FLASHBACK

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Alfonso um lindo garotinho que acabará de completar 7 anos de idade, inteligente e muito carinhoso, chegava em casa com sua babá ansioso para contar para seu pai como havia sido seu dia no colégio.

Graziela: sem correr Poncho

Graziela a babá de Poncho, cuida dele deis de quando nasceu e tem grande afeto pelo menino.

Poncho: Grazi quero sorvete

Ele pula no sofá sorridente, estava radiante pelo dia que teve na escola, havia ganhado uma estrelinha de bom menino e ainda no futebol marcou gol.

Grazi: só depois do almoço

Poncho: quero contar pro meu pai oque aconteceu no colégio, ele vai ficar orgulhoso

Ele desce do sofá indo até Graziela e segurando em sua mão

Grazi: seu pai ainda não chegou meu amor

Poncho abaixa a cabeça triste

Grazi: que tal você tomar um banho bem gostoso e almoçar daí quando ele chegar você vai estar cheirosinho e de barriga cheia

Poncho: simm

Grazi: então vamos!!

Eles sobem para o quarto do menino e Graziela o coloca no banho, a casa dos Herrera era grande, fria e solitaria, muitas das vezes pai e filho se desencontravam ali.

Poncho toma uma banho, estava muito feliz, cantando e brincando no banheiro, após o banho ele desce para almoçar se sentando sozinho sobre a enorme mesa aos olhos atentos de graziela, o unico carinho que o pequeno tinha era dos empregados.

Almoço Poncho faz seu dever de casa, ficou a tarde toda esperando por Charles e nada dele aparecer, Poncho era uma criança muito sozinha e carente.

Como seu pai não apareceu ficou brincando sozinho no jardim, quando estava anoitecendo Graziela colocou ele para tomar mais um banho, e mais uma vez jantou sozinho, ele subiu para o quarto aonde escovou os dentes e ela o contou uma historia.

Não tardou em dormir e Grazi se retirou para seu quarto para também dormir, quando já era madrugada Poncho acordou cheio de sede, se levantou da cama colocou suas pantufas foi até a porta abriu a mesma e foi na pontinha do pé até a cozinha, aonde bebeu um generoso copo de água, roubou um biscoito e andou pela casa na pontinha do pé, subiu a enorme escada, quando passava pelo corredor viu a porta do quarto de Charles aberta.

Quando se aproximou da porta se deparou com uma cena que o assustou.

Charles estava bêbado, tinha uma mulher com ele, Charles gritava com ela.

Poncho viu o exato momento em que Charles levantou a mão acertando um tapa no rosto da mulher, a fazendo cair no chão.

Charles: vadia!!!

Poncho fecha os olhos com força, quando a mulher vai ao chão Charles avista Poncho parado em frente a porta, e com um rosto furioso e um olhar fulminante se aproxima dele.

Charles: OQUE FAZ AQUI GAROTO??? VAI JÁ PARA O SEU QUARTO

Poncho: pai...

Charles segura os braços de Poncho com força.

Charles: espero que seja a última vez que eu te veja acordado esse horário

Os olhos do pequeno Alfonso se enchem de lagrimas.

Charles: chorando porque hein??? Você é um homem ou um saco de pipoca?? Entenda Alfonso você é homem, e homens não choram

O olhar do garoto assustados sobrecai sobre a mulher que mantinha a mão no rosto.

Charles acompanha o olhar dele

Charles: aprenda deis de já, é assim que vagabundas como ela tem que ser tratadas mulheres são todas iguais

Poncho não consegue conter as lágrimas estava assustado nunca tinha visto o pai daquela forma.

Chaves nunca foi o tipo carinhoso e afetuoso, pensa em dinheiro e mulheres.

Charles: GRAZIELA!!!

O grito dele ecoa pelo enorme corredor, e Graziela não demora em surgir.

Grazi: pois não senhor Herrera?

Charles: leve o garoto para o quarto, eu te pago é pra cuidar dele e não para deixá-lo fazer oque quer

Grazi: desculpe senhor

Charles: esse moleque está se tornando  frouxo e eu não tolero filho frouxo

Poncho tinha o rosto vermelho

Charles: chega de lagrimas Alfonso!!cada dia me arrependo mais de ter tido esse moleque como filho, ele é uma vergonha

Ele encara Grazi de forma intimidadora

Charles: que isso não se repita, porque se voltar a acontecer você vai pro olho da rua e esse moleque para um colégio interno na Suíça

Ele ascende o charuto

Charles: tão inútil quanto a mãe, PARE DE CHORAR GAROTO, EU NÃO SUPORTO CHORO DE CRIANÇA!!!

Graziela leva Poncho para o quarto, o garoto estava em prantos.

Charles se vira para a mulher que estava em seu quarto.

Charles: e você, sai logo daqui sua vagabunda está contaminando o ambiente

Ele joga dinheiro na cara dela.

Poncho só era um garoto carente que procurava ter a aprovação do pai, conforme foi crescendo foi evitando seu pai a relação com ele sempre foi tóxica, criando cicatrizes que ele carregaria consigo para o resto da vida.

   FIM DO FLASHBACK....

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