{ A proximidade }

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Depois daquilo, não lembras-te de mais nada, acordas tempo depois com o Brahma ainda exausto no teu colo. Ele abraçava a tua cintura, sentias a respiração dele na tua perna, e foi com isso que conseguiste perceber que podias arranjar forma de te soltares dali. Foi naquele momento que lembraste que tinhas colocado debaixo da cama uma faca, com o teu pé, muito devagar, agarraste na faca e demorou muito até conseguir coloca-la nas tuas mãos, foi com isso que conseguiste sair dali deixando o Brahms deitado no chão.
Cuidadosamente, foste até á cozinha preparar algo para comer, depois do que aconteceu ontem estavas confusa acerca do que deverias fazer e se fosse para fugir, terias que ter uma confiança com ele mais segura para ter a oportunidade de saíres sem ele vir atrás de ti. Quando prepara as um pequeno almoço simples, pensavas o quanto aquele homem sinistro parecia gostar de ti, não era algo bom porque ele tinha obsessão e isso sem dúvida era um perigo.
Naquele instante, a primeira coisa a fazer era colocar-lhe limites e fazê-lo perceber que não irias obedecer á lista, caso contrário, as coisas não iam correr nada nem.
Passou-se uma hora, estavas prestes a acabar o almoço até que ouves os passos corridos de Brahms a virem na direção da porta, quando o olhar dele pousa em ti, consegues reparar o seu corpo ficar menos tenso. Ao observar-la, decide sentar na mesa á espera da refeição, ficas mais nervosa por ele estar presente enquanto terminas de cozinhar. Ao entregares o prato, Brahms continuava com o olhar espetado em ti, possivelmente porque estava á espera que pudesses sair dali para remover a máscara.

- Podes tirar a máscara e comer Brahms, não precisas de ter vergonha.

- Não quero. 

A resposta dele saiu logo depois de dizer-lhe para ter liberdade e confiança comigo, possivelmente ele não quer que veja esse seu lado mais íntimo.

Pensamento Brahms

Eu não quero que ela veja o meu rosto, não por agora, não estou preparado caso ela não goste dele. O melhor a fazer era desviar a máscara só para conseguir alimentar-me.

Conseguias só observar os seus lábios, ele ainda não tinha feito a barba, porém isso não deixava-lhe menos bonito. Deve ser um homem bonito, no entanto, não deve arrumar-se á muito tempo, conseguiste reparar nesse pormenor por conta da roupa velha e imunda, a falta de banho e a falta de fazer a barba.

- Eu vou tomar um banho, está bem Brahms? Podes continuar a comer que voltarei daqui a nada.

O mesmo fica a observar-te, no momento, pensas que aquilo seria uma resposta silenciosa, mas quando te retiras da cozinha em direção á sala, Brahms continua a seguir-te. De imediato percebeste o que ele queria, naquele caso, sem dúvida que irias recusar a sua presença num momento tão intimo teu. 

- Brahms eu preciso da minha privacidade também. 

Seus olhos não demonstraram raiva, mas temias, dado que ele por vezes tinha momentos de raiva quando recusavas alguma coisa. Tu continuas a seguir caminho para a casa de banho e Brahms não deixa de seguir-te. Ao entrares no WC, observas-te enquanto estavas na porta, pensavas se ele seria capaz de compreender e respeitar a tua privacidade.

- Brahms, eu preciso de ter a minha privacidade, peço que fiques aqui fora á minha espera.

O mesmo resmunga alguma coisa, seu olhar demonstrou revolta, mas assim o faz e fica sentado na cama dando assim o sinal de que poderias ir tomar banho que ele seria paciente e respeitoso. Ao trancares a porta, vais tomar um banho rápido, só pensavas em como arranjar uma escapatória e se isso ao menos seria possível, sabias que ao voltares, o medo e a pressão iram continuar, dado que o teu pai ainda continuava em casa com os seus vícios e desta vez já não tinhas Malcolm para consolar-te.

Não me deixes- Brahms x S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora