Capítulo extra - Nathan

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NATHAN

- Nathan, eu tenho um pedido para fazer – Evangeline declarou, olhando com um pouco de dúvida para mim.

- Pode dizer.

- Você já arriscou sua vida e a sua causa para salvar minha irmã e sei que sou uma idiota por estar pedindo outra coisa para você. Juro que tentarei não pedir mais nada depois disso...

- Eve – eu a chamei, interrompendo-a de continuar a falar bobagens. – Você pode pedir o que você quiser e quando você quiser. Mesmo que pedisse para eu trazer todas as estrelas da galáxia para você, eu daria um jeito, Evangeline, e não seria nenhum esforço para mim. Nunca é um esforço quando você está feliz.

Cada palavra foi verdadeira.

Essa garota me entende de um jeito que ninguém nunca entendeu. Ela me enxerga de um jeito que ninguém nunca enxergou. O meu maior medo é que ela comece a me ver do jeito que eu me vejo.

Eve sorri, um pouco envergonhada por não saber como reagir ao que eu disse.

Eu também não saberia reagir.

- E-eu... – ela gaguejou, deixando uma lágrima silenciosa escorrer pela sua bochecha. – Eu quero encontrar o corpo de James.

Muitos homens ficariam incomodados com isso, porém eu entendo. Ela o amava. Amava de verdade. O amor é algo raro, portanto, muito doloroso quando perdido. Não consigo imaginar o que ela está passando agora. Tentei não a pressionar desde que soubemos que James está morto.

- Farei isso – afirmei. – Eu prometo que farei.

Ela limpa a lágrima de sua bochecha e dá um sorriso triste.

- Obrigada, Nathan – sussurra com a voz trêmula. – Você não tem ideia do quanto me ajuda.

Coloquei minha mão em sua bochecha, acariciando-a com o polegar. Sua pele parece como ceda e chocolate em minha mão. Isso me dá ainda mais vontade de beijá-la e abraçá-la. Entretanto, eu prometi a mim mesmo que não daria o primeiro passo.

- Não quero sufocar você ou dar algum passo maior do que você pode, mas eu preciso saber, Eve – digo, olhando em seus lindos olhos castanhos. – Esperarei o tempo necessário, nem que eu espere mil anos ou por toda a eternidade, mas por favor, me diga: tenho uma mínima chance? – questiono em um sussurro.

Ela coloca as mãos em minha nuca, puxando a minha cabeça em sua direção.

Apenas soube o que ela queria fazer quando seus lábios macios encostaram nos meus em uma leve caricia.

Puta que pariu.

Nunca beijei em toda a minha vida, entretanto, parece que acontecerá agora.

Agradeço mentalmente por ter sido com Eve.
Relaxo sentindo a sua boca na minha e meus lábios se abrem levemente, permitindo que ela deslize sua língua para dentro.

Sua língua faz algum tipo de magia em minha boca que me causa um frio na barriga e uma excitação crescente em meu membro.

Solto um gemido rouco involuntariamente. Isso parece ter instigado ela ainda mais, já que continuou a me possuir com a sua língua.

Evangeline diminui o ritmo, começando a dar leves beijinhos em meus lábios.

Quando ela – infelizmente afasta sua boca da minha, seus lábios estão inchados e seu cabelo um pouco bagunçado pela forma que o segurei.

Ela dá um sorrisinho antes de beijar a minha bochecha e dizer: - Você tem todas as chances, querido.

𝙆𝙞𝙣𝙜𝙙𝙤𝙢 𝙤𝙛 𝙃𝙤𝙥𝙚 | 𝙐𝙢𝙖 𝙧𝙚𝙫𝙤𝙡𝙪𝙘̧𝙖̃𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora