Bianca sempre foi apaixonada por romance: séries, filmes, livros, gibis, mangás, animes... a lista era longa! E foi no romance que ela pensou quando seu pai lhe disse para aproveitar sua juventude.
Bianca estava diante de uma nova escola e, nesta n...
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"Cheiro de... Pizza".
O loiro abriu os olhos, atordoado, e se deparou com seus três garotos preferidos. Piscou confuso. Forçando seus cotovelos no sofá que estava deitado, se ergueu um pouco.
— O que aconteceu? — questionou, se sentindo meio tonto.
— Você vomitou no palco — respondeu Vitor.
— E depois desmaiou, ficando apagado por meia hora — completou Erick.
Peter arregalou os olhos, lhe faltando ar.
— MEIA hora?! Meu Deus! — se sentou no sofá. Imediatamente, levou a mão até a cabeça, sentindo uma ferroada. — Merda... Vocês não chamaram meu pai, né?!
— Claro que não, a gente sabia que ele ia te matar. Mas foi por pouco, viu? Se tu continuasse apagado iríamos chamar — disse Erick, cruzando os braços.
— O que te deu, Peter? Beber dez garrafas? Você tá maluco?! Sabe que é fraco para bebida! — o seu namorado se aproximou, o olhando indignado.
O loiro encolheu os ombros, sentindo a culpa o invadir.
— Desculpa gente... Não queria arruinar o show.
— Não é esse o problema, Peter — finalmente Junior se pronunciou, se erguendo da cadeira que estava. — Você podia ter se machucado, cara! E se você tivesse um coma alcoólico? E se você parasse no hospital? Você vai fazer dezessete anos, cadê a maturidade? — apertou os lábios, o fuzilando com o olhar.
Embora Peter sabia que Junior estava certo, aquilo o incomodou. Já não bastava ter que levar sermão de seu pai, seu irmão e agora de um garoto de quatorze anos.
— Onde a gente está? — questionou, ignorando o sermão do mais novo.
— Continuamos na barraca das bandas. Deixaram tu ficar nesse sofá até acordar — respondeu Vitor.
— Merda... — apertou a ponte do nariz entre o indicador e o dedão.
O álcool ainda percorria por seu sangue, junto com a vontade de vomitar e tontura que tomava seu corpo.
Aquilo tudo estava o estressando demais, nem sabia o que dizer para aqueles três. Sentia que estava prestes a explodir.
— Toma, comer um pouco vai te ajudar. Tem refrigerante aqui também — Erick entregou uma fatia de pizza em um prato descartável para ele.
O loiro agradeceu com um gesto de cabeça, levando a pizza até a boca. Fechou os olhos, degustando o sabor do queijo com calabresa.
Junior suspirou, voltando a se sentar.
— Bom, não é hoje que viramos a Legião Urbana — comentou ele, forçando um sorriso.
Na realidade, ele estava muito decepcionado, mas não queria chatear os seus amigos, então fingiu alegria.
