- Brahms x S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora