Bianca sempre foi apaixonada por romance: séries, filmes, livros, gibis, mangás, animes... a lista era longa! E foi no romance que ela pensou quando seu pai lhe disse para aproveitar sua juventude.
Bianca estava diante de uma nova escola e, nesta n...
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Ai que estresse.
Primeiro dia de aula e já me deparei com um boyzinho lindo, típico bad boy que parece ter saído de uma fanfic. Entretanto, nada de amores, apenas provocações. O maluco me chamou de chata e tagarela, além de toda a aproximação estranha, quando sussurrou na minha orelha e quando o chamei de pinscher.
Oh merda, tinha esquecido disso, o chamei de pinscher! De acordo com o roteiro fictício que eu criei na minha cabeça de fanfiqueira, isso poderia ser um ótimo apelido para quando fossemos amigos apaixonados se provocando. Porém, estou no Brasil e o cara é um valentão que bate nos outros, ou seja, provavelmente se a gente se ver de novo, ele vai falar pra mim "a gente se pega na saída". Quem dera se fosse outro jeito de se pegar, né? Mas não estou em um livro, e sim em uma escola pública. O cara vai me pegar na surra mesmo.
Antes de virar o corredor, interrompi meus passos e escorei minha mão na parede, respirando fundo.
Ok... Calma, Bianca. Foi só um pequeno estresse, mas que provavelmente nem vai causar tanto impacto assim, já que o máximo que pode acontecer é da gente se cruzar nos corredores. Vamos deixar esse bonitão revoltadinho para lá e aproveitar meu primeiro dia. Aliás, é recém o começo! Ainda tem muito o que acontecer!
Com um sorriso nascendo em meu rosto, sacudi a cabeça e andei em frente, mais rápido e com a determinação me tomando. Quando virei o corredor, bati com força contra alguém, ao ponto de me desequilibrar e cair com a bunda no chão.
Cacete, eu quase vi estrelas!
Levei minha mão até a cabeça que estava tonta pelo impacto repentino. Ergui meus olhos arregalados, tentando ver com quem tinha me batido.
— Que merda, olha para onde anda! — e o aluno desconhecido por minha pessoa passou por mim, me deixando no chão.
Respirei fundo.
E assim começa o meu doce ano escolar!
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— JOGA A BOLA, CARALHO! — gritou um dos alunos, tão alto que me fez fechar os olhos num susto repentino.
E olha que nem sou eu que está na quadra.
Depois da minha belíssima queda (e do corte que recebi), fui no banheiro chorar um pouquinho. Brincadeira, só respirei fundo e verifiquei os horários da minha nova turma para saber que sala de aula eu teria que ir.
Primeiro período (no qual eu estava bem atrasada) era história, então tentei encontrar a minha sala de acordo com o que dizia no papel. Sorte a minha que uma professora estranhou uma aluna perambulando em horário de aula, então foi falar comigo. Acabei descobrindo que o professor de história estava doente e que a minha turma agora estava no ginásio.
Cá estou, encolhidinha em um canto enquanto os garotos estavam em quadra jogando futebol. Meu coração se acelerava com aqueles brutamontes correndo para lá e para cá e gritando uns com os outros.
