Capítulo 4

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KIMBERLY

Eu estava no escritório do meu pai, tentando fugir de Axel mais uma vez.

Ele estava sendo insuportável. Por mais que eu odiasse admitir, eu estava com medo. Não queria ter a minha primeira vez roubada de mim.

Eu posso ter sido uma vadia filha da puta, porém eu não mereço isso. Nenhum ser humano merece passar por isso.

Suspirei, me sentando na cadeira do escritório.

Eu precisava sair desse castelo e teria que encontrar uma forma de enfrentar meu pai para isso.

Comecei a vasculhar as gavetas de seu escritório, procurando por qualquer coisa que pudesse me ajudar. Deuses, o que uma pessoa desesperada não faz?

Uma das gavetas me chamou a atenção por estar trancada. Quanto mais difícil o acesso, mais úteis são as informações.

Por sorte, eu sabia exatamente onde meu pai guardava as chaves. Todas estavam escondidas em um fundo falso no chão.

Abri a gaveta após algumas tentativas e encontrei uma pilha de documentos. Alguns deles continham fotos da minha mãe e da mãe de Evangeline. Outros eram relatos do que a Evangeline fazia durante o dia.

Eu sabia que o meu pai era louco, mas não sabia o quanto.

Quando estava quase desistindo de procurar informações, acho um documento que me interessa.

Quando estava quase desistindo de procurar informações, acho um documento que me interessa

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Puta que pariu.

Meus olhos não acreditaram no que viram. Era como se o chão abaixo de mim fosse desabar a qualquer momento.

Meu pai teve outra filha. Eu tinha outra irmã perdida pelo mundo.

Eu não sabia como estava me sentindo. Também não sabia o que pensar.

-Senhorita Kimberly! - um criado exclamou. - O que você está fazendo aqui? Seu pai ficaria louco se descobrisse que está bisbilhotando em suas coisas.

Revirei os olhos de um modo inegavelmente arrogante.

-Ao invés de se intrometer na minha vida, vá limpar algo e deixe que eu lide com o meu pai - disse em uma entonação ríspida.

A verdade é que eu não sabia lidar com nada de uma forma que não fosse grosseira e eu estava bem com isso.

***

Sempre detestei as noites. Antes eu as detestava porque me lembravam do quanto eu sou solitária. Agora é pior. Cada vez que a noite se aproxima eu me lembro que precisarei ir para o quarto com o meu marido.

Eu havia conseguido fugir dele durante todo esse tempo. Sabia que estava ficando sem escapatória.

Todas as noites um guarda me levava ao meu quarto para garantir que eu "chegasse em segurança". Era o que diziam. A verdade é que meu pai está com tanto medo do reino inimigo nos destruir que me entregou como um animal para o Axel.

𝙆𝙞𝙣𝙜𝙙𝙤𝙢 𝙤𝙛 𝙃𝙤𝙥𝙚 | 𝙐𝙢𝙖 𝙧𝙚𝙫𝙤𝙡𝙪𝙘̧𝙖̃𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora