Capítulo 68

66 13 0
                                    

— Quer um café? — questionou Arthur

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Quer um café? — questionou Arthur.

Acenei com a cabeça, forçando um sorriso.

— Adoraria.

Ele sorriu de volta, se direcionando então até a cozinha.

Sentada no sofá de sua sala, respirei fundo, pegando as pontas da manta que ele me ofereceu para cobrir as minhas costas.

Algumas horas atrás, chorando nos braços de Arthur, eu realmente tive vontade de desmaiar. Entretanto, Arthur conseguiu me acalmar e me convidara para conversarmos sobre Lucas e "mais uma coisinha".

Só que na hora não pude, pois, faltava pouco para eu ter que ir trabalhar, mas o disse que depois do serviço viria aqui.

Baixei a cabeça, sentindo meu rosto esquentar em nervosismo.

Novamente baixei todas minhas barreiras em frente de Arthur e o deixei ver meu lado mais fraco. Como sempre, ele me consolou, mesmo que hoje mais cedo tenha me rejeitado.

Com essa lembrança vindo à tona, fechei os olhos com força enquanto meu coração levava uma pontada.

Tinha esquecido disso, Arthur sabe dos meus sentimentos! Agora não sou só sua aluna, vizinha e amiga, sou a jovem idiota que se declarou pra ele! Que vergonha!

— Aqui está — ele voltou a ficar em minha frente, o que me fez erguer a cabeça. — Café preto, quentinho e sem açúcar — sorriu.

Sorri também, de forma sincera dessa vez. Peguei a caneca de sua mão.

— Não precisa ser tão gentil só por ter me visto chorando de forma patética duas vezes hoje — murmurei, levando meus lábios até à bebida.

Arthur franziu o rosto.

— Bem... Acho que quando estamos tendo um dia difícil, tudo que precisamos é de alguém pegando leve com a gente — sentou-se no sofá também, mas colado na outra ponta, deixando um espaço desconfortável entre nós. — Ou... Oferecendo um bom café — entortou a cabeça.

Com essa entortada leve, notei o hematoma feito por Lucas em sua bochecha. Engoli em seco, desviando os olhos. Em seguida, tentei disfarçar, erguendo as sobrancelhas e espremendo os lábios enquanto concordava com um aceno.

— Bom ponto. Aliás, bom café também — novamente ingeri um pouco da bebida.

— Minha especialidade.

E o silêncio tomou conta.

Não me sentindo confortável de encará-lo, apenas foquei minha atenção no café, com a timidez corroendo pelo meu corpo e esquentando minhas bochechas.

Qual será a "coisinha" que ele tem pra me falar?

— Bianca — me chamou, em voz baixa.

O bisbilhotei de soslaio, e ele parecia envergonhado. O corpo curvado para frente, com os cotovelos escorados nos joelhos, enquanto mexia nos dedos em um ato que me pareceu meio nervoso.

Isso não é um Clichê!Onde histórias criam vida. Descubra agora