Capítulo 19

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EVANGELINE

Quando chegamos em Small Harbor, ainda era dia.

Não poderíamos começar a invasão, então permanecemos no barco.

- Então, sua irmã vai se casar? – Aaron pergunta.

- Não mais – afirmo.

- Tem alguma possibilidade de que ela goste do noivo?

- Homens – Sophie resmungou. – Ela não gosta do marido, ela não escolheu isso. Ela teve a sua vida tomada de suas mãos. Garanto que ela não gosta do noivo.

- Além disso, a nossa fonte disse coisas terríveis sobre o Nicholas – Nathan acrescenta.

- Que tipo de coisas? – questiono.

- Não acho que queira saber disso, Eve.

- Eu quero.

- Conte logo, Nathan – Sophie mandou. – Não é como se nada disso fosse acontecer com a irmã dela, de qualquer forma.

- A nossa aliada é bem próxima do Nicholas – Nathan admitiu. – Ela nos disse que ele não trata as mulheres bem.

- Especifique – ordenei.

- Ele as estupra – murmura em voz baixa.

- E o pai dela queria casá-la com esse mostro – comentei. – Desgraçado.

- Filho da puta – Aaron xingou.

- Ele não se casará com a sua irmã, Eve, nem por cima do meu cadáver – Nathan prometeu.

- E mataremos o seu pai – Sophie garantiu. – Dolorosamente.

- Obrigada – eu agradeci.

- Não precisa agradecer – Nathan disse. – Será um prazer.

Ficamos em silêncio e observei Sophie segurar um pequeno e delicado pingente em formato de coração. Era branco e ela o agarrava como se sua vida estivesse ali.

Quando percebe que estou olhando, ela diz:
- Ayla me deu este pingente quando começamos a namorar. Ela disse que sabia que eu estava acostumada a ficar sozinha, mas que ela estaria comigo daquele momento até a sua morte. Tem um formato de coração, porque... bem, Ayla me disse que eu tinha o seu coração.

- Que brega – Aaron resmunga, irritado. – Obrigado por me lembrar que eu sou solteiro mais uma vez.

Sophie sorri.

- Não posso fazer nada se nenhuma garota te quer.

- Cale a boca, eu sou o desejo de todas – Aaron disse, indignado.

- De quais garotas? Das cegas, surdas e burras? – questiono, brincando.

- Gostava mais de você quando estava dormindo, Eve. Eu tinha muita paz.

Mostrei o dedo do meio para ele e o xinguei.

- Ela está certa – Sophie concorda comigo, me fazendo rir.

- Eu odeio vocês – declarou Aaron.

Nós paramos um pouco perto do castelo, em um lugar onde ninguém pudesse nos ver

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Nós paramos um pouco perto do castelo, em um lugar onde ninguém pudesse nos ver.

- Não podemos gastar muito tranquilizante nos guardas – Nathan informa. – Somente se for extremamente necessário.

- Cuidaremos deles – Sophie afirmou. – Preciso bater em alguém.

Sophie e Aaron se afastam, indo escondidos em direção ao palácio.

Enquanto a ruiva fica à vista dos guardas, Aaron vai por trás deles. Os guardas apontam as suas espadas para Sophie, mas Aaron derruba um deles com uma cotovelada na cabeça.

Questiono-me o quanto de força ele tem para conseguir fazer isso.

O segundo guarda se distrai olhando para o que está caído no chão, dando oportunidade à Aaron para que ele bata com uma arma na cabeça dele, que também desmaiou no chão.

- Vamos – Nathan murmura. – Precisamos ir antes que eles acordem.

Quando nos aproximamos de Aaron e Sophie, os dois estavam discutindo.

- Você não me deu oportunidade de bater em nenhum deles! – a ruiva reclama.

- Porque demoraria muito! – Aaron rebateu.

- Parem de brigar por quem bateu menos e quem bateu mais – ordenou Nathan. – Precisamos entrar.

Vagamos pelos corredores do castelo, indo para o quarto de Dakota, porém acabamos passando pela cozinha no meio do caminho

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Vagamos pelos corredores do castelo, indo para o quarto de Dakota, porém acabamos passando pela cozinha no meio do caminho.

- É por aqui – sussurrei, indo em direção à porta que levava até a escadaria.

Escuto um barulho atrás de mim e me viro.

- Aaron! – eu o repreendi enquanto ele colocava um pedaço de chocolate ao leite em sua boca.

- Desculpe – murmurou com a boca cheia. – Eu nunca comi chocolate. É muito caro.

Suspirei, não conseguindo ficar com raiva dele.

A comida é tão cara que é impossível se dar ao luxo de comer besteiras.

- Coloque algumas barras na bolsa e vamos embora – pedi.

Aaron sorriu como uma criança quando ganha doces e Nathan me observava com curiosidade.

Depois que Aaron colocou no mínimo oito barras de chocolate na bolsa, finalmente seguimos o nosso caminho.

Eu só rezava para que não tivéssemos nenhum contratempo.

𝙆𝙞𝙣𝙜𝙙𝙤𝙢 𝙤𝙛 𝙃𝙤𝙥𝙚 | 𝙐𝙢𝙖 𝙧𝙚𝙫𝙤𝙡𝙪𝙘̧𝙖̃𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora