Capítulo 45

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Após sairmos do shopping, Eros me levou até seu carro

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Após sairmos do shopping, Eros me levou até seu carro.

Ao entrarmos, a primeira coisa que eu fiz foi ligar para meus pais para avisar que jantaria fora. Depois expliquei todo o ocorrido, da atendente que agarrou meu braço e me acusou. Obviamente eles ficaram putos da vida, mas se sentiram melhor quando eu falei que Eros colocou todos em seus devidos lugares. Meu pai George pareceu não se sentir muito confortável com o lance do jantar, mas Alexandre roubou o celular dele e disse que tudo bem, para eu aproveitar.

Agradeci, dizendo que eu precisava mesmo disso. Desliguei o celular e o guardei novamente na bolsa, soltando um suspiro. Eros me lançou um olhar que durou poucos segundos, já que se voltou para a estrada.

— Algum problema? — questionou ele.

Neguei com a cabeça.

— Não, tá tudo bem. Eles disseram para eu aproveitar.

— Que bom, você vai aproveitar bastante, prometo — sorriu docemente, me olhando mais uma vez.

Devolvi seu sorriso. Em seguida, virei-me para a janela, encostando minha cabeça na mesma enquanto respirava fundo.

Eros percebeu que eu não estava muito afim de conversar agora e permaneceu em silêncio. Agradeci mentalmente por isso.

Os minutos foram se passando e finalmente chegamos em sua casa. Tive o prazer de ver um pouco do lado inferior, já que foi por lá que ele entrou com o carro. Eros estacionou ao lado de mais três carros em uma garagem interna que ficava de baixo da mansão.

Rico é uma maravilha né.

Ao sairmos, fui recebida com um labrador enorme pulando em mim. Arregalei os olhos, assustada.

— Cérbero! Não! Cachorro mau! — gritou Eros, para o cachorro que estava quase me derrubando no chão.

O cachorro, vulgo Cérbero, saiu de perto de mim e correu para seu dono. Eros, que estava na maior pose de bandido, ficou todo derretido com os olhos do animal.

Cérbero, haha! Entendi a referência!

— Awn... Estou brincando meu neném, você não é mau — o cachorro se deitou no chão, ficando de barriga para cima. Eros agachou-se para acariciar o bichinho. — Quem é o cachorrinho do papai? Quem? — falou com voz de bebê.

Ergui as sobrancelhas, surpresa com esse lado de Eros que não tinha visto ainda. Mas uma parte de mim estava feliz em o ver assim.

Ao ver o brilho alegre em seus olhos, não pude evitar um suspiro baixo e um sorrisinho bobo.

Soltei uma risadinha nasalada, balançando a cabeça, e aparentemente, esse ato chamou a atenção de Eros. Ergueu-se como se tivesse levado uma epifania, como se tivesse feito algo errado.

— Hum, então — forçou uma tosse, levando a mão até os lábios. — Perdão... Eu...

— Tá tudo bem, eu também sou assim com meu cachorro. É bom te ver assim...

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